Capítulo IV

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[N/A: Oi gente bonita, perdão novamente pela demora! 

Bem, eu revisei o capítulo, mas rola uma grande chance de eu ter esquecido alguma coisa para trás, porque sabem como é revisar o próprio texto né? Desculpem por antecipação.

Esse capítulo é transitório, então apesar de ser grande, vocês vão ver que ele é bem para que os larry se conheçam e se entendam nas coisas que estão prestes a acontecer. De qualquer forma, espero que vocês gostem da continuação. 

Boa leitura gente bonita, obrigada por todo o carinho que vocês deram nos capítulos anteriores ♥]



Entendam, Louis não era uma pessoa descontrolada. Inclusive, ele se considerava a pessoa mais controlada que conhecia, em todos os sentidos, mas sabe quando você se apega a um sonho, algo que talvez pudesse te tirar da situação em que você havia se enfiado? Pois é, o ômega conseguiria ficar renovando esse sonho de diversas formas enquanto ainda estivesse dentro da casa dos Styles, com pessoas que iriam lhe defender de alguma forma e com possibilidades mil de fuga, mas definitivamente tudo isso seria destruído a partir do momento em que fosse morar sozinho com James. 

Sabia como seria: ele lhe prenderia, lhe controlaria até os alicerces, não deixaria ninguém se aproximar o suficiente para que colocasse os olhos em si. Louis seria menos do que uma boneca, bem menos, porque não teria direito a nada ali dentro além de satisfazer seu dono. E ele acabaria satisfazendo, porque... Porque perderia a esperança de qualquer outra coisa. 

Por isso quando Louis começou a chorar ali, não foi por Harry... Definitivamente não foi por Harry ou pelo que James estava falando para si. Ele estava chorando por si mesmo, porque pela primeira vez em anos estava se deixando apiedar pela própria sorte; estava tendo pena de si. Tanto porque tinha certeza de que no mínimo iria parar no hospital por ter dito que não queria ir, tanto porque sairia do hospital e iria ficar trancado com James. 

Ele lhe tocava com carinho e com cuidado, sua voz baixa e suave, coisa que fez com que Louis se preparasse para a primeira pancada, sabendo que nunca em mil anos algo daquele tipo vindo de James era acompanhado coisas boas. Já na primeira vez em que sua cabeça bateu contra a parede, Louis sentiu algo quente lhe escorrer pelo couro cabeludo e sua vista se embaçar. Não dava nem para dizer que o ômega tentou se defender, porque só tinha um braço bom (o outro estava desprotegido e quebrado por ele ter tirado a tala para fazer a compressa) e porque era menor, estava cansado e não tinha tanta força. Não tinha nem um terço da força que precisaria para fazer aquilo funcionar. 

Louis não fez nada para se defender naquele dia. Nada para proteger o próprio rosto, ou o braço quebrado, ao mesmo tempo em que James não fez nada daquilo no impulso nervoso. Não, ele estava pensando no que faria Louis sentir dor, ele estava calculando qual seria o próximo movimento que fazia mais e mais lágrimas caírem dos olhos dele, então, claro, a primeira coisa que ele fez foi arremessar o ômega no chão e pisar em seu pulso repetidamente, com força, até que Louis estivesse gritando tanto que provavelmente toda a casa ouviria se o quarto de James tivesse isolamento acústico e a porta não estivesse fechada. Você teria que estar passando atrás da porta para ouvir. 

Em dado momento Louis não conseguia mais mover nenhum dos dedos e pela cor que seu braço estava assumindo, se antes ele talvez fosse precisar de uma cirurgia, agora ele provavelmente iria precisar de mais do que isso e talvez mesmo assim não fosse voltar a movê-lo, pelo menos do cotovelo para baixo.

James montou em si quando cansou de maltratar seu braço, segurando Louis pelo queixo e arremetendo sua cabeça no chão. Nesse ponto ele realmente estava apenas num limiar de consciência, sabendo que o sangue de sua cabeça não parava de manchar o tapete do chão... Ele só queria que acabasse logo a essa altura do campeonato. Só queria que a inconsciência lhe tomasse e ele pudesse descansar. Só isso. 

Inexorável ✾ {abo • larry}Where stories live. Discover now