Capitulo 15

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Era cinco de janeiro, quando Harry disse a Louis, que queria mostrar algo especial para ele. Louis tinha piscado de onde ele estava sentado no parapeito da janela de seu quarto, enquanto o rapaz de cabelos encaracolados o observava encostado na porta, com um grande sorriso nos lábios. Suas bochechas estavam um pouco rosadas e suas mãos pálidas.

"O que estamos fazendo?” Louis perguntou inclinando a cabeça, deslizando no chão e parando ali, encostado no parapeito. Harry riu e foi em sua direção, os dedos envolvendo em volta de seu pulso e começando a puxá-lo para fora do quarto. Louis tropeçou atrás dele e cooperou quando o mesmo disse para ele calçar um par de sapatos e o seguir. É assim que eles vieram parar aqui, Louis encarando a casa da árvore que estava a alguns metros acima do solo. Ele virou-se para Harry, que estava amarrando Macula e Superbia a uma árvore. "Uma casa na árvore?" Disse. "É sério?"

"É, eu construí ela há alguns anos atrás. É meio ruim, mas pode aguentar mais de uma pessoa."

"Como você sabe se você foi sozinho e nunca teve mais de duas pessoas lá em cima?"

"Verdade. A gente vai ter que ter sorte então." Louis fez beicinho, observando Harry começar a subir as pranchas de qualidade duvidosa que haviam sido pregadas à árvore, engolindo em seco quando Harry logo desapareceu dentro da casa. Ele o seguiu com as mãos e as pernas trêmulas e parou no meio do caminho, olhando para o chão.

"Não olha para baixo, amor." Harry cantarolou acima dele. Louis olhou para cima e encarou a mão que Harry tinha estendido, mordiscando rudemente seu lábio inferior e rapidamente agarrando a mão.

"Não pude evitar." respondeu ele, enquanto era puxado para cima. Ele se arrastou pelo chão, sentando-se ao lado de Harry com um pequeno acesso de raiva.

"Você teria caído." Harry riu. "Você tem sorte que eu te peguei."

"É." Louis deu de ombros, então, descansando a bochecha em sua mão quando ele começou a olhar ao redor da sala relativamente pequena, inspecionando as fotografias e desenhos que foram colocados em todas as paredes. Todos os desenhos eram assinados pelo próprio Harry, alguns melhores que outros. "Como é que você nunca me contou sobre esse lugar?"

"Você nunca perguntou."

Louis revirou os olhos. "E mesmo assim, você me trouxe aqui."

"Eu não deveria?"

"Eu não te pedi pra vir aqui." ele riu e se virou, deslocando-se no chão de madeira de modo que ele agora estava sentado sobre os joelhos, à bainha de sua jaqueta contra o chão. Ele mordeu o lábio. "Então eu suponho que eu estou aqui por algum motivo?"

Harry riu, enquanto as pontas dos dedos percorriam os cachos que estavam nas laterais de sua cabeça. "Sim e não." disse ele. "Você está aqui porque eu quero te mostrar uma coisa muito especial para mim, mas também porque eu queria fazer algo legal."

"Então não seria dois “sim”." Louis riu. Harry se inclinou para trás e apoiou-se nos cotovelos, sua cabeça inclinando um pouco quando ele olhou para Louis.

"Eu não sei. Talvez." ele sorriu. Louis desviou o olhar e encarou as paredes novamente, fazendo beicinho enquanto olhava para os desenhos. A maioria deles eram flores desenhadas a lápis, mas, em seguida, havia algumas pinturas extremamente realistas. Cavalos e árvores, em sua maioria, mas alguns outros animais também, como esquilos e corujas desenhados em lápis de cor.

"Você que fez tudo isso?” Ele perguntou. "Você não tem medo de eles se molharem quando chove?"

"Não tem como eles se molharem aqui." Harry murmurou e sentou-se novamente, rastejando em direção a uma caixa de madeira que Louis não tinha notado e abriu-a, Louis tentando olhar por cima do ombro de Harry para ver o que tinha nele. Ele piscou quando viu que eram frascos e pincéis.

AlaskaWhere stories live. Discover now