Amor no Trabalho

Capitulo 72

O Sr Simons coloca uma mão em meu ombro e me olha com simpatia. Sinto que ele está sendo sincero com este conselho.

SR SIMONS: Encontre a sua e não deixe que ninguém a tire de você.

O telefone em sua mesa começa a tocar, o Sr Simons atende e o leva até sua orelha. Ele não diz nada, apenas ouve atentamente. Eu percebo seu rosto mudando, acho que há algo errado.

O Sr Simons me olha com seriedade e desliga o telefone.

FLAVIA: Algo errado?

SR SIMONS: Acho que precisamos ir lá em baixo... Há um barulho fora do prédio, alguns manifestantes do Queens... Aparentemente, eles estão tentando entrar. Eles estão nervosos, resolva isso imediatamente.

O tom atencioso do Sr Simons se torna firme e severo, acho que ele está preocupado com a situação. Parece que isso nunca vai parar...

Eu saio pela saída de emergência do prédio, vejo um grupo com cerca de cem pessoas. Todos estão gritando, segurando cartazes, alguns jogam lixo nas janelas do prédio.

Eu me aproximo, me perguntando como lidar com isso. Eu vejo Liza, que parece estar liderando o protesto. Eu a chamo de longe, ela olha para mim, seu rosto parece furioso.

Sinto que isso não será nada simples, preciso ter cuidado.

LIZA: Nós queremos justiça!

FLAVIA: Liza, eu entendo a sua raiva...

LIZA: Eu estou tentando fazer o que você não conseguiu... Você não está ajudando, não venha aqui tentando salvar seus negócios egoístas.

FLAVIA: Eu estou trabalhando em algumas possíveis soluções.

LIZA: É tarde demais para falar em soluções.

Eu olho para as muitas pessoas irritadas, não estou acostumada a esta situação. Estou tentando manter a calma.

LIZA: Eu falei com o Colin esta manhã... Ele tinha lágrimas nos olhos, ele se sente machucado e manipulado por suas acções. Você não tem ideia do que está fazendo, vocês aparecem em nossos lares e querem acabar com tudo!

FLAVIA: Liza, você está totalmente enganada.

LIZA: Você está tentando nos manipular... Talvez eu deva usar este megafone e gritar o que vocês estão fazendo connosco.

Eu tento manter a calma, Liza olha para mim, ela pode explodir a qualquer momento.

Segundos depois, vejo Gabriel se aproximando de nós, eu sinto que tenho que fazer algo. Eu tento acalmar Liza o máximo possível, eu não quero que ela faça algo estupido.

FLAVIA: Liza, eu estava revendo o contracto hoje de manhã, ele ainda não está finalizado.

LIZA: Como?

Eu consigo explicar a ela que estamos revendo o contrato, ela está se acalmando, ouvindo o que eu digo.

Gabriel finalmente chega atrás de mim.

GABRIEL: Flavia, você pode me explicar esse tumulto?

FLAVIA: Eles já estão indo, não se preocupe.

LIZA: Estamos aqui porque não aguentamos mais, esta empresa é uma máquina de destruir vidas.

GABRIEL: Certo, vamos nos acalmar, por favor.

FLAVIA: Liza, eu já disse que nada ainda está resolvido...

GABRIEL: Olha moça, vá para casa.

LIZA: Não fale como se eu fosse uma qualquer! Eu sei o que você esconde, Senhor.

GABRIEL: Do que você está falando?

FLAVIA: Liza, já chega! O contrato não está pronto!

LIZA: Muito bem, muito bem, já entendi...

GABRIEL: Liza, mais uma palavra e eu vou demitir você por má conduta!

Liza parece chocada, ela interrompe o protesto. Com um suspiro fundo, seu rosto desaba.