três dias antes.

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Dizer adeus enquanto segura suas lágrimas e sorri é solitário, não é?

- Vou sentir sua falta. - confessei, segurando usas mãos finas.

- Eu vou voltar. - profere, com um tom de voz tristonho, mas firme. - Eu prometo.

Enfim Yoongi iria embora. Deslizaria pelos meus dedos e se separaria entre eles; como os grãos finos de areia.

Disse-lhe que tudo bem.

Tudo bem não estar bem.

Yoongi formara-se. Esforçou-se com todas as suas forças para conseguir uma bolsa de estudos. Em fim sua noites mal dormidas valera a pena.

Sorri gentil, tentando ter um pingo de empatia e sentir-me feliz por ele. No entanto, naquele momento de despedida sentia-me egoísta. Queria mostrar-lhe minha vulnerabilidade quando se tratava dele. Queria libertar as lágrimas prisioneiras em meus olhos. Desejava ajoelhar-me em seus pés e pedi-lo para ficar. para não me abandonar.

Mas se ele ficasse, o que ganharia com isso? A companhia de um garoto de programa que não tivera a vida projetada para a felicidade?

Assim como o sol volta depois da noite, esperava que Yoongi voltasse de volta para mim.

- Você vai ficar bem? - perguntou-me, sabendo dentro de si mesmo que a resposta era não. - Quer que eu fique?

Mentirinhas de amor.

- Vou ficar bem sim, Yoongi. - suspirei, apertando meu maxilar para não desabar em lágrimas. - Eu estou feliz por você. Essa é uma oportunidade única. - sorri, sentindo um bolo se formar em minha garganta vagarosamente e minha respiração pesar.

Soltou uma lufada de ar longa, sorrindo com o canto dos lábios rosados. Aproximou-se calmamente, deixando-me sentir seu perfume doce. Sentiria falta disto. Tratei de memorizar seu cheiro em algum lugar fechado dentro de mim. Embolei-o em meus braços, tocando suas costas com meus dedos e sentindo a textura de sua pele.

Ele prometera que voltaria. Não acreditei, embora.

- Se cuida, tá? - pedi, com a voz suave. - Eu te amo. - apertei-o contra meu corpo, tentando guarda-lo. Mas a verdade era que eu já o sentia a quilômetros de distância, Ele não estava mais em minha frente, senod meu anjo. Nunca passara-se em minha mente caótica que anjos voam para longe e mantêm sua proteção sem precisarem serem vistos a olho nu.

- Não fale como se eu não fosse voltar! - declarou, formando um bico manhoso nos lábios.

Ele falava que voltaria, mas estava indo embora. Não é preciso de mais palavras para saber que eu o perderia com o tempo. A vida é como um vagão de trem. As pessoas entram, passam por vários lugares. Fica lotado de pessoas que fazem você querer que o tempo nunca passe rápido demais. Mas em algum momento o trem para em seus pontos específicos, e as pessoas vão indo embora. Uma por uma. Até que aquele lugar que outrora estivera transbordando de pessoas, se torne vazio. E você fica sozinho novamente, pronto para dar outra volta neste vagão.

- Quero que escreva para mim. - pedi, com calma. - Escreva sobre como está sua vida.

- Tudo bem. - abraçou-me forte, depositando um beijo em minha bochecha. - Escreva para mim também. - senti-o sorrir contra meu pescoço.

Desprendeu-se de meus braços e pegara suas duas malas. Erguia meus lábios na tentativa de um sorriso. Mas não havia nada disso ali. Não queria demonstrar, embora. Não queria transformar algo feliz em triste. Não queria que seu sorriso se desmanchasse em lágrimas.

Não seria um erro desta vez.

- Tchau. - murmurou, gesticulando um tchau com a mão.

- Tchau. - recriei seus movimentos.

prostitute; jikookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora