JOANNA WATSON

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Levou duas semanas inteiras para novamente me encontrar naquela boate. Duas longas semanas.

Às 23 horas, estava à frente daquele local que nunca em minha vida pensaria em estar. Dois passos para o paraíso, esse nome ainda me trazia náuseas, mas ela estava lá dentro. Minha fruta proibida.

Scarlett, ou Allie (como eu agora me direcionaria a ela), começaria a se apresentar a qualquer momento.

Eu precisava vê-la, duas semanas, descobri ser muito tempo. Por mais que tentasse, não conseguiria deixar o meu vício por Allie. Era perigoso me viciar nela, criar uma ligação. Mas, ela não era como as outras mulheres. As outras não tinham o que ela tinha. Algo preso naquele olhar de íris verdes me atraia profundamente. Eu tentei resistir, mesmo. Depois de sua apresentação particular para mim, minha cabeça teimava em desenhar seu corpo em minha memória. Seu perfume, sua bunda perfeita e arrebitada. Seus lábios desenhados e tentadores que tomaram coragem de me beijar.

Agora, eu estava aqui novamente, entrando na boate que deveria detestar.

O cheiro de cigarro, bebida e testosterona passeavam pelo meu nariz. Eu apenas estava ali pois queria sentir o perfume de Allie novamente, para afugentar esses outros odores. Era um local que deveria detestar, mas só suportava por Scarlett, por Allie. Minha descoberta anual. Meu desejo proibido.

Passei pelo dono da boate, Teddy. Um nome patético para uma pessoa patética. Usava o mesmo estilo de blusa cafona e tinha o cabelo oleoso. Só de imaginar que um homem como ele via Allie seminua me enojava. Tentou até me cumprimentar, mas desistiu quando joguei um olhar perverso.

Desta vez, não me sentei no bar.

Eu queria ver Allie mais de perto e queria que ela me visse. Gostaria de saber e ver a reação da garota quando ela percebesse que estava próxima demais para ouvir seus saltos baterem contra a madeira de seu pequeno palco.

Para minha sorte, a apresentação ainda não tinha começado. Então, pedi meu costumeiro Whisky e fiquei à sua espera.

Levei o drink até os lábios e beberiquei um pouco da bebida. Fechei os olhos apreciando a ardência do álcool e rapidamente minha mente imaginou Allie. Novamente com seu rebolado marcando meu colo. Cruzei as pernas após sentir meu centro apertar. Minha boca secou e mais uma vez levei o copo de whisky para os lábios na tentativa de molhá-los. Foi quando a música de Scarlett começou. Aqui ela era Scarlett, mas dentro daquela sala pessoal, era apenas Allie. O meu vício perigoso.

Abri os olhos.

E lá estava ela.

Como podia ser tão linda?

Como alguém tinha um andar tão provocativo e ao mesmo tempo um olhar inocente?

Aquela garota era uma tentação ambulante, uma tentação que deveria ser proibida para mim. Eu certamente deveria estar delirando, Allie era jovem demais mais para mim, com tatuagens, uma mulher que certamente não fazia parte das minhas procuras. Mas, nesse momento, eu pouco me importava, Allie era o meu impulso para o desejo.

Eu abri os botões de meu blazer, sentindo o calor subir e quando seus olhos me encontraram, levantei o copo com whisky já pela metade.

Ela parou e me encarou, como se não tivesse acreditado que estaria ali, para ela. Uma reação já esperada, porque eu sabia que Allie, assim como eu, estava completamente dominada pelas sensações que provocamos uma a outra.

Eu sorri e ela começou a dançar.

Olhou para mim e se colocou de quatro.

Ela se colocou de QUATRO para mim. Lambi os lábios inconscientemente. Imaginei como seria tomá-la por trás. Ter aquela perfeita bunda contra o meu quadril e sexo, enquanto a levava tão perfeitamente, com os meus dedos enterrados dentro dela.

Entre elas #3 : Perfeita para mim (Romance Lésbico)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora