Coisas pequenas

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A música citada no capítulo é Little Things, da Colbie Caillat. Indiquem pras amigas rs

Regina

Meu celular não parou de tocar enquanto eu dirigia para o meu destino do dia. Era o senhor Gold, o que não me deixou surpresa, afinal o Robin já devia ter ligado para ele depois da discussão que tivemos antes de eu sair. Meu marido não me queria em Embu de forma alguma e até cogitei a hipótese de ele saber dos meus planos mesmo que eu não tenha contado. A ideia saiu da minha cabeça quando confirmei comigo mesma a impossibilidade de ele ser algum tipo de diabo que lê mentes (novidade que não me surpreenderia tanto se fosse real). Sorri com o pensamento e continuei cantando com uma música da Colbie Caillat que passava em alguma rádio me dando, de certa forma, motivação.


"Back up, back up

Take another chance

Don't you mess up, mess up

I don't wanna lose you

Wake up, wake up

This ain't just a thing that you

Give up, give up"

(Coragem, coragem

Arrisque-se de novo

Não estrague tudo, não estrague tudo

Eu não quero te perder

Acorde, acorde

Não é simplesmente uma coisa que você

Desiste, desiste)

O caminho entre a capital e Embu das Artes é curto o bastante para me deixar brava por nunca ter ido até lá. A cidade parece um grande centro cultural dando jus ao nome do local. Agradeci internamente ao me deparar com um pessoal receptivo na primeira lanchonete que parei à procura de café e, claro, de Emma Swan. Infelizmente, eu não fazia ideia se ela havia chegado, mas imaginei e confirmei que não seria tão difícil descobrir.

Depois de seguir as coordenadas que me passaram, cheguei na fachada de uma casa. Era simples, mas bonita. O muro bem pintado de creme contrastava com o verde da grama encontrada no design da calçada. Hesitei por alguns minutos antes de tocar o interfone usando o celular como desculpa. Oito chamadas perdidas do meu pai. Entre retornar a ligação para enfrentar o interesse pelo contato e sair do carro para procurar por Emma, optei pela segunda opção.

Apertei o interfone me amaldiçoando por não ter um telefone de contato com a aluna e logo na segunda chamada fui atendida.

- Pois não? – Era uma voz doce e feminina, mas com certeza, não era Emma

- Olá, bom dia. Gostaria de falar com a Emma. – falei

- Só um minuto.

No mesmo instante ouvi o barulho do portão sendo liberado e ajeitei minha camisa de seda clara combinada com um scarpin da mesma cor e calças jeans. Ao olhar para frente, notei que não era Emma quem estava ali, porém era alguém muito parecida apesar dos fios escuros e curtos.

- Prazer, meu nome é Mary Margareth. Eu sou a mãe da Emma. Vamos entrar; ela já deve estar pra chegar.

A princípio estranhei a atitude da mulher pouco mais velha que eu deixar uma desconhecida entrar em casa, mas ela logo tratou de completar:

- A Emma disse que teríamos visita.

- Oh, tudo bem. Agradeço muitíssimo. – falei

A decoração em geral não se afastava muito da fachada, se distanciando do ar clean do creme do muro enormemente em alguns detalhes. Ao mesmo tempo que as paredes eram sutis combinando com o sofá cinza que parecia macio, era possível encontrar quadros e objetos que beiravam o cômico. O mais curioso era um com a imagem de um pássaro colorido. Reprimi um sorriso notando que aquilo era obra da Mary Margareth.

SoulMate #FINALIZADAOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz