Chapter 05

1.7K 126 7
                                    

Me encontrava agora na delegacia em que supostamente meu pai trabalhava, não sei se costumava ser assim todos os dias, mas estava bem cheia,  algumas pessoas sentadas esperando por informações e vários policiais passavam de um lado para o outro, na tentativa de ajudar quem se encontrava ali, outros passavam correndo com seus rádios apitando, provavelmente porque precisavam de ajuda, e eu me encontrava ali parada na porta, apenas observando, ninguém parecia notar a minha presença ali, todos estavam muito ocupados para se concentrarem em apenas uma garota qualquer parada na entrada.

Após alguns segundos, quando finalmente decidi entrar, procurei por um detetive e não foi muito difícil de encontrar, olhei o seu crachá para me certificar e comecei:

-Com licença- falei fazendo-o olhar para mim

-Em que posso ajudar?- perguntou mostrando um pequeno sorriso

-Gostaria de saber a respeito de um policial que trabalhava aqui-falei

-Desculpa, mas não posso dar informações sobre trabalhadores daqui, são extremamente confidenciais-falou indo em direção ao que pensei ser sua mesa e não satisfeita com a resposta segui-o

-E se ele fosse meu pai?- perguntei ainda o seguindo

-Seu pai?- perguntou-E o que você gostaria de saber? Se ele seu pai, já não deveria saber tudo?-perguntou desacreditando e sentando-se

-Sim, meu pai!- respondi ríspida-Acho que eu não posso perguntar nada a ele, já que ele está morto- falei e ele me olhou sério

-Sinto muito- respondeu

-Eu também!Então,seria possível você me informar a causa da morte? Já que todos se recusam a fazê-lo

-Vou ver o que posso fazer- respondeu digitando alguma coisa no computador- Então,qual era o nome do seu pai e sua patente?-perguntou sério

-Jack Williams e ele era capitão-respondi e pude vê-lo pesquisar

-Desculpa- respondeu após alguns minutos-Mas o nome que me informou não se encontra nos nossos registros

-Como assim não se encontra?- perguntei com a voz um pouco mais alta

-Tem certeza que me informou o nome certo?- perguntou

-Não, eu não sei o nome do meu pai e te falei qualquer um- disse cínica- É claro que eu informei o nome certo- Será que pode olhar mais uma vez por favor?

-Já verifiquei e o nome do seu pai não consta em nenhum lugar, ou seja, seu pai não era policial, pois se fosse certamente constaria aqui- disse desligando o computador e levantando-se novamente

Naquele momento eu estava sem chão,  como assim meu pai não era policial? isso significa que vivi em uma mentira durante 17 anos e ninguém se propôs a me contar. Fiquei paralisada, aquelas palavras se repetiam na minha cabeça e a mesma já doía.  Alguns minutos depois uma senhora colocou-se a minha frente e começou a me perguntar se estava bem, porém não conseguia responder, apenas a encarava sem expressão,  foi aí que percebi que não adiantaria nada ficar ali parada sem fazer nada, se eu realmente queria respostas, teria que correr atrás e isso, eu estava determinada a fazer.

Londres 03/02
Acordei com o celular tocando, o que não foi muito bom, considerando que minha cabeça ainda doía e aquele toque estridente não ajudava em nada. Olhei na grande tela e pude ver o nome de Mia, atendi e ela desatou a falar

-Bom Dia futura adulta!-gritou

-Bom dia!-respondi sem animação

-Nossa! Que voz é essa?Andou bebendo e está de ressaca é isso?-perguntou e pude ouvir sua risada

-Não,  só estou com dor de cabeça mesmo-respondi

-Então, vai fazer festa? Acho que seus 18 anos merecem, não? -perguntou animada

-Não sei ainda, estou em dúvida, não sei se estou com clima para festas por enquanto-respondi procurando por um remédio

-Nem pense nisso, você vai fazer 18 anos e tem que ter festa-falou autoritária. Mia é daquelas que curtem a vida ao máximo,  é como uma versão feminina do Louis e deve ser por isso que se dão tão bem, sempre que tem festas os dois vão e mesmo quando não tem nenhum lugar para ir, sempre dão um jeito ou fazem a própria festa.

-Ok, vou me arrumar e nos encontramos no colégio. Beijos- me despedi 

-Vê se toma um remédio ok?Não quero você de mal-humor logo agora. Beijos!-respondeu e desligou 

Tomei o remédio e fui direto para o banho, a água quentinha a escorrer pelo meu corpo, me deixava relaxada e aliviava também um pouco da dor de cabeça. Alguns minutos depois, apesar de querer ficar mais tempo ali, tive que sair, ou era isso ou era chegar super atrasada na escola. Assim que saí do banho, escolhi um vestidinho preto e um vans vermelho, peguei minha mochila e desci, tomei o café da manhã, caso contrário não sairia de casa.

Andava insegura pela rua, as palavras daquela carta ainda me persguiam e ainda não conseguia andar tranquilamente pelas ruas, sempre que saía observava tudo ao meu redor. Nesse meio tempo em que recebi a carta, voltei a praticar boxe, pois era o único esporte que conseguia me deixar realmente relaxada e ao mesmo que tinha a impressão de que precisaria um dia. Ao chegar na escola, o sinal já havia tocado e dei graças à Deus por isso, pelo menos no inicio do dia iria escapar das palavras de Mia sobre como era importante a festa de 18 anos, até concordo com ela, porém não estou com ânimo suficiente para isso.

Para minha sorte teria aula de literatura no primeiro horário,  a professora era tão velhinha que se eu dormisse provavelmente nem iria reparar, na maioria das vezes era ela quem dormia após passar uma atividade, bastava encostar as costas na cadeira e minutos depois já se podia ouvia-lá a ressonar.  Na entrada na sala, fiz questão de passar pela janela, apenas para verificar se aquele carro se encontrava em frente a escola e para a minha infelicidade lá estava ele, passei rapidamente e me sentei do outro lado da sala.

-Brooke! Brooke!-levantei e o professor gritava meu nome-Posso saber qual o problema que você tem com a minha aula?- perguntou e eu já escutava risadas e susurros ao meu redor

-Desculpa professor,  mas não estou me sentindo muito bem

-Vá até a enfermaria então- falou voltando para frente da turma. Me levantei e saí,  precisava de um pouco de ar. Passei um tempo na companhia da enfermeira e logo o sinal tocou anunciando o intervalo.  Fui até o refeitório e encontrei o meu grupo reunido em uma mesa. Assim que cheguei Liam saiu.

-Fiquei sabendo que vai ter festinha-Louis falou na tentativa de deixar o ambiente mais leve

-Talvez-falei com um sorriso e Mia quase deu pulinhos de felicidade

-Vai ser aonde?-Anne perguntou- Não posso chegar em casa muito tarde-completou

-Não se preocupe, tenho certeza que o Liam vai ter o maior prazer em te deixar em casa-Niall falou e Anne ficou extremamente corada

-Então, ainda não sei- respondi a pergunta de Anne-Acho que a Mia deve ter ótimas ideias

-Sempre tenho-Mia falou convencida-Pode deixar que eu cuido de tudo e você Louis Tomlinson vai me ajudar- falou lhe dandp um selinho

-Se eu tiver uma boa recompensa até faço tudo sozinho- respondeu e a beijou

-Ah por favor né-Niall reclamou-Arranjem um quarto

Logo após o comentário de Niall, o sinal tocou e todos foram para suas salas, infelizmente teria aula de história agora e Liam estava na minha turma, o que significava que iria ser ignorada até a aula acabar. As coisas que ele havia me dito naquele dia ainda me causavam muitas perguntas.

Ao fim das aulas saí com Anne e Mia para procurar vestidos, depois de tanto as duas me convencerem acabei cedendo e decidi fazer a festa, tinha percebido que precisava de um pouco de diversão e afinal, só se faz 18 anos uma vez não é mesmo?

The Lady Killer- H.S / Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora