Capítulo 33

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*Alexandra

-Os teus pais disseram que chegavam a que horas? - perguntou-me o Rúben.

Coloco a fôrma com a massa para fazer a Torta de Natal no forno e limpo as mãos ao avental.

-Por volta das 17h, porque a minha mãe quer ajudar-me a fazer as sobremesas, apesar de eu ter dito que não era preciso.

-Vais ver que a minha mãe também vai trazer alguma coisa... Já preparei o quarto para eles, queres que faça alguma coisa?

-Sim, pega no meu telemóvel e manda uma mensagem à minha irmã a perguntar se vem almoçar connosco.

Ele fez o que eu pedi e eu olhei para a bancada da minha cozinha, que estava um caos. Era dia 24 de Dezembro e eu ainda com tanta coisa para fazer. Para quem está habituada a cozinhar para 2 pessoas, 9 pessoas já é uma multidão.

-Os teus avós têm a certeza que não querem cá vir jantar?

-Eles disseram que iam a casa dos meus tios este ano, mas querem que nós lá passemos amanhã de tarde. A tua irmã disse que trazia o almoço.

-Boa! Menos uma coisa pra fazer.

O Rúben começou a lavar a loiça e eu continuei a fazer sobremesas. Nada podia falhar nesta noite.

30 minutos depois tiro a torta do forno e começo a decorá-la, tal como fazia em casa da minha mãe. Estava mesmo a acabar quando tocam à campainha.

Mostrei a casa à minha irmã e cunhado, almoçámos e continuámos a tratar de tudo.

Quando finalmente chegou a noite, eu estava de rastos mas feliz.

Os meus pais e os do Rúben deram-se lindamente. Enquanto as mães falavam da sua experiência em criar filhos, os pais falavam sobre política e futebol. Nós os cinco jogávamos jogos de tabuleiro, apesar do Ivan estar mais atento ao telemóvel, enquanto esperavamos que chegasse a meia-noite para abrirmos os presentes. Quando tal aconteceu, foi a loucura total. Há imenso tempo que não tinha um Natal tão animado.

-Estou que nem posso! - exclamei quando me deitei na cama às 3 horas da madrugada.

-Eu também, mas gostei!

-Sim, tiveste uma boa ideia.

Inclinei-me sobre ele beijando-o. Pouco depois estávamos a dormir.

Acordei no dia seguinte com o som de tachos a bater. Levanto-me juntamente com o Rúben só para encontrar a minha mãe a arrumar a loiça do dia anterior. Ficámos a conversar um pouco com ela, enquanto tomávamos o pequeno-almoço sendo que o meu pai juntou-se a nós pouco depois.

Fomo-nos vestir e depois começámos a tratar do almoço. Quando a mãe do Rúben chegou proibiu-me de ir à cozinha com a desculpa que eu já tinha trabalhado o suficiente.

Almoçámos todos, convivemos mas tivemos que nos despedir dos meus pais cedo, porque eles ainda tinham uma longa viagem pela frente e o meu pai não gosta de conduzir de noite.

Pouco depois a minha irmã também foi embora porque ainda queria dar uma volta pela cidade e os pais e irmão do Rúben seguiram-lhe o exemplo.

-Finalmente temos a casa só para nós os dois - comenta o Rúben com um sorriso, puxando-me para o sofá.

-Eu adoro ter gente em casa!

-Eu também, mas gosto mais de estar contigo.

Ele começa a beijar o meu pescoço e estava a chegar à clavícula quando o telemóvel do Rúben começa a tocar. Eu rio-me e afasto-me para ele o poder atender.

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