Capítulo 25

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*Alexandra

Saí da casa de banho já meia vestida e encontro o Rúben ainda deitado em cima da cama, mas já de roupa trocada. Acabo de me vestir, sempre com os seus olhos em mim.

-Sabes que estás a ser muito creepy?

-Eu apenas gosto de olhar para o que é meu...

Era impossível não corar. Maquilho-me e depois saímos de casa, chegando à morada do Raúl e da Daniela num ápice.

-Obrigada por terem vindo! - cumprimenta-nos a Daniela quando entramos - E desculpem o convite ter sido em cima da hora.

-Não há problema - respondo.

Vamos para a sala de estar onde já se encontrava a Melinda, a Maria e a Magali.

-Os outros? - pergunta o Rúben depois de cumprimentar todas as mulheres

-Estão todos na cozinha.

Ele dá-me um beijo na bochecha e sai do cómodo. Sento-me ao lado da Daniela e, por algum motivo, todas ficam a olhar para mim.

-O que foi?

-O Raúl contou-me que estiveste com a Susana - comenta a Daniela expectante.

-Não foi nada de mais. Apeteceu-me partir-lhe o focinho quando ela disse que o meu relacionamento com o Rúben não ia durar e eu fui a pessoa civilizada que vocês conhecem e apenas a fulminei com os olhos.

-Ela disse o quê? - perguntou a Maria incrédula.

-Ouviste bem...

-E o que é que o Rúben disse? - perguntou a Melinda.

-Nada... mas já resolvemos esse assunto!

-Dá para ver que sim - comenta a Maria a rir - Aquele rapaz olha-te com tamanho desejo...

-Não digas isso à rapariga - intercede a Daniela.

Sinto-me corar e baixo os olhos mas, antes que pudesse dizer alguma coisa, o Raúl entra na sala dizendo que o jantar estava pronto.

Sentámo-nos à mesa e os rapazes começaram a servir-nos.

-Que queridos que eles estão hoje - comenta a Melinda, fazendo-nos rir.

-É verdade - concorda o Franco - Hoje fazemos tudo para vos agradar!

Começámos a comer e a conversar até que ouvimos a Daniela a fungar o nariz. O Raúl pousa os talheres e olha para a namorada com apreensão.

-Daniela? Fofa, está tudo bem?

-Sim, eu só estou contente por vocês estarem aqui. É nestes momentos que eu estou grata por ter arriscado sair do México, porque conheci pessoas fantásticas.

Nesta altura ela já chorava baba e ranho e o Salvio já lhe estendera um lenço.

-Desculpem - pediu ela depois de se acalmar - São as hormonas, não me consigo controlar...

-É compreensível, querida - disse a Magali por todas nós - Quando eu estava grávida do Val estava sempre a pensar no quão difícil eu achava que ia ser e desatava a chorar ou então a rir.

-Era horrrível - acrescentou o Salvio - Eu nunca sabia o que se passava!

Continuámos a comer e dei por mim a olhar para o Rúben pelo canto do olho. Será que eu me imaginava a passar o resto da minha vida com ele? Eu sei que ainda é muito cedo para pensar nisto, mas é-me inevitável.

Ajudámos o Raúl a arrumar a cozinha e a sala de jantar, quando acabámos fomos para a sala e ficámos um pouco à conversa. Acabámos por vir embora quando a Daniela adormeçou no colo do Raúl.

Estávamos no meio da viagem de regresso quando o Rúben baixa o volume do rádio e me pergunta:

-Tu gostavas de ter filhos?

-Gostava de ter pelo menos dois... e tu?

-Igual, um rapaz primeiro para poder proteger a irmã mais nova...

-De onde é que surgiu essa pergunta?

-Estava a lembrar-me da Daniela. Ela uma vez disse que não saberia se queria ser mãe, por causa de namorar um jogador de futebol. Não queria ter que andar a mudar a criança de escola de dois em dois anos, não queria que o pai falhasse momentos importantes na vida do filho, coisas assim... e agora ela está grávida de 5 meses.

-É lógico que ela pensava assim, quem não? Mas com esforço tudo se consegue. Não tenho dúvidas que, a partir de agora, o Raúl comece a pensar em manter-se num clube durante mais tempo. Ele não é irresponsável.

O Rúben não me responde e fico a olhar para ele. Reparo como os seus ombros estão relaxados, como se nada no mundo o pudesse abalar agora.

-Ja te disse hoje que te amo? - perguntou-me.

-Acho que não... - respondo a sorrir.

-Então fica a saber que eu te amo.

-Eu também te amo.

Estiquei-me e dei-lhe um beijo na bochecha, fazendo crescer um sorriso na sua cara.

Pouco tempo depois chegámos a sua casa e fomos diretos para a cama dormir.

Acordei no dia seguinte com uma dor horrrível no pescoço. Abro os olhos e reparo que tinha a cabeça apoiada na minha almofada e na do Rúben, que dormia sobre o seu braço. Acordei-o e fui-me preparar.

-Desculpa se te preocupei com aquela pergunta sobre a gravidez, era apenas curiosidade - diz-me ele quando regresso da casa de banho.

-Não preocupaste, mas aviso já te não estou preparada para ser mãe. Ainda sou nova e quero aproveitar a vida.

-E eu quero aproveitá-la contigo.

Ele cola os nossos lábios e ficamos a beijarmo-nos até sentirmos que já se estava a tornar muito tarde. Fui preparar o pequeno-almoço enquanto o Rúben se vestia e depois saímos de casa.

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Espero que tenham gostado!

Mónica

Um Novo Amanhã Where stories live. Discover now