Capítulo 15

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*Alexandra

Saí da casa de banho já com a roupa interior vestida e com o cabelo penteado. Entro no quarto e reparo que o Rúben tinha voltado a dormir. Rio com a situação e visto um vestido branco com flores vermelhas que a minha mãe me tinha feito, calçando umas sandálias também brancas.

Vou até à cozinha e começo a fazer o pequeno-almoço e coloco tudo num tabuleiro e levo até ao quarto. Quando chego, encontro o Rúben já desperto.

-Pequeno-almoço na cama? Acho que tenho que adormecer mais vezes.

Ele senta-se na cama e eu de frente para ele e começamos a comer as panquecas e a beber o café.

-Hoje dormes em minha casa? - perguntou-me quando estávamos a acabar.

-Posso, mas tenho que levar roupa porque não vou trabalhar de vestido.

-Podias ir outra vez com a minha...

-Não, mas ainda bem que falas nisso, assim levas já a roupa.

Eu começo a levantar-me, mas o Rúben rapidamente me agarra o braço, não me deixando avançar.

-Deixa a roupa aqui, eu posso vir a precisar dela - diz ele com tom provocador.

Rio e dou-lhe um beijo, pegando no tabuleiro e indo para a cozinha. Lavo a loiça e volto ao quarto para colocar numa mochila roupa para o dia seguinte e depois saímos de casa.

Durante o caminho aproveitei para ligar à minha mãe e irmã a contar-lhes do evento de ontem, visto que elas tinham visto fotos no Instagram da Magali. Desliguei a chamada e o Rúben logo me disse:

-Quando te vi entrar ontem no salão apeteceu-me ir ter contigo e beijar-te na hora. Estavas tão bonita! Custou-me tanto ver-te com o André, mas eu sabia que a culpa era minha porque nunca tinha ido falar contigo.

-Eu gostava que tu o tivesses feito, assim poupar-me-ias a uma noite de lágrimas.

Ele não disse mais nada e pouco tempo depois chegámos a casa da Daniela e do Raúl. Os homens foram jogar FIFA e eu e a Daniela fomos para a varanda conversar enquanto o almoço acabava de cozinhar.

-Conta-me como é que foi! - pede a Daniela.

-Não foi nada de mais. Ele disse que achava que eu me andava a atirar a outros rapazes, por causa da Susana, esclarecemos tudo e beijámo-nos.

-Eu gosto muito dele, mas ele foi um estúpido por pensar assim. E em que pé é que estão?

-Como assim?

-Vocês namoram ou são apenas amigos?

-Eu não sei, ainda não falámos sobre isso...

Ficámos a conversar mais um bocado e eventualmente fomos almoçar.

Mais jogadores apareceram na casa do Raúl e eu e a Daniela combinámos com as outras raparigas encontrarmo-nos num parque. Chegámos todas à hora combinada e eu comecei logo a brincar com o Afonso, filho da Maria e do Pizzi. Falámos sobre o evento, mas claro que o tema principal era a minha situação com o Rúben.

Jantámos todas juntas e acabei o jantar com a Choé no meu colo porque ela estava chateada com a mãe por não a ter levado ao cinema.

Regressámos todas a casa da Daniela e encontrámos os rapazes todos a rir por causa da derrota que o Horta estava a sofrer às mãos do Diogo. Despedimo-nos deles e eu e o Rúben fomos para casa dele.

-Sabes o que é que podias arranjar já que tens uma grande casa e um grande jardim? - pergunto deitando-me no sofá.

-Um cão? - responde-me ele com uma pergunta, sentando-se próximo da minha cabeça.

-Sim! E de preferência um Pastor Alemão, eu adoro esses cães, são tão fofinhos.

-É uma ideia...

Ele beija-me a testa e fica a olhar para mim.

-O que é que nós somos? - pergunto.

-O que é que queres que nós sejamos?

Levanto-me do sofá e aproximo-me dele.

-Eu quero sejamos "nós".

Ele aproximou-se de mim e colou as nossas bocas, acabando por me fazer voltar a deitar no sofá, desta vez com ele por cima de mim.

-Isso quer dizer que amanhã posso apresentar-te aos meus pais como minha namorada?

-Sim - continuamos a beijarmo-nos e só passado algum tempo é que me apercebo do que ele diz - Apresentar-me aos teus pais?

Ele começa a rir-se e dá um beijo no meu nariz.

-Os meus pais querem conhecer a rapariga que me anda a deixar melado e convidaram-nos para irmos jantar a casa deles amanhã.

-Não achas que devias ter dito essa informação antes?

-Não me lembrei, tu ocupas a minha mente toda.

Ele volta a beijar-me e eu esqueço o assunto pelo momento. Ele usava o braço direito para se apoiar no sofá, enquanto a mão esquerda abandonava o meu rosto para começar a percorrer o meu corpo. Ele chegou ao fim do meu vestido, começando a tocar na pele e arrepiei-me com o seu toque.

A sua boca deixou a minha, descendo o meu pescoço, desta vez sem me fazer cócegas. Começou a beijar-me a clavícula e senti-o a deixar lá uma marca. A sua mão voltou a subir a minha perna por dentro do vestido e, quando chegou à coxa, parei-o.

-Rúben, por favor....

Ele percebeu e tirou rapidamente a mão, parou de me beijar e olhou para mim.

-Desculpa...

-Não faz mal, não tens culpa. Eu é que devia pedir desculpa.

-Não há problema, temos todo o tempo do mundo - ele dá-me um bate-chapas e levanta-se - Queres ver um filme?

Eu assinto com a cabeça e encosto-me ao seu ombro. Ele escolhe o filme e começamos a ver, sendo que eu adormeci a meio.

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Espero que tenham gostado!

Mónica

Um Novo Amanhã Onde histórias criam vida. Descubra agora