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Giulia

— Como assim não conseguiram nada?! — Me exaltei.

— Calma, Giulia! Essa só foi a primeira vez, vamos tentar de novo — A mão da mulher pousou sobre o meu ombro, com a tentativa de me acalmar. Tínhamos acabado de voltar para o hotel, estávamos no corredor indo em direção ao elevador.

— Bem... — Suspirei — Qual o próximo passo?.

— Eles disseram que poderíamos voltar amanhã à tarde — Respondeu o homem.

— E se... — Parei de falar após repensar a minha hipótese assustadora.

— E se?... — A mãe perguntou curiosa.

— Deixa, baboseira da minha parte — Sorri falso. Paramos em frente ao elevador, que logo se abriu, ia entrar se não fosse pelo meu celular começar a vibrar desesperadamente no meu bolso.

Que? Muita calma nessa hora celular

Não era uma ligação então pude entrar no elevador sossegada, desbloqueei a tela e fui tirando as notificações que não me interessavam e que supostamente não era a causa da vibração do aparelho, cheguei na notificação do WhatsApp e cliquei, alguém estava bem desesperado para falar comigo, hein, será que era a Fernanda indo finalmente se declarar para mim?.

Só que não. Meus olhos se arregalaram e meu coração acelerou. Era ela?.

— Mas o que... — Sussurrei.

Natália

Senti um tapa forte na minha face, rapidamente começou a arder, gemi de dor.

— Eu devia era te matar! — Seu olhar era bem ameaçador e assustador, capaz de qualquer coisa.

— POIS DEVIA ME MATAR LOGO! SEU DESGRAÇADO! — Gritei e ele me deu mais um tapa muito mais forte que o primeiro.

— Eu espero que não tenha enviado, porque se eles aparecem na porta, eu mato você e aproveito e mato sua família!.

— Deixe minha família longe disso Luccas! E-Eu faço o que você quiser, mas por favor não machuque minha família — Me rendi e implorei, nunca me perdoaria se todos morressem, as pessoas que eu mais amava, talvez ele só estivesse blefando, porém nunca se sabe.

Ele nada disse, só se sentou na cadeira que antes estava ocupada pelo Diego, que correu desesperadamente depois de ser jogado na parede.

Não entendi nada daquilo, no entanto permaneci quieta. Comecei a pensar se a minha mensagem tinha enviado, e se tivesse, se Giulia entenderia direito. Após isso que houve parecia que minhas esperanças voltaram, na qual me manteria firme e "forte"por algum tempo.

Ficou um clima desagradável entre eu e Lucca (até parece que as outras vezes era agradável, mas enfim), não fazia a menor noção do que ele estava pensando em fazer, não vai me matar? Ou aquele lance de ligar para os meus pais e dizer tal quantia de dinheiro que nem os filmes, histórias, novelas, foi tudo completamente diferente, vinheram umas hipóteses toscas na mente que Lucca estivesse obsecado por mim e então não teria coragem de me matar.

Mas me senti muito convencida, talvez seja por um outro motivo.

Giulia

Tentei ler as mensagens com calma, pois não queria que os pais percebessem minha expressão, eu queria ter a total certeza de que era Natália, eram muitas coisas que ela tinha escrito, difícil de se acompanhar já que as mensagens surgiam do nada, só me atrapalhando quando buscava o início.

— Está tudo bem, Giulia? — Droga! Ela percebeu.

— T-Tudo, só estou triste por não termos conseguido nada ainda — Menti na cara dura. Ela sorriu em resposta.

Nós chegamos ao andar dos nossos quartos. Os dois entraram logo de primeira assim que andavam pelo corredor, e o meu aposento ficava mais distante. Não conseguia tirar a minha atenção à tela do celular, meu coração ainda acelerava a cada palavra.

— Ela deve estar desesperada mesmo, óbvio né, Giulia?, não consigo entender nada — Falei sozinha até chegar à porta, passei o cartão e puxei a maçaneta, se tivesse  buraco à minha frente, com certeza iria cair e morrer, pois ainda estava com os olhos vidrados no visor.

— Não se larga desse celular né? — Ao ouvir uma voz, levantei a cabeça e me assustei, dando um pequeno passo para trás, pus as mãos no peito.

— Fernanda? O que está fazendo aqui? — Bloqueei a tela do celular e coloquei no bolso traseiro da calça, como uma mania minha, baguncei meu cabelo de leve.

— Nem vai me dar um abraço, Baby? — Ela sorriu indo me abraçar, e eu fiquei completamente sem reação.

— Como entrou aqui? Só eu tenho o cartão — Nada respondeu, apenas me abraçou forte, não resisti e a abracei também.

— Não precisa se preocupar, esqueceu que tenho 18 e tenho mais juízo que você? Não preciso dos pais da Nath, sei me virar — Disse convencida.

— Idiota — Revirei os olhos.

— Esse hotel é realmente bom — Fitou em volta do quarto, encarando principalmente a vista pela janela — Na noite noites de ser mais bonito ainda, vendo as estrelas — Sorriu de lado.

— É verdade, não reparei nisso, as coisas andam muitos complicadas — Fitei o chão.

— Ei, vai ficar tudo bem — Ela segurou meu queixo levemente.

— Espero — Sussurrei, me aproximei devagar, fitando seus lábios o tempo todo. Foi então que a beijei calmamente, ela correspondeu, acariciei seus braços enquanto nos beijavamos, isso fez esquecer dos meus problemas. Acelerei o passo e Fernanda arfou, peguei suas mecha e pus atrás da orelha, toquei em seu rosto macio.

*Trimmmm*

Nos afastamos rapidamente logo após o susto do toque do telefone, era o da Ferna, a mesma pegou e antes de atender — Se me der licença — Pareceu séria.

— Tudo bem, apesar do quarto ser meu! — Não compliquei, até porque eu também tinha coisa importante pra resolver, ligar para Natália o quanto antes.

[...]

Depois de diversas chamadas, minha paciência foi se esgotando, droga, bem que podia atender. Andei para um lado e para o outro feito uma doida no corredor.

— Querida? Está tudo bem? — A tia da Nath surgiu e estava numa expressão curiosa.

— É sim... — Respondi, porém como a mulher não é besta, aproveitou e viu quem eu estava na chamada.

— Natália?... Co-Como assim?! — Quase gritou.

— Bem, eu recebi um monte de mensagem dela, mas não sabia se era realmente ela, então eu tentei ligar, f-foi em vão — Confessei.

— Por que não nos mostrou isso Giulia? —

— ...

Natália

Fiquei pensando nos momentos em que eu e Wesley vivemos juntos, apesar da distâncias, aquelas conversas que me confortavam, e mesmo com todos os acontecimentos ruins, ele sempre estava lá, sinto falta disso. Como tudo mudou de repente?. Do nada comecei a namorar o meu ídolo, e agora estou aqui, presa em cativeiro, com o relacionamento acabado.

Quando aquele inferno iria acabar? O que eu fiz pra isso acontecer?.

Aquela maldita foto.
Estragou minha vida, que vontade de bater na pessoa que fez essa porcaria! Ah! Mas eu ia desfigurar todo aquele rosto!

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21/08/17
Avisinho
Genteee, bom, eu vou mudar pequenas coisas nos capítulos, mas nada que interfira muito. E quando eu acabar o livro :''( vou ter que fazer uma atualização, tirar os erros de português, e organizar mais. O capítulo 99 está quase pronto! Mas ainda vai demorar só um pouquinho, quero que esteja muito bom para vocês!!!!.

Beijos❤❤❤❤

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