O expresso de Hogwarts

89 3 1
                                    

Hoje é o dia do embarque para a tão sonhada escola de magia de bruxaria de Hogwarts, todas as crianças e adolescentes parecem muito animados e se despedem de suas famílias antes de entrar no trem. É fácil diferenciar aqueles que estão no primeiro ano e principalmente os que nasceram em famílias de trouxas, eles têm aquela aura de quem está quicando na cadeira de ansiedade para saber em qual casa vai ficar, quantos amigos vai fazer e quem vai ser o seu crush e ficam extremamente impressionados com qualquer coisa mágica que acontece.

Alissa não é muito diferente, ela nasceu em uma família de trouxas, mas que já acreditavam na existência de bruxos o que fez com que ela se tornasse o orgulho dos país que espalharam para todo mundo pelo facebook que ela foi aceita em um colégio interno de prestigio. Ela não estava particularmente interessada em amigos e crushes e não sabia nada sobre as casas, mas ficou impressionada com qualquer coisa mágica que acontecia. Sua experiência no colégio de trouxas não foi muito boa e ela não esperava que numa escola de magia fosse diferente, com sorte ela ficaria longe de problemas e conseguiria passar nas matérias.

Sua primeira tarefa é encontrar uma cabine no trem, o que parecia ser simples, mas ela acabou percebendo tarde demais que o número de pessoas foi aumentando absurdamente até todas as cabines estarem lotadas, ela deveria saber que não encontraria uma cabine vazia num trem que vai para uma escola.

Enquanto arrastava sua mala pelos corredores olhando pelas janelinhas para ver se as cabines estão lotadas, ela encontra uma com apenas duas garotas. Respirando fundo ela bate na porta e entra.

-Oi, será que eu posso ficar aqui com vocês? As outras cabines estão lotadas.

A menina sentada a direita é morena e está com o cabelo preto encaracolado preso em um rabo de cavalo, a menina da esquerda é branca como ela e tem cabelos quase loiros que fazem ondinhas nas partes que ela costuma colocar atrás da orelha.

-Claro pode sentar, eu sou Bianca essa e essa é a Luiza, também é o seu primeiro ano? – A Bia perguntou.

-Isso mesmo, eu sou Alissa, mas pode me chamar de Ali.

-Você também é filha de trouxas? – Dessa vez a Lu perguntou

-Sou sim, foi um grande choque quando a carta chegou, mas meus pais ficaram muito felizes.

-Os meus também, acho que a maioria dos pais não se importaria, a não ser que tenham a mente muito fechada e achem que magia é coisa do demônio. – A Lu comentou.

-Em qual casa vocês querem ficar meninas? Eu vou para a grifinória com certeza. – A Bia já parecia ter o esquema todo montado na cabeça dela.

-Casa?

A porta foi aberta por um menino alto e com aparência asiática, interrompendo a pergunta que Alissa estava fazendo, junto com ele veio uma menina também com aparência asiática e com o cabelo preto e liso descendo até o ombro.

-Eu falei que ia achar alguém para te fazer companhia, oi Lu ou Bia.

O menino cumprimenta as duas e elas me apresentam.

-Essa é a Alissa ela também é do primeiro ano.

-Oi prazer eu sou o Daniel.

A menina que veio com ele entrou e se apresentou também.

-Eu sou a Carol.

Alissa não está acostumada a cumprimentar tantas pessoas, isso a deixa muito nervosa porque ela sente como se a pessoa não quisesse realmente falar com ela, mas é forçada a fazer isso. Quando os cumprimentos finalmente acabam, ela anota os nomes das meninas no celular para não esquecer depois porque sua memória para nomes é péssima.

-Eu preciso ir, mas a gente se vê depois na cerimônia.

O Daniel parece tão seguro que a Alissa pensou que ele era um veterano, mas depois descobre que na verdade ele só nasceu em uma família de bruxos, por isso, está preparado para o que vai acontecer.

-Vocês todos já se conheciam? – Ela pergunta surpresa, afinal a Bia e a Lu disseram que não são de famílias bruxas.

-Sim, tem um grupo no facebook. - a Lu responde.

Claro, nada mais normal que um grupo de calouros no facebook, ela devia ter procurando algo assim ao invés de tentar arranjar tudo sozinha.

-E você Carol, veio de uma família e bruxos, você tem cara de quem sabe bastante coisa. – A Bia pergunta fazendo a Carol ficar com vergonha.

-Vim sim, mas eu não sei tanto assim, minha vó me ensinou muita coisa.

-Que sorte. – A Lu comenta admirada.

-Qual é a casa da sua família Carol? – A Bia pergunta, retomando o assunto anterior.

-Eles não têm uma casa especifica, cada um vai para um lado sabe, a metade rica foi da corvinal, mas eu sou da metade pasteleira então devo ir p Lufa-lufa ou algo assim.

-O são essas casas? – A Alissa pergunta curiosa.

-Você não sabe? – A Lu pergunta curiosa.

-Eu perdi o grupo do facebook. – A Alissa admite.

-São tipo a sua família, cada um é mandado para uma casa dependendo da sua aptidão e aí você vive com eles no dormitório. – Explica a Carol.

-Se você fizer coisas boas, você ganha pontos para a sua casa, se quebrar as regras você perde pontos para a casa, no fim do ano quem tiver mais pontos leva a taça das casas e é eleita a melhor. – A Bia complementa.

-Mas não esquenta muito com isso, eles já esperam que os novatos percam pontos por fazerem besteiras. – A Lu diz.

-E se eu não tiver aptidão nenhuma eu vou para onde? – A Alissa pergunta desesperada.

-Eu pensei nisso também, mas os veteranos disseram que não importa o que você faça você via para uma casa, talvez só não uma casa legal. – A Lu diz tentando animar a Alissa.

-Não existe essa de casa ruim, mas tem umas casas em que as pessoas são meio do mal. – A Carol tenta não fazer tão ruim.

-São 4 casas, a grifinória, para onde vão os corajosos e leais, a lufa-lufa onde estão os gentis e pacientes, na corvinal estão os inteligentes e estudiosos e na sonserina estão os ambiciosos, calculistas e orgulhosos. – A Bia explica.

Com base nisso a Alissa já podia imaginar para que casa iria, apesar de gostar de estudar ela não considera que isso seja uma de suas qualidades marcantes, ela está longe de ser corajosa e paciente, então só sobra um lugar.

-Eu acho que eu vou para a Sonserina então.

-Claro que não, você parece ser tão boazinha Ali. – A Bia diz surpresa.

-Nem tanto, eu não sou tão boazinha. – A Alissa explica.

- Eu não queria que nós fossemos para casas diferentes. – A Carol diz chateada.

-Mas isso não quer dizer que nós não podemos ser amigas neh? – A Alissa pergunta preocupada.

-Claro que não, vamos continuar nos falando mesmo depois da seleção das casas, é uma promessa. – A Lu falou para a meninas e todas concordaram.

Minha vida em HogwartsWhere stories live. Discover now