17 (Hospital & Valence Park)

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"Só se acha a cura para o mal, procurando por ela, porque o mal atrai o mal."

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Nas ruas de Chernobyl, a calmaria era notável. A neblina ainda fazia parte da paisagem nada bonita do lugar. A multidão ainda estava nos perseguindo. Eu, George, Declan e Nolan corríamos, quando fomos surpreendidos por uma outra parte da multidão em uma rua.

– O que a gente faz agora? - Pergunta George.

– Puta que pariu! Ferrou... A gente vai morrer... - Ele diz com uma expressão triste.

– Não vamos não... Tem que ter um jeito de escapar. - Digo, pensando em uma alternativa rápida.

– Não vamos nos separar... É isso que eles querem. Nós juntos somos fortes... Separados é mais fácil pra eles... - Diz Nolan.

Eles se aproximam lentamente... Parecem estar esperando o momento certo pra atacar.

– Isso é tudo culpa sua, Chloe... Se tu não fosse essa guardiã, nada disso estaria acontecendo. - Diz Declan, parecendo acuado.

– Eu não tenho culpa de nada que tá acontecendo nessa porra, Declan... Você acha que eu queria estar sendo perseguida por esses loucos? - Parece que estamos cercados.

– PEGUEM ELA! É ELA QUE VOCÊS QUEREM... NÃO A GENTE... - Declan começa a gritar como um louco.

– Declan, o que está fazendo? - Pergunta George.

– Para com isso, Declan... - Pede Nolan.

De repente, Declan me agarra a força e começa a andar praticamente me arrastando em direção a multidão.

– Peguem ela... É ela que vocês querem... Vamos fazer um trato... Ela, pela nossa liberdade. - Eu não acredito que Declan está fazendo isso.

Um burburinho se forma. Mas antes que alguém possa falar algo... A sirene toca. A escuridão vem se aproximando e alguns moradores começam um tumulto. Declan me solta e então saio correndo sem rumo.

– Chloe... - Nolan vem atrás de mim... Seguido por George. Declan fica perdido.

Gritos e pessoas desesperadas. Eles estavam tão focados em nos caçar, que perderam a noção e agora estão meio longe de Chernowelt e precisam se esconder rápido.

***

Em Chernowelt, Darcy e Jean se preparavam pra fugir. Eles estavam com grandes bolsas cheias de mantimentos. A comunidade já não seria mais tão segura para eles.

– Tem certeza de que está tudo bem? - Perguntava Jean pela milionésima vez.

– Está... Mas você já está me irritando com isso. - Dizia ela colocando a arma na cintura.

– Me desculpe. Mas é que eu pensei que você estava mal. Ele era seu amigo, poxa. - Diz o médico, pondo os óculos.

– Eu estou bem. Posso fazer uma coisa? - ela se aproxima dele.

– Pode. - Ele assente.

Ela o beija. Eles demoram um tempo se beijando.

– Wow... O que foi isso? - Diz Jean, recuperando o ar.

– Pode ser a última vez que eu beijo alguém na vida. - Diz ela sorrindo. – Vem, vamos... A sirene tá tocando.

CHERNOBYL: O Medo Mora AquiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora