#5 > Não Repitas a Brincadeira.

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O jogo já devia ter começado, tinha mandado os amigos sentarem-se para ela não desconfiar de nada. Olhou para o relógio e bufou... não queria perder muito do jogo, mas pelas suas contas era o que iria acontecer.

No meio dos seus pensamentos o seu telemóvel tocou. Apressou-se a tirá-lo do bolso e a atender a chamada assim que viu quem era.

-Peço imensa desculpa pelo nosso atraso. Estamos ao pé de um rapaz de cabelo preto com maquilhagem. – Bill olhou para todos os lados e assim que viu um casal mais velho sorriu e acenou para que eles viessem ter contigo. – És tu?

-Sou. Venham rápido, o jogo já deve ter começado.

Desligou o telemóvel no preciso momento em que o casal chegou perto dele. Cumprimentou-os aos dois e logo a seguir admirou a forma como Dylan era realmente parecida aos seus pais – mantinha um grande equilíbrio entre os dois, mas os olhos dela eram inteiramente do progenitor

Entraram no ginásio e Bill avistou os seus amigos – Tom e Jenny tinham reservado três lugares. De facto, o jogo já tinha começado, mas pelo que via as coisas tinham começado à pouco tempo, o contador nem tinha marcado cinco minutos.

Sentaram-se e o jogo começou a aquecer. Dylan apanhou a bola quando uma das equipas adversárias tentara passar a bola a uma das suas colegas de equipa. De facto, ela sabia o que fazer. Era pequena, mas sabia mexer-se e muito bem, conseguia fintar toda a gente. No último momento passou a bola e a mais alta marcou os dois primeiros pontos.

-O que ela anda a esconder com a sua roupa... - Tom disse rindo-se. O pai de Dylan arqueou a sobrancelha quando ouviu o que o rapaz disse e Bill não conseguiu esconder o riso que alastrou para todos os amigos. – Com todo o respeito.

O mais velho abanou a cabeça e piscou o olho para a sua mulher que se ria e abanava a cabeça. Bill riu-se quando viu o olhar de Tom. O mais velho para tentar esquecer o assunto acabou por começar a fazer algumas apostas à sua volta na tentativa de saber quem é que era a grande vencedora do primeiro grande jogo.

Faltava apenas um quarto do jogo para terminar. Estavam com uma vantagem. – A Dylan vai querer encestar para conseguirem ter uma vitória com maior vantagem possível. – A mãe da rapariga disse para o marido que sorriu e assentiu com a cabeça enquanto colocava uma pastilha elástica na boca.

Bill estava a ficar nervoso e tentava controlar-se. Devido aos nervos já só queria um cigarro para se tentar acalmar através do fumo. A dois minutos do fim, Dylan caiu ao chão em conjunto com uma colega da sua equipa provocada por outras duas.

A falta foi feita e a rapariga acabou por sair do campo após as acumulações de faltas que tinha feito ao longo daqueles 38 minutos de jogo. Dylan levantou-se e ajudou a sua colega. A bola foi-lhe dada e estava pronta para fazer o lançamento livre.

-Será que ela encesta? – Andreas perguntou a Gustav. Quem respondeu foi Georg que acreditava que sim. Ela era boa e a maneira de jogar era muito própria. Dylan sabia realmente lançar. – Bem, muitos dos cestos foram dela.

-Então já sabes a resposta. – Jenny disse sorrindo para Andreas. Bill sabia que Andreas gostava de Jenny e que sempre que falavam a coisa era complicada – tentava ao máximo não pensar em como Andreas ficava super nervoso para falar com ela e corado, especialmente.

Quando o apito suou, Dylan preparou-se e Bill viu a bola a entrar no cesto. As pessoas que apoiavam a universidade acabaram por gritar, especialmente Tom que tinha ganho um bom dinheiro com as apostas que tinha feito ao longo dos 40 minutos de jogo.

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