Isak queria se descobrir, apesar de em alguns momentos a opção menos dolorosa ser nadar contra a corrente. Even estava apaixonado e parecia não se importar com o fato de ser por um garoto. Redescobrir ou redesenhar as experiências e sentimentos era...
Só postando o segundo capítulo porque já foi escrito, não sei se essa fanfic pode ser encontrada, tive a impressão que não fiz direito o processo de postagem, mas sei lá... Se houver alguém lendo e eu publiquei certo, seria legal se se pronunciasse pelo menos pra eu saber que não postei errado.
Boa leitura?
(Não achei nenhuma foto melhor pra postar na vibe do capítulo)
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
SEXTA | 23:45
"...E então ela correu atrás da gente pelo corredor, quando Yousef chegou até a porta da sala do segundo ano ela se estabacou na parede. Foi absurdo, cara!" disse Mikael, rindo de maneira desesperada.
Os garotos mostravam-se um pouco embriagados, Even estava sentado no chão de seu quarto, segurando uma latinha de cerveja com as pontas de seus longos dedos, a cabeça jogada para trás, encostado a uma das paredes, a observar o teto, devaneando. Estavam reunidos para ir a uma festa, mas aos poucos a animação de Even esvaia-se, já havia bebido demais e ficara ligeiramente sonolento.
"Então, acho que podemos ir andando, certo?" indagou Elias, seus amigos concordaram.
"Eu acho que dessa vez eu não vou." disse Even.
Os outros ficaram abismados, questionaram o loiro, ouvindo-o apelar ao sono. Mikael observou o amigo, estava com uma expressão esquisita, mas os demais não pareciam se importar, talvez porque, por conta da bebida, não houvessem notado o seu estado. Mikael disse que também ficaria, houve um pequeno protesto de Elias, mas a sua bebedeira não chegara ao ponto da insistência, ele apenas se juntou a Yousef, Adam e Mutasim e saíram.
Even olhou para Mikael, o olhar do menor refletia compaixão. Você não deveria ter ficado, Mikael, ainda dá tempo de ir, pensou Even, pondo seus olhos no outro, entendendo que este se aproximava, afim de saber o que acontecia ali.
"Ei, cara, você 'tá bem?" perguntou Mikael e sentou-se ao chão, pondo-se perigosamente perto de Even e colocando sua mão direita sobre o ombro do maior.
"Ah... acho que sim, só estou com sono." respondeu Even, desviando daquele olhar certeiro que recebia. "Você pode ir com eles se quiser, eu estou bem, de verdade. Não precisa bancar a babá hoje." continuou, falseando um sorriso.
Mikael era desconfiado e Even deixava sinais a sua maneira quando estava passando por pequenos assombros, nos últimos dias fora pouco a escola e se recusara a sair depois de um longo período sem dar as caras em festas. Seu melhor amigo via aquilo como, no mínimo, suspeito e para arrancar alguma verdade do loiro, o espreitava. Sentou-se a seu lado e ouviu Even soltar o ar parecendo irrequieto, os olhos sempre na direção contrária de Mikael, como se estivesse evitando dar de encontro com as íris alheias.
"Even, o que há com você? Uh?" indagou Mikael, sacudindo o ombro de Even. "Ei, cara, o que está havendo?"
O garoto de olhos azuis virou-se abruptamente, agarrou o pulso de Mikael e o puxou para próximo de si, determinado, estava prestes a juntar seus lábios quando sua vítima o empurrou, fazendo-o apoiar-se de qualquer jeito para não ir ao chão. Even encarou o outro, havia ruborizado, mas não de vergonha. Mikael levantou-se e berrou o que primeiro veio a sua mente, estava perplexo.
