E Tudo Está Bem

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Horas mais tarde.

Anahí­ já de banho tomado e mais calma, estava enrolada no edredom, sentada na cama. Poncho abre a porta do quarto e entra segurando uma bandeja com duas xícaras de chá¡ de camomila. Ele apoia a bandeja na frente dela e senta por trás, Any apoia a cabeça no ombro dele.

- Você está melhor? - Ele pergunta, enquanto faz carinho nos cabelos chocolates da namorada.

- Estou. - A voz sai meio fraca. - Tive tanto medo...

Poncho respira fundo e beija o topo da cabeça dela.

- Eu também meu amor. Só de pensar que eu tivesse chegado um minuto depois... - Ele fecha o punho com força e range os dentes. - Juro que matava!

Any vira a cabeça de lado e olha para ele.

- Você sabe quem fez isso? Ele estava com muita raiva de você!

- Ele me conhecia?

-Sim. - Vira o corpo e fica de frente para ele. - Ele disse coisas horrí­veis. Tudo que ele queria era vingança. Parecia que você tinha feito muito mal á ele.

Poncho fica pensativo.

- Eu já fiz muito mal a muita gente.

- Amor... - Any, segura nas duas mãos dele - Eles vão prender ele, não vão?

- Vão. - Ele a puxa para si e a abraça. - Ninguém nunca mais vai fazer nenhum mal a você.

Any respira fundo e deixa as lágrimas ensoparem a camisa dele. Poncho a aperta contra si. E a embala como se ela fosse um bebê.

- Bebe um pouco do chá. - Ele sussurra no ouvido dela.

Any se solta dos braços dele e pega a xícara atrás de si. Toma um gole.

- Liguei pro Levy enquanto você tomava banho. A Mai daqui a pouco vai ter alta. Precisou engessar o pé.

- Ainda bem que ela não teve nada muito grave.

- Seu pai e sua irmã também estão vindo. Eles estavam muito preocupados com você.

Any sorri e bebe o chá. Ela se ajeita entre os braços do namorado. Tudo o que ela queria agora era ficar ali, junto dele, entre aqueles braços. Se ficasse assim estaria tudo bem, porque ela sabia que Poncho morreria para salvá-la.

- Eu te amo. - Ela diz baixinho, aconchegada nele.

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Alicia com Luiza nos braços anda pela sala do apartamento de Maite tentando fazer a bebê parar de chorar. Cláudio está em pé conversando com Poncho que explicava toda a situação de horas mais cedo.

Any que tinha pego no sono, acorda com o choro de bebê. Levanta da cama e vai até a sala. Cláudio aproxima-se da filha com lágrimas nos olhos e a abraça apertado.

- Que susto! - Deixa algumas lágrimas molharem o ombro da menina.

- Esta tudo bem papai. Já passou. - Ele a solta. Any olha para a irmã tentando acalmar a sobrinha e se aproxima das duas.

- O que minha bezerrinha ta fazendo chorando desse jeito? - Toma a menina dos braços da mãe. -  Você quer a sua tia, não é?  - Luiza para de chorar e abre os olhões azuis bem parecido com os da tia. Any sorri olhando para a menina.

- Que história é essa de chamar minha filha de bezerrinha?

- Porque ela se parece com uma. - Estira a língua para a irmã e senta no sofá com a sobrinha no colo. -  Fala com voz de bebê - Eu sou muito lindo minha tia! - Dá um cheirinho na cabecinha dela.

Poncho sorri observando a cena. Não tinha duvidas que ela seria perfeita para ser a mãe dos seus filhos. Alicia senta ao lado da irmã e brinca com a filha também.

- E quando você vai pedir a minha menina em casamento? - Cláudio aproxima-se do genro.

Poncho tem uma crise de tosse. Cláudio solta uma gargalhada. Any tira os olhos da bebê e olha para o namorado preocupada, ao ver o pai rindo, sorri também. Luiza solta um gritinho e Any volta a atenção para ela.

- Quero te roubar pra mim! - Sorri olhando para a menina.

- Eu deixo esse final de semana com você. Ai você, logo, logo vai querer devolvê-la. - Alicia se escora no encosto do sofá e fecha os olhos, esgotada.

- Está tão difí­cil assim?

-Papai tem me ajudado, contratou uma baba para me ajudar, mas de noite ela quer brincar, então sobra pra mamãe aqui da conta do recado. - Revira os olhos.

- Você já sabia que não seria fácil.

-Eu sei. Não estou reclamando... É só que... eu queria dormir uma noite inteira.

Any volta a sorri para a menina. Volta a olhar para a irmã que está esgotada fisicamente.

- Deixa ela aqui hoje e amanhã eu te devolvo.

Alicia abre os olhos.

- Tem certeza?

- Sim. Ela vai me distrair e tirar as imagens do pesadelo que vivi.  - Volta a sorri para a bebê.

Luiza segura o dedo da tia e leva até a boca.

- Você quer ficar aqui com a titia, meu amor? - Luiza abre um sorriso sem dentes, que derrete o coração da tia babona. - Ela quer sim! - Abre um sorriso para a sobrinha.  - Vamos nos divertir muito e enlouquecer aquele seu tio gostoso. - Pisca para a menina.

Poncho se aproxima - O que você está falando de mim para ela? - Senta na ponta do sofá.

- Estou dizendo que nós duas vamos enlouquecer você. - Sorri. - Porque hoje ela vai ficar aqui com a gente.

Poncho passa os braços por trás dela e ela se aconchega nele.

- Hum.. Então vamos aprontar muito. - Sorri para a menina que dá um gritinho como se concordasse.

- Pelo amor de Deus não mimem minha filha! - Alicia esconde o rosto com as mãos.

Todos riem do drama da menina.


Te EsperareiWhere stories live. Discover now