Epílogo > Está sempre bom tempo para gelado.

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Arrumou a cozinha com a ajuda dos amigos que ali estavam presentes, especialmente as mulheres. Pegou nas sobremesas que tinham sido colocadas em cima da mesa para serem passadas para a mesa principal na sala de jantar. Suspirou enquanto tirava os pratos e talheres para o último prato da refeição.

Terminou tudo e começou a levar as coisas em conjunto com Susanne, namorada de Georg, recentemente noiva do moreno. Saíram da cozinha e colocaram tudo em cima da mesa e os mais pequenos começaram de imediato a contar aos pais o que queriam comer.

A mais pequena, Parker, filha de Lisa e de Gustav, mantinha-se firme de que queria comer duas sobremesas, primeiramente a sala de frutas e depois o crepe com chocolate.

-Porque não comes primeiro a sala de frutas e depois ao lanche comes todos os crepes com chocolate que quiseres? – Tom comentou enquanto começava a servir para ele próprio a salada de frutas numa das taças que tinham sido dispostas no meio da mesa.

Sentou-se no seu lugar e serviu sem dizer nada ao noivo. Pegou num crepe simples e colocou um pouco de chocolate como sabia que ele gostava. Pegou numa faca e num garfo e colocou tudo à sua frente, sem nunca olhar realmente para ele.

Deixava-se sempre perder no olhar dele e naquele momento queria manter-se fiel a si própria. Gordon e Simone já tinham entendido que alguma coisa se tinha passava, especialmente pela forma como os dois estavam a agir, em que apenas se falavam cordialmente. Havia uma grande tensão entre os dois.

George falava com a sua mais recente namorada e com Georg sobre como tudo era mais complicado quando ele e ela eram os novos chefes e que agora teriam de lidar com muitas mais coisas do que a ser apenas os superiores dentro do sector. Agora eles seriam responsáveis por aceitar todas as ideias que viessem dos trabalhadores.

-Estou a falar a sério. Pelo menos o Kennedy, faz um bom trabalho e tem ideias boas. – Ele comentou enquanto bebia um pouco de vinho e acabava por terminar a sua bebida. Quando Tom ia servir mais, George travou-o. – Desculpa, mano. Hoje sou eu que conduzo.

Dylan sorriu para o amigo e serviu-se de salada de frutas logo depois de ver como Taylor ainda estava entretida com a salada de frutas. Andreas mantinha-se atento à menina que estava demasiado calada. Pelos vistos Jenny também já tinha reparado nisso.

Há já algum que a própria tinha saído de casa dos amigos, acabando por dar algum espaço entre eles e para a filha. A pequena tinha ficado triste, mas tinha entendido. Não tinham comprado nada, tinham alugado e servia muito bem para eles os dois, enquanto não tivessem tudo pronto. Aquele dia importante para ela e para Bill e o almoço tinha sido feito em casa deles.

Suspirou de forma discreta quando pensou em Bill. Olhou para ele de esguelha e reparou na forma como estava. Cabeça baixa e mantinha-se a falar com a mãe e com Lisa sobre algo que realmente não entendia do que era.

-Bob, estamos a falar contigo. – Ouviu a voz de Gustav e arqueou a sobrancelha. Sorriu para ele e para John que estava há muito pouco tempo numa das cidades, após anos a trabalhar na capital do país alemão. Ali estava ele, com os pais da rapariga. – O Gordon estava a perguntar-te onde são as casas de banho.

Olhou para o padrasto de Bill e ele piscou o olho. Entendeu logo o que se passava e a própria levantou-se para ir mostrar onde estava. Quando ali chegou, o mesmo acabou por apontar para a própria entrar naquela pequena divisão. Sentou-se em cima do lavatório e olhou para ele que se apoiou na porta.

-O que aconteceu? – Dylan encolheu os ombros e olhou para a tatuagem que tinha feito anos antes, escondendo a cicatriz após a mesma ter querido em tempos terminar com a sua vida. – Tu e o Bill estão estranhos e todos já entenderam. Só não foram inconvenientes em perguntar.

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