Amor no Trabalho

Capitulo 42

Sr Simons percebe Liza saindo do prédio, então, Gabriel e ele se separam.

Gabriel senta em uma das cadeiras da sala de espera por um tempo. Alguns minutos depois, ele se levanta e sai do prédio. Eu o sigo.

FLAVIA: Gabriel, espere! Você está bem?

GABRIEL: Flavia... É um pouco tarde para você estar no escritório...

FLAVIA: Sim, eu tinha esquecido uma coisa.

Gabriel esfrega o queixo com uma mão. Ele me olha curioso e suspeito.

FLAVIA: Eu vi você com seu pai, pareceu que algo estava errado.

GABRIEL: Pois é...

FLAVIA: Você quer falar sobre isso?

GABRIEL: Não tenho certeza.

Gabriel continua me olhando, eu arrisco e insisto mais um pouco.

FLAVIA: Eu entendo, mas se você quiser conversar...

GABRIEL: Gentileza sua, mas não quero envolvê-la nisso.

Eu pego na mão de Gabriel.

GABRIEL: Pare.

Eu puxo minha mão rapidamente e olho para Gabriel nos olhos. Eu me afasto, sem desviar o olhar.

FLAVIA: Não vou embora até você ficar melhor...

GABRIEL: São coisas do trabalho, nada mais.

Não sei porque Gabriel está agindo tão estranho esta noite.

GABRIEL: Meu pai não está feliz com os resultados. Eles parecem excelentes, mas nossos concorrentes estão nos deixando para trás.

FLAVIA: Encontraremos algo para assumir a liderança no mercado.

GABRIEL: Não é tão simples assim. Há muito a ser feito.

FLAVIA: Nós vamos conseguir.

Gabriel não responde, ele me olha em silêncio. De repente, começa a chover.

Estamos na rua, em frente ao prédio.

GABRIEL: Vamos voltar para dentro, até o clima está contra mim.

Estamos de volta ao Hall de entrada da empresa. Gabriel senta em uma das cadeiras, eu me junto a ele. 

Estamos de frente um para o outro.

FLAVIA: Você não deveria ser tão pessimista.

GABRIEL: Eu não sou. Talvez um pouco.

Gabriel coloca as mãos em suas coxas, ele olha para mim, pensativo e sério.

FLAVIA: Seu pai só quer ajudar, não fique com raiva.

Gabriel parece pensativo, eu fico em silêncio. Eu descubro outro lado dele, que me surpreende.

GABRIEL: Eu sei o que está errado. Gostaria que as coisas fossem diferentes.

Eu questiono Gabriel com meu olhar. Ele coloca a mão em meu joelho e me olha nos olhos. Estou insegura, meu corpo trava instantaneamente.

GABRIEL: Você mudaria o passado, se pudesse?

FLAVIA: Porque você está me perguntando isso?

GABRIEL: Eu gostaria que você soubesse.

Gabriel acaricia minha perna. Ele me olha novamente, seu rosto parece pálido.

FLAVIA: O que é Gabriel?

GABRIEL: Flavia...

FLAVIA: Estou ficando preocupada.

Gabriel de repente fica muito estranho. Eu sinto sua mão tremendo. Ele se inclina lentamente e começa a falar.

GABRIEL: Eu tenho um segredo que não posso contar... É algo que me assombra há muito tempo.

FLAVIA: Não me diga nada que você não queria.

GABRIEL: Eu tenho a sensação de que preciso lhe contar... Que você pode entender.

FLAVIA: Estou ouvindo, Gabriel.

Meu coração acelera. Fico bastante ansiosa, não sei bem o porquê.

GABRIEL: Flavia...

O rosto de Gabriel muda, sua mão pára de acariciar minha perna. Seu olhar está profundo e misterioso. Ele parece sério, até preocupado.

Ele se aproxima mais um pouco e diz...

GABRIEL: Posso confiar em você?