Sonhos ou Pesadelos?

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Emma

Dormir e acordar foi muito difícil depois daquele dia com Regina. Eu sabia que poderia sair do quarto e dar de cara com ela, logo de manhã. Ok que isso iria acontecer todos os dias se ela ainda me desse aula, mas Deus já tinha se encarregado de resolver esse problema pra mim. O pouco que dormi foi o suficiente para me deixar apavorada diante das minhas reações sobre Regina Mills, afinal, ela esteve presente no meu sonho a noite toda.

"Assim que o sinal indicando o término da aula tocou, permaneci na minha cadeira fingindo que anotava alguma coisa no meu caderno enquanto Mills guardava seus livros em sua mochila grosseira de cores preta e vermelha. Quando ela se levantou atrás da mesa e acabou de fechar o zíper, chamei:

- Regina?

- Pois não, Emma?

- Você pode me ajudar numa coisa que eu não entendi? – perguntei com o caderno na mão

Regina passou para a lateral da mesa e se apoiou meio de lado para facilitar a visualização da matéria que eu supostamente queria mostrar. Enquanto isso, fui me aproximando cada vez mais e devagar. Assim que ela levantou seu olhar e me enxergou mais próxima, assumiu uma expressão nervosa. "Adoro essa cara brava", pensei.

- É... Hã... Do que você precisa? – Ela perguntou

- Eu sei do que eu preciso, mas não sei se você pode realmente me ajudar." – Lancei rapidamente a resposta com uma voz que notei que a confundiu.

- Se for do meu alcance... É algo sobre o que citei do Stuart Hall? – Não sei se ela falou sério ou se estava somente correndo do clima que eu instalei com minha frase de tom ambíguo, mas quis internamente perguntar se ela era burra.

Encarei-a procurando por uma resposta corporal, mas ela nem se movia. Nem para respirar, se fosse possível. Permaneci calada observando aquela cicatriz que roubava toda a atenção até que ela quebrou o silêncio:

- É... Então Emma, eu preciso ir. Qualquer pergunta você pode me fazer durante a aula, porque pode servir para os outros alunos. – seu tom de voz mudou para o profissional

- Você é séria assim sempre? – Perguntei subindo a sobrancelha, imitando sua característica marcante de fazer o mesmo sempre que algo a perturbava.

- É por isso que você sempre fica depois da aula? Está tomando coragem para me fazer alguma pergunta? – ela riu e aí tive certeza que ela não estava entendendo nada – Pode perguntar na aula mesmo, Emma. Não vou falar nada que te deixe embaraçada na frente dos seus colegas.

- Digamos que o que eu quero te perguntar não dá pra ser dito na frente deles de qualquer forma. – falei com a voz mais rouca e baixa que consegui

Mills meio que engasgou e tentou disfarçar no mesmo momento

- Uhum. Que seria? – perguntou receosa

Meu corpo foi se aproximando cada vez mais do seu enquanto ela visivelmente desejava ser a Lince Negra do X-Men para atravessar aquela parede que a prendia atrás de seu corpo.

- Você não consegue nem imaginar? – Ela balança a cabeça em negação sem tirar os olhos de mim

- Tem certeza? – instiguei

- O que você está fazendo? – A sua voz se mantinha séria, porém três níveis a menos e foi aí que eu sorri com a certeza de que Regina Mills não iria me enforcar.

Com um surto de coragem, agradeci aos céus por não estar em um desenho animado e grudei nossos corpos naquela parede que era impossível estar fria, mesmo com o ar condicionado ligado. O beijo foi leve e aí eu acordei."

SoulMate #FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora