#16 > Como assim quase?

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Nenhum dos dois disse nada sobre o que tinha acontecido antes de Tom chegar naquela noite. Deixaram-se estar e a relação de ambos voltou a ser o que era, nunca abordando aquele momento.

Um dos jogos mais importantes que iria fazer com que a equipa passasse para a final do campeonato era naquele mesmo dia e isso significava que, ao ganhar, a noite seria festejada com os amigos e com a equipa assim como um jantar com direito a pizza.

Bill estava sentado nas bancadas ao lado dos amigos e consequentemente de várias raparigas que eram suas amigas, nomeadamente Stephenie e Carly. Desde aquele dia que as coisas entre os gémeos e as duas raparigas que tinham ficado demasiado azedas. Não gostavam de pessoas que falassem mal com as pessoas apenas porque eles se davam com elas. O de cabelo preto nunca pensou que isso iria acontecer.

As duas equipas entraram em campo e Bill assobiou ao ver a melhor amiga, ela sorriu para a bancada ao reparar na fila onde estavam os melhores amigos. Ela aproximou-se da mesma - o jogo não estava para começar.

-Espero que o jogo seja fixe. – Tom apertou-lhe a mão, enquanto o dizia. Ela sorriu e assentiu com a cabeça. – É verdade, o teu amigo sempre vem este fim-de-semana?

-Noup. Acho que a mãe dele ficou doente e então teve de ficar em casa a cuidar dela.

Encolheu os ombros e Bill esperou que aquilo não perturbasse o seu jogo naquele dia. Sorrindo para a rapariga piscou-lhe o olho. O sorriso que lhe foi lançado serviu completamente para o coração disparar.

Desde aquele dia que queria beijá-la, queria a queria provar. Perder-se no cheiro dela. Não podia ter aqueles pensamentos, especialmente com ela naquele equipamento. Deixava-o demasiado frágil.

-Apostei umas quantas coisas, Dylan. Não me faças perder dinheiro. – Dylan riu-se e assentiu com a cabeça. Depois olhou para a sua equipa e teve de se afastar, tinha de fazer o aquecimento. – Hey. – O tom foi mais baixo que o normal e Bill entendeu que era para si. Olhou para o irmão gémeo. – Vais contar-me o que se passa contigo?

Olhou para todos os lados e reparou em Georg e Gustav ainda longe prontos para se sentarem finalmente, depois de terem ido buscar comida. Andreas e Jenny estavam demasiado concentrados neles próprios para ouvirem uma conversa qualquer, especialmente com os gritos que se faziam ouvir no pavilhão.

-Há uns tempos atrás, eu e a Dylan quase que nos beijámos.

Falou num tom baixo não querendo que, de repente, Jenny e Andreas voltassem ao mundo real e ouvissem o que ele estava a contar ao irmão gémeo. Tom arregalou os olhos quando realmente entendeu as palavras do gémeo e Bill reparou no sorriso a aparecer aos poucos.

-Como assim quase?

-Tu entraste em casa e eu fui-me embora do quarto dela. – Disse encolhendo os ombros e suspirou. No momento, não conseguia tirar os olhos dela. Fazia o aquecimento com calma e estava em constante movimento. Tom praguejou apenas para os dois ouvirem e Bill assentiu com a cabeça. – Mas tenho de me controlar. Não a quero forçar a nada e estar a beijá-la é fazer isso mesmo.

Tom abanou a cabeça e encolheu os ombros. A conversa ficou por ali. O pavilhão da faculdade não era de todo um sítio apropriado para ter aquele tipo de conversas e Bill agradeceu por isso.

Os primeiros dez minutos começaram e todos se levantaram para ver bem o jogo. Georg pelos vistos sabia demasiado de basquetebol e estava aos gritos perante as faltas que não eram assinaladas à equipa que não era da universidade.

Quando o primeiro tempo terminou o jogo estava favorável para a sua equipa. O segundo tempo começou pouco tempo depois e Bill sentia a tensão dentro do campo. Aplaudia a cada cesto e ouvia sempre os esclarecimentos de Georg ao jogo quando não entendia porque tinha sido falta.

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