Capítulo 9: O Fim da Jornada

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As pernas ferviam em cãibras, mas Adriel continuava a tentar correr, com passos cada vez mais desajeitados, com as lágrimas jorrando pelos seus olhos. Teria tudo sido culpa dele? Teria ele afastado todas aquelas pessoas? Lembrava-se, de fato, as recusas que fizera às pessoas e a forma como se afastara, utilizando de subterfúgios para justificar-se para outros e para si. Mas não poderia ser culpa dele. Alguém, algo, deveria estar o manipulando para isso, movendo-o como a um fantoche. Por que ele faria isso consigo mesmo? Por que não desejaria mais a própria juventude?

NÃO! NÃO! – ele gritava, escorando nas paredes, tentando seguir em frente. – EU PRECISO ENCONTRÁ-LO!

E quando tudo parecia perdido e o sol alcançava o céu, ele vislumbrou um homem dobrando uma esquina, vindo em sua direção. O velho vestia uma roupa azul marinho escura, com um colar grosso e enorme, que passava sobre o seu abdômen, onde estava dependurado um grande relógio todo ornamentado. Em sua mão, o velho trazia uma chave.

VELHO MAGO! – Adriel começou a rir, delirante. – VELHO MAGO! FINALMENTE O ENCONTREI! – Ele se soltou da parede e tentou correr com as pernas duras. – POR FAVOR, ME SALVE! SALVE MINHA JUVEN... – E Adriel tropeçou, notando o velho olhar em sua direção com sua longa barba e seu longo cabelo da cor do céu.

E então ele caiu ao chão, batendo a cabeça e perdendo a consciência.

O mundo se esvaiu e ele deixara de existir.

O Pecado da JuventudeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora