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O Hugo pousa a bebida que pedi à minha frente e eu pego no copo. Antes que beba o Zé segura na minha mão.

"Cuidado com isso princesa, não estás habituada a beber." Olha para mim preocupado.

"Vou só provar Vieirinha."

"Deixa a tua namorada beber ó Zé." O Rui goza, o que nos faz fuzilá-lo com o olhar.

Todos pareciam interessados na minha bebida e no lado protetor do Zé, por isso revirei os olhos.

Levei o copo à boca e bebi um bocado. Senti a minha garganta arder e fiz uma careta. Não era mau, mas era forte para aquilo a que estava habituada.

"Então Malice?" o Afonso pergunta enquanto todos se riem.

"Parece que o André vai ter que ir buscar uma bebida para ele." Brinco e ouço um grito de aprovação do grupo enquanto o André nega com a cabeça e se levanta para ir buscar uma bebida para ele, sempre a sorrir.

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Já não tenho noção do que bebi. A seguir à primeira vodka preta vieram mais algumas, tal como rodadas de shots e outras bebidas que o rapaz ao balcão me dava.

Neste momento já são quase cinco da manhã e muita gente já desistiu. No entanto eu estou demasiado animada com o facto de ter conhecido o André Silva e o álcool não ajudou nada. Maior parte do grupo também se encontra num estado alegre, mas sem dúvida que eu sou a pior. Não estou quase a cair para o lado, apenas estou alegre.

Estou a dançar feita maluca na pista com o Clever quando o Zé me abraça e me leva para junto dos outros.

"Vamos embora pequena, já está na tua hora." O meu melhor amigo fala e todos concordam.

"Tudo bem, mas eu vou para onde?"

"Ficas em minha casa." O André oferece. "O Zé, o Hugo e a Mafalda também vão ficar."

Concordo e dirigimo-nos todos até ao exterior da discoteca e decidimos quem vai no carro de quem.

"Eu posso levar mais quatro. O Zé, a Alice, o Hugo e a Mafalda." O Afonso fala quando já estamos à beira dos carros.

"Eu levo os outros. Rui, Clever e João, vão para onde?" o Silva mais velho pergunta.

"Vamos para casa do Rui, é mais perto."

"Tudo bem." O André olha na minha direção "Alice, queres vir comigo? Assim não venho sozinho depois."

Olhei na direção do meu melhor amigo que acenou que sim com a cabeça enquanto dizia um "aproveita o tempo com o teu ídolo". Despedi-me dos outros e segui até ao Mercedes do André.

A viagem até casa do Rui demorou cerca de vinte minutos. Os rapazes iam atrás quase a dormir, enquanto eu descansava a cabeça na janela. 

Quando os largamos os rapazes foram quase às apalpadelas até à porta de casa, desejando uma boa noite a nós aos dois. Eu e o André  não conseguimos controlar o riso ao ver as ações dos rapazes.

No caminho de volta reparava nos pormenores do carro. Isto é um maquinão.

"Quando for grande quero um maquinão destes." Falo para o rapaz ao meu lado. Este olha surpreendido para mim, por causa da minha falta de timidez.

Tenho que aproveitar os efeitos do álcool.

"Quando tirares a carta podes conduzi-lo." O rapaz ao meu lado corta o silêncio.

OPORTO- André Silva ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora