•Imagine Carter Reynolds•

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-Então tá o que faremos?- Carter perguntou se deitando no sofá em cima de mim
-não sei- falei numa mistura de sons quase inaudíveis
-Sério que vamos ficar sem fazer nada o resto do sábado?- ele perguntou
-Por mim tá ótimo
-Tantas festas pra gente ir, tantos eventos, e você quer ficar em casa esparramada no sofá assistindo TV?
-Não- falei- Mexendo no celular e comendo também.
Ele deu uma risada e saiu de cima de mim.
Entenda, eu e Carter éramos tipo “melhores amigos do mundo” ele era a primeira (e única) pessoa que eu recorria quando acontecia alguma coisa, boa ou ruim, ele estava comigo em todos os momentos e vice-versa.
Naquela noite eu não estava com disposição para fazer absolutamente nada, do tipo nada mesmo, só ficar deitada babando nas almofadas do sofá da casa dele.
-(s/n) coisa linda do meu coração eu vou te dizer uma coisa que vai fazer com que você se levante daí rapidamente- Carter gritou da cozinha.
-O que?- gritei de volta- Pizza grátis em alguma pizzaria que não tem frete?
-Não-ele falou rindo no mesmo tom de voz- Não tem comida.
-QUE- gritei caindo do sofá e correndo ate a cozinha e deslizando no piso liso por pouco não caindo em cima do fogão, graças a Carter que me segurou antes, eu o empurrei e abri alguns armários e a geladeira e nada. É assim, eu não me incomodo se a casa é minha ou não, já saio abrindo tudo a procura do meu tesourinho.- Vocês não fazem compras não?
-Na verdade minha mãe iria fazer ontem se não tivesse viajado as pressas pra casa daquela minha tia.
-OH NOOOH- gritei fazendo drama, em questão de ser dramática eu tirava nota 10.
-Calma sua capivara esfomeada, minha mãe, que é um anjo tanto na sua vida como na minha, deixou dinheiro pra mim comprar alguma coisa pra comer.
-E o que você está esperando?
-Como assim?
-Querido, hello, as chaves do carro estão ali e seus tênis estão perto da porta, olha que se você demorar demais eu não vou.
-Ahn?- Carter indagou não entendendo nada.
-Dinheiro, compras, mercado, fome, questão de vida ou morte- falei como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
      Voltei para a sala e calcei meu tênis e coloquei uma blusa de frio na cintura, vi o boné de Carter jogado no chão e coloquei-o também.
-Você fica linda com meu boné-ele disse me seguindo porta a fora em direção ao carro.
-Você sabe que hoje vai ser o último dia que vai ver esse boné, né?
-Se tu pegar meu boné pra você eu não compro sorvete do que você gosta.
-Veremos-disse lançando um beijo no ar pra ele antes de entrar no carro.
    Foram exatos vinte minutos da casa de Carter ate o mercado que a gente escolheu, digo vinte minutos de pura idiotice no transito. Logo que ele deu a partida eu liguei o som no ultimo volume em uma música aleatória e bem o resto já da pra imaginar.
    Quando chegamos o estacionamento estava vazio ocupado apenas por alguns carrinhos de compras.
-Me empurra até a porta? –perguntei pegando um carrinho ali perto.
-Pera que isso vai render um bom vine- ele disse pegando o celular enquanto eu subia em cima do carrinho.
       Ele impulsionou forte enquanto arreganhava o celular pra cima mostrando a cena. Eu gritei desesperada e logo o carrinho trombou contra a parede e ele caiu, começamos a rir e ele se levantou e continuou empurrando quando as portas se abriram, eu finalmente desci do carrinho e comecei a agir igual uma pessoa normal.
-vou pegar alguns salgadinhos- disse me distanciando
-tá eu vou estar na sessão dos frios.
     Ate ai tudo bem, eu realmente fiz a festa enquanto pegava salgadinhos de todos os tipos que adorava, logo depois de encher as mãos eu fui procurar Carter na sessão dos frios, e boom ele não estava lá, a sessão estava vazia sem nenhum sinal de qualquer alma viva.
      Eu não me desesperei de início, procurei em alguns corredores e nada de Carter, okay eu estava perdida no mercado, não um mercado qualquer e sim um super mercado enorme.
     Enquanto procurava Carter fui fazendo uma lista de xingamentos que poderia usar contra ele até que em uma curva para a sessão hortifruti eu vi o que eu faria qualquer coisa para nunca em milhões de anos eu queria ver. Carter estava se agarrando com uma loira com o decote que mostrava até a alma da garota.
     Eu fiquei pasma olhando aquela cena, os pacotes caíram das minha mãos, e não sei porque meus olhos ficaram marejados, Carter se desvencilhou da garota e começou a dizer alguma coisa quando a menina me viu e me lançou um olhar de susto. Eu sai antes que ele se virasse.
      Quando vi por mim estava correndo por um supermercado tentando me distanciar o máximo da sessão hortifruti. Eu não sabia por que estava assim, por que me sentia daquele jeito. Afinal Carter ficava com outras garotas, certo? Acho que o fato de ver meu melhor amigo se agarrando com uma loira era… argh eu não sei eu me sentia traída, eu me sentia um lixo. Um sentimento ruim me invadia, foi naquele instante que se talvez Carter começasse a namorar algum dia eu não suportaria. Tanto por ciúmes como por… dor. Dor e perde-lo para outra garota, por vê-lo apaixonado. Foi então que me toquei que meus sentimentos por Carter do passado voltavam, ou então nem tenham ido embora. Antes de Carter ser meu melhor amigo era o garoto mais incrível do mundo, para mim, do qual um dia eu fui apaixonada. Eu não gostava de lembrar aquilo, eu não gostava de admitir que no fundo eu ainda amava Carter não só como amigo. Isso fazia que toda aquela cena doesse mais em mim.
-achei você, ainda bem- Carter disse aparecendo por trás, empurrando o carrinho e fingindo que nada havia acontecido.- Ué cadê os salgadinhos que você ia pegar?
      Não respondi de imediato, limpei meus olhos e fui virando de vagar sorrindo, não queria que ele soubesse que eu tinha visto aquilo e muito menos ficado tão mal.
-Eu… eu precisei ir no banheiro acabei que ainda nem peguei.- disse com meu melhor sorriso de “eu estou bem nem vi sua cena com uma loira oxigenada”
-aqui é um pouco longe do banheiro, hein- ele disse rindo.
-que seja- falei me virando e guiando-o pelo mercado para pegar o resto do que precisávamos.
      Admito que ainda estava mal por tudo aquilo e que tinha que arranjar um jeito de esquecer isso de me convencer que eu não era mais apaixonada por Carter, fiquei estranha com ele até chegarmos ao caixa para pagar.
     Então eu vi, a loira de novo, Carter ficou branco quando a viu e logo depois começou a encarar a bunda dela.
    Isso me incomodava por que ele quase a comia com os olhos.
-Linda sua amiguinha nova- eu disse sem pensar, ai merda por que eu disse isso?
-Minha o que?
-amiguinha nova Carter, não finja que não sabe do que eu estou falando.- eu falei, agora que tinha começado não podia continuar negando.
-Ah você viu- ele falou encarando o chão como se fosse uma criança sendo corrigida por sua mãe.
    Eu dei uma risada sínica e continuei a colocar as coisas no caixa. Quando terminei me distanciei de Carter e esperei que ele pagasse fora do mercado no estacionamento.
   Ele não disse uma palavra comigo e então eu me pronunciei.
-Acho que daqui eu vou embora, pra casa, não é tão longe.
-Você está doida garota?
-o único doido aqui é você, Reynolds.
-Serio que você ta brava comigo por isso? Aquela garota só chegou e me agarrou, eu tentei recuar mas eu não consegui.
-Tá Carter, você não precisa me explicar isso não é da minha conta, eu so quero ir pra casa.
-Por que voce ta fazendo isso então?
-Isso o que?
    Acho que foi nesse momento que ele perdeu a paciência e me prensou contra o carro.
-isso não foi culpa minha, se eu tivesse chance de escolher eu nunca na minha vida teria fiado com uma vadia daquelas, você sabe disso.
-Mas ficou.
-QUE DROGA (S/N) VOCÊ NÃO ENTENDE?
-Não, eu não entendo.
-Eu não sou desse tipo de garota, você é meu tipo de garota- ele disse sem pensar e logo tentando consertar seu erro- quer dizer garotas iguais você… er… garotas… er.
-Seu tipo de garota?- falei começando a me divertir com a situação.
     Ele estava pasmo e seu rosto não continha nenhuma reação então finalmente disse:
-que droga você não percebe nunca. – ele falou fechando me soltando e fechando o porta-malas do carro com força.
-O que você quer dizer com isso?
-O que eu quero dizer?- ele falou se virando pra mim- que eu te amo porra, que eu sempre te amei, bem mais que uma amiga, e você nunca percebeu. E quer saber? Eu realmente não preciso te explicar isso e se quiser eu te dou uma carona ate em casa.
       Eu absorvia cada palavra dele com um sorriso no rosto, antes dele se afastar demais eu puxei seu braço e fiz com que ele parasse.
-Carter, eu nunca percebi isso.
-Agora você me acha um idiota então que seja.
-Se você é um idiota eu sou outra, na verdade somos dois idiotas que negam-se.
     Ele então se virou pra mim com a indagação refletida no rosto.
-Eu também te amo Carter, bem mais que um amigo- disse me aproximando e o empurrando até bater no carro.
     Eu tinha meu olhar fixo na sua boca então ele tomou partido e me beijou. Um beijo cheio de desejo, um beijo que pra mim representou um “finalmente”. Ele me puxou mais para si e apertou de leve minha cintura, eu entrelacei meus braços em seu pescoço intensificando o beijo, wow quanto tempo eu esperava por aquilo.
    Ele apertou minha bunda me prensando contra o carro, eu arranhei seu pescoço sentindo-o ficar arrepiado, enquanto ele levantava minha blusa de leve começando a dar beijos e chupões no meu pescoço. Ele então me levantou do chão me fazendo ficar no colo dele enquanto eu beijava cada vez mais seu pescoço, ele começou a desabotoar meu short quando eu disse eu seu ouvido:
-Tem certeza que quer aqui mesmo?
     Ele não respondeu só abriu a porta traseira de passageiro do carro me jogando no banco e logo entrando e fechando a porta ficando por cima de mim. Ele começou a me beijar e tentou dizer em meio ao beijo:
-Não posso esperar. - eu não esperei mais, ele não podia esperar e muito menos eu, tirei sua camisa e com toda minha força cravei minhas unhas no seu peito, ele gemeu mordendo meu lábio e apertando minha bunda, com sua mão vaga ele apalpou meu seio entrando num beijo mais feroz, quando tirou sua mão da minha bunda ele a direcionou para meus shorts que estavam desabotoados e logo em seguida colocou sua mão dentro da minha calcinha me massageando, eu joguei minha cabeça pra trás num gemido baixo, então voltei a beija-lo, no momento que ele parou eu tirei o resto do meu short e ele tirou sua calça, antes de me penetrar ele agarrou forte minha mão e enfim fez o ato, eu não contive os gemidos e ele então me beijou enquanto eu arranhava suas costas com toda minha força, seus movimentos começaram devagares e iam aumentando, tanto eu como ele não conseguíamos continuar nos beijando, a cada estocada eu me aproximava mais do meu limite e ele também, num último beijo forçado nós chegamos no nosso clímax, ele saiu de mim antes de gozar.
     Nossas respirações estavam alteradas. Eu então soltei uma risada logo em seguida dizendo:
-Isso vai entrar pra minha lista de coisas mais doidas que eu já fiz.
-Pode apostar que vai- ele falou me dando um selinho, ele pegou sua camisa e vestiu e em menos de cinco minutos já estávamos vestidos, ele foi para o banco do motorista e eu para o do carona apenas fingindo que nada tinha acontecido, o caminho de volta pra casa foi silencioso, nem mesmo o som nos demos ao trabalho de ligar.
Ao abrir a porta eu olhei ao redor e a mão de Carter ainda não havia chegado. Então senti alguém me abraçando por trás e sussurrando:
-Segundo round?
Não respondi só me virei e o beijei, enquanto Carter fechava a porta e apagava as luzes.

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