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 Harry chegou ao tal ponto de encontro dez minutos mais tarde que o combinado. Por sorte, Louis estava esperando lá somente há cinco.

Se Harry realmente fosse pontual, então Louis acabaria deixando o garoto esperando por uma pequena porção de tempo, mas o rapaz dos olhos azuis percebeu que Harry não mantinha um espírito britânico tão forte assim ao vivenciar aqueles cinco minutos parado em frente a porta da cafeteria, olhando ao redor e percebendo o quão baixo era o fluxo de pessoas naquela rua ao escurecer.

Não que Louis estivesse no direito de falar algo ou reclamar para Harry sobre os seus minutos de atraso, ele apenas havia comprovado tal fato com aquele pequeno tempo que teve de sobra.

E Louis também não pôde deixar de notar que Harry chegou exatamente da mesma maneira usada pelo garoto mais cedo, naquele mesmo dia, correndo afobado e preparando-se para perder totalmente o fôlego por alguns instantes assim que freasse seus pés.

Aquilo fez com que o mais velho chacoalhasse a cabeça algumas vezes, fingindo estar desapontado com aquele tipo de atitude que Harry vinha tomando.

— Por que é que você sempre chega nos lugares correndo? – Louis pergunta um pouco alto, assim que percebeu que Harry estava perto o suficiente para que fosse capaz de ouvir.

— Porque os pés são meus e eu faço o que eu bem quiser com eles. – Harry afirmou no mesmo tom de voz, ainda correndo, o que fez com que o garoto se distraísse por um instante e só conseguisse parar quando seu corpo estava prestes a se chocar contra o de Louis, que baqueou para trás quando sentiu uma das laterais do rosto do mais novo indo de encontro com seu peito, numa colisão adorável.

Harry automaticamente entrelaçou a cintura de Louis com seus braços, prendendo-a contra seu corpo enquanto sentia seus pés finalmente deslizando pelo chão por uma última vez. Louis havia dado alguns passos para trás por conta da colisão corporal que havia o surpreendido e, num momento como aquele, seus braços se jogaram para o alto, instintivamente, como se estivesse sendo rendido.

Na verdade, Louis só não sabia muito bem onde colocar suas mãos.

— O que você está fazendo? – o mais velho perguntou depois de soltar um resmungo dolorido. Por mais que Harry não tivesse batido contra seu corpo tão forte assim, Louis não conseguiu impedir que uma pequena dor se alastrasse pela região de seu peito e estômago.

— Desculpa, eu não consegui parar... – Harry confessou, meio sem jeito. Mordeu os lábios, sem perceber que Louis não era capaz de analisar aquela expressão de desculpas que mantinha em seu rosto e logo depois começou a afrouxar o nó que seus braços haviam formado ao redor do corpo de Louis, endireitando-se aos poucos.

— Eu realmente consigo ver que você faz o que bem quiser com os seus pés... – Louis comentou, rindo, e Harry fechou a cara, mostrando um pouco de sua língua na direção do mais velho.

— Não achei graça.

— Pois eu achei.

Harry deu de ombros.

— Eu pensei que você não viria... – disse, mudando de assunto ao mesmo tempo em que trocava de expressão facial. Agora estava neutro, com a boca numa forma de linha reta e as sobrancelhas um pouco franzidas.

— Por que você pensou isso? – Louis perguntou, meio curioso.

— Você não tem cara de quem obedece a ordens de um adolescente mais novo que você... – Harry explicou, começando a andar em direção ao lado oposto de onde viera e consequentemente sendo acompanhado por Louis, que quase engasgou-se com todo o ar que o rodeava quando o garoto dos olhos verdes agarrou um de seus pulsos e começou a puxá-lo. – Vamos! – Harry exclamou, virando sua cabeça para trás, que estava a alguns centímetros de distância, como forma de incentivá-lo a usar o mesmo ritmo que o mais novo usava para andar.

coffee shop // larry stylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora