#23 > Como é que o Gustav está?

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Acordou cedo. O quarto já estava iluminado pela luz do dia. Não tinha fechado as cortinas opacas depois de ter saído da cama para fumar um cigarro e nem o tinha feito depois de ter visto a sua melhor amiga a entrar no seu quarto pedindo conforto para dormir.

Quando a abraçara, sentira os tremores dela. Ele também não estava muito melhor. Tinha ficado a pensar naquilo durante grande parte da noite até adormecer com ela nos braços sem sonhar com nada.

Levantou-se, tentando não acordar a rapariga que ainda dormia ao seu lado. Pegou nuns boxers lavados e entrou na sua casa de banho, precisava de tomar um duche antes de sair finalmente para o hospital para ver como estava o melhor amigo.

O banho foi rápido. Vestiu-se e entrou no quarto enxugando o cabelo o mais que conseguia. Quando saiu, Dylan ainda dormia. Vestiu as suas calças de ganga rasgadas nos joelhos e sentou-se ao lado dela na cama. Ela iria querer ir ao hospital.

-Dylan... - A rapariga assustou-se logo quando acordou. O de cabelo preto, automaticamente levou a sua mão à cara dela, para a acalmar. – Calma, sou eu. Queria saber se querias ir ao hospital. Vamos agora à hora da visita.

Ela assentiu com a cabeça e levantou-se, ainda desorientada da cama. Bill terminou de se vestir e colocou um gorro no cabelo e não colocou maquilhagem. Não estava com paciência para o fazer. Fez a cama onde tinha dormido e saiu ao mesmo tempo que a via a sair do quarto com uma roupa descontraída e com o cabelo apanhado.

-Não quero perder tempo.

Ele assentiu com a cabeça e os dois avançaram até à cozinha. Estavam já lá todos prontos para saírem de casa para irem ver do melhor amigo. Suspiraram todos. Bill via que o ambiente estava demasiado tenso, mas não podiam fazer nada. Estavam demasiado preocupados com Gustav.

-Vamos? – Tom perguntou pegando nas chaves do carro. Assentiram com a cabeça e foram para os respetivos carros.

Conduziram até ao hospital sem dizerem uma palavra. Dylan manteve-se calada e sempre à escuta de ouvir o telemóvel caso os pais de Gustav acabassem por ligar para dizer alguma coisa. No final, estacionaram o carro e foram andando para a zona onde Gustav estava internado.

Assim que chegaram, Bill reparou logo no pai do loiro sentado a beber um dos cafés de maquina para tentar ficar acordado. O mais velho levantou-se quando os viu.

-Como é que o Gustav está?

-Estável e pelo que o médico disse, já passou as horas mais críticas. – Sorriu para o grupo. Bill suspirou de alívio ao constatar que pelo menos o seu melhor amigo estava bem. – Já o transportaram para a enfermaria. A minha mulher está lá com ele e a Fransheska também lá está. Estava à vossa espera para vos dizer.

No momento em que o disse, Bill viu a mãe e a irmã de Gustav a saírem da zona com aspeto de quem não tinha conseguido dormir a noite toda. O grupo de amigos abraçaram as duas mulheres.

-Porque não vão descansar? Nós ficamos com ele. – Georg disse. Não conseguiam contrariar, estavam cansados e não conseguiam fazer mais nada para além de descansarem para poderem ir mais tarde ter com o filho e irmão.

-Fransheska, leva o carro. – Jenny disse. Não estava tão cansada como os pais e sabia que com o cansaço, os pais poderiam ser um perigo na estrada. Especialmente, naquele momento que sabiam que o filho estava já fora de perigo. – Cuidado.

-Obrigada.

Saíram do hospital. Todos entraram na sala onde Gustav estava deitado a comer o seu almoço. Estava com demasiadas nódoas negras na cara e com vários cortes. Bill conseguia ver a nódoa negra do cinto de segurança que tinha no peito. Usava colar cervical para os movimentos do pescoço.

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