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"Esqueça as aparências, São as vozes na cabeça dele que mandam matar você." - Desconhecido.

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O dia seguinte ao pesadelo foi de dúvidas. Eu não sabia o que aquilo queria representar. Contei a minha mãe aquilo que eu havia visto no pesadelo. Eu ainda estava abalada, apesar de esse pesadelo ter sido mais "leve" que os outros.

– Meu Deus... Que horror, minha filha... Espero que você esteja bem. Hoje vou chamar o reverendo aqui em nossa casa. - ela tinha feito um chá de camomila. Aquele chá tem um gosto bom, porem eu não gosto.

– Ah, não... Mãe... O reverendo pensa que eu sou mundana. Ele já me disse isso. Só porque eu ando com o pessoal, ele pensa que eles são satânicos. - disse à ela, eu não gosto do reverendo Michael.

– Ele tem esses pensamentos mesmo, filha... Mas, eu vou conversar com ele sobre isso. Nós temos que descobrir o que é isso... O que o inimigo quer com a gente. - eu já estava cansada disso, essa coisa de inimigo, demônio, nada disso me interessa. Eu sou feliz, e se o diabo existe, eu não estou nem aí. Mas o fato de eu ter sempre pesadelos com os mesmos lugares, e aquela sirene horrorosa, isso sim eu queria saber.

– Tudo bem, mamãe... Quando eu chegar da viagem nós conversamos. - Pego minha mochila e me despeço dela.

– Cuidado, filha... Qualquer coisa me liga. - ela sempre preocupada. Outro dia, achei até um bilhete com esse mesmo recado dentro da minha mochila.

De casa pra escola levam uns 10 minutos caminhando. O dia está nublado, chuvoso. Saio envolta por um casaco e um cachecol. Chego na escola e não vejo nenhuma movimentação. Isso é estranho, porque hoje seria o dia da viagem. Encontro meus amigos no corredor.

– Gente... O que que está acontecendo? Porque vocês estão aqui? Cadê o ônibus? - me sento ao lado de Darcy.

– Parece que o ônibus quebrou no meio do caminho. - Disse Trent, ele já havia ouvido a Amanda falando com o motorista pelo celular.

– Mas que porra hein... Eu me preparei todo pra essa viagem. Até passei um perfume do meu pai. - reclamou Declan, era um milagre ele não se exaltar.

– Ainda bem, eu não ia aguentar ficar 2 horas sentado, minha bexiga não aguentaria. - Disse George, ele tinha um comportamento irritante, confesso. Essas manias de rico deve incomodavam.

– Cara, na boa... Você acha mesmo que seriam só 2 horas? A gente vai sair dos Estados Unidos. Vamos entrar na Rússia... Fora que o ônibus tem banheiro e ar condicionado, dá pra você colocar suas reclamações no seu cu, e falar coisas interessantes. - As briguinhas entre Declan e George nos divertiam. Se eles fossem gays, seriam um casal perfeito, o riquinho que reclama de tudo e o bad boy. Mas mesmo eles não sendo, são muito engraçados.

Um silêncio fica no ar. Até que Nolan o quebra e começa a conversar comigo.

– Ei, tá tudo bem? Você está tão calada hoje. - Ele percebeu minha mudança.

– Sim... Eu tô bem... São só... Umas coisas aí. - Ele se prepara pra falar alguma coisa... Mas Ashley chega.

– Oi... Quanto tempo, não é Nolan? - Ela chega com uma vozinha fina irritante. - Estou com saudades. Soube que você vai viajar pra fazer um trabalho da Amanda.

– É, eu vou sim... Acredita que ela vai fazer a gente ir pra Rússia? - Ela fica alisando as costas dele. Ela é linda, tem seios grandes, coxas grossas, um corpão... Não tinha como eu concorrer com ela. Amanda chega para nos dar um comunicado.

CHERNOBYL: O Medo Mora AquiNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ