Chapter 12

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Acordar com Zayn ao meu lado era perfeito, seu perfume me tirava os sentidos e quando ele acordava primeiro, beijos eram distribuídos por meu pescoço delicadamente até chegar aos meus lábios e meus cabelos acariaciados levemente. Dessa vez acordei e ele não estava ali, levantei e fui a sua procura. Ele estava na varanda e fumava, aparentava estar preocupado e estressado e logo entendi a razão do cigarro, pois ele fumava apenas quando estava com raiva de alguma coisa.

-Bom dia- falei enquanto ele me observava atentamente indo em sua direção

-Como assim você acordou cedo?- riu e me abraçou- Bom dia

-Você não estava ao meu lado- falei- O que te preocupa?

-Só uns problemas- apagou o cigarro- Nada demais- me beijou na tentativa de me deixar mais tranquila

Ficamos ali por um tempo, abraçados e  conversando. Um carro me chamou a atenção e parecia conhecido, mas não me lembrava quando o havia visto. Voltei para o quarto e meu celular apitava.

"Ainda temos alguns assuntos para tratar, lembra? Te espero no bar da rua 21 em 10 minutos Docinho."

Docinho? Só uma pessoa me chamou disso e com certeza era ele. Vesti minhas roupas, peguei minha arma, coloquei-a na parte de trás da calça e Zayn apareceu.

-Aonde vai assim tão bonita e prevenida? -perguntou encostado na parede com um olhar malicioso

-Resolver umas coisas-respondi enquanto pegava meu celular

-Tenha cuidado-falou. Zayn se preocupava demais, talvez eu devesse fazer isso também, afinal nosso "trabalho"pede isso, mas simplesmente não sou assim

-Pode deixar-respondi e o beijei.  Ele me puxou mais para o seu corpo, me rodou rapidamente e me prensou na parede, seu beijo se tornou mais selvagem e suas mãos passeavam pelo meu corpo.

-Zayn-falei tentando recuperar o fôlego-Preciso ir

-Que tal ficar mais um pouco?- falou rapidamente antes de iniciar outro beijo

-Não...vai...dar-consegui responder entre os beijos. Ele não falou nem fez menção de falar alguma coisa, apenas me virou novamente e me beijou uma última vez. Fui até a saída, mas antes de sair perguntei:

-Quando posso me encontrar com o nosso "chefe"?- ele pareceu confuso- Temos um assunto para resolver-completei

-Ao contrário do que muitos pensam, Stewart também tem seus trabalhos a fazer, nem sempre conseguimos nos encontrar com ele- respondeu sério

-Foi apenas uma pergunta-respondi e saí

No caminho me lembrava da primeira vez que nos encontramos,  por mais que eu não quisesse ir, ele poderia saber mais sobre mim do que eu imaginava, afinal ele já me viu matando uma pessoa, não posso dizer que ele não tenha visto mais nada.

Harry

Cheguei ao ligar de costume e estava vazio, aos poucos foi começando a encher, mas nada dela. Qualquer um ficaria impressionado com a quantidade de bêbados que lotam os bares logo de manhã.

Estava sentado em um dos bancos em frente a bancada quando a campainha da entrada toca, pela quantidade de olhares que foram direcionados para a porta, já pude deduzir que ela havia chegado.

-Bebendo a essa hora da manhã? - falou enquanto se aproximava

-Bom dia pra você também docinho- respondi

-Duas coisas pra você-parou a minha frente- Primeira: Eu não sou seu docinho. Segunda: Não tenho todo o tempo do mundo, então pode começar a falar

-Nossa estressadinha- falei enquanto a observava com os braços cruzados a minha frente

-Sam!Um whisky duplo- pedi ao barman

-Você devia beber menos sabia- sentou-se ao meu lado

-E você devia falar menos- respondi e ela praticamente me fuzilou com o olhar- Sabe eu me pergunto se você veio apenas para me ver ou se foi realmente pelo que eu tenho para falar

-Adivinha- respondeu cínica- Olha só, eu já estou perdendo a paciência com você, então fala logo o que tem pra falar 

-Para quê toda essa pressa? Quer voltar pro namoradinho ou para o amiguinho? Não sabia que você era dessas- Não tive tempo para beber nem um gole do whisky, em questão de segundos senti suas mãos puxando a gola da minha camisa, ela me encostou no balcão e apertava cada vez mais meu pescoço. Alguns homens do local a olhavam espantados, de certo se perguntando mentalmente de onde uma menina, aparentemente inocente teria tirado tanta força,e outros apenas riam da minha cara. 

-Já disse para me considerar um amigo- sorri e ela apertou mais- Não tratamos assim os amigos- completei

-Ah então deixa eu ver se entendi- bebeu o meu whisky enquanto ainda me segurava- Você fala daquele jeito comigo e quer ser tratado como um amigo? Você só pode estar de brincadeira mesmo 

-Retiro o que eu disse- por fim falei, a irritação em seu rosto aumentava e a intensidade dos apertos no meu pescoço, apenas comprovavam isso. Considerando que já havia a visto matar uma pessoa sem nenhum problema, não era uma boa opção arriscar.

The Lady Killer- H.S / Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora