1º capítulo Princípio dos tempos

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A humanidade se expandiu de forma impressionante e, no decorrer dos séculos, o mal sempre ressurgia. Quando isso acontecia, os descendentes do Guerreiro Celestial, conhecidos pelo sobrenome de Arcanjo, surgiam enviando seus espíritos ao mundo das trevas. Porém, esses seres não estavam enclausurados ali eternamente, podiam regressar, através de uma nova vida, mostrando que suas almas seriam regeneradas ou não.

Durante centenas de anos, farto desses conflitos, certos terráqueos desenvolveram alguns dons como o caso das bruxas as quais possuíam o livre arbítrio de escolher seu destino, outros foram penalizados pelos demônios por não seguirem suas ordens, sendo transformados em monstros, como foi o caso dos Lobisomens, entre outros seres Místicos, que surgiram no decorrer dos tempos. Entre todas essas espécies místicas, havia uma conhecida como Vampiros, que eram os segundos servos mais fieis das forças do mal, depois dos demônios. Sua história era intrigante e a mais comentada até a atualidade, devido aos mistérios ocultos e certas histórias polêmicas que ressurgem de tempos em tempos, porém são interpretadas de diferentes maneiras.

Entre todas as histórias, existe uma real, cheia de amor, aventuras, momentos de terror, desencadeados por um amor proibido e por um destino cruel e traiçoeiro.

Tudo começou quando o príncipe Vlad Tepes, associado à "Ordem do Dragão" (conhecida por proteger aos cristãos e lutar contra o Império Otomano), foi atraiçoado em uma das batalhas, perdendo, assim, sua esposa. Cego pelo ódio, jurou vingança, mas seu exército não tinha mais capacidade de combater os turcos, devido à maior parte de seus guerreiros terem morrido no combate. Às pressas, os restantes bateram em retirada. Desesperado, resolveu atravessar os Montes Cárpatos em busca de ajuda. Durante sua trajetória, atormentado pela consciência e pelo excesso de rancor, que guardava em seu coração, ficou em desalento. Entre seus delírios, o pouco juízo que tinha foi desaparecendo, sendo possuído pelo ódio mortal e mental, e sua alma foi se corrompendo. Quando estava prestes a ser possuído por espíritos macabros, um demônio surgiu diante de seus olhos, oferecendo-lhe poder, força, para se vingar de qualquer inimigo. Sua oferta era tentadora, praticamente irrecusável e, por sua ira, ele a aceitou:

– O que tenho de fazer?

– Beba esse Cálice.

Sem pensar, tomou-o em suas mãos tremulas, bebendo todo o liquido, sem questionar o que era e o que continha. De repente, seus olhos começaram a ficar vermelhos e começaram a sangrar.

– Que fizeste comigo?

– Nada, você compactou comigo e estou cumprindo o que acordamos. Morrerá e quando meu senhor o necessitar, voltará à vida; será imortal, belo, jovem, forte, poderoso, porém terá certas fraquezas e servirá o resto de seus dias em prol das forças das Trevas.

Assim que acabou de falar, sua imagem desvaneceu diante dos olhos de Vlad, ao mesmo tempo em que desaparecia o último alento de sua vida. Nunca regressou com a ajuda que prometeu deixando seu exército à deriva, porém sua tropa, para preservar a imagem de seu líder, informou que Vlad Tepes morreu em combate. O certo é que seu corpo jamais foi encontrado.

continua

Obs : 512 palavras

Degustação "Divina Paixão"Where stories live. Discover now