The Beginning

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05 de Julho de 1996.

Era madrugada quando Draco acordou com o som de alguma coisa pesada caindo no chão. Rolou para o lado agarrando seu travesseiro e puxando-o para cima de seu rosto, decidido a ignorar o barulho. Imaginou que pudesse ser sua mãe vasculhando o escritório de seu pai mais uma vez. Desde que Lúcius havia sido preso - mais precisamente há um mês - ela andava inquieta. Todos os dias ía ao escritório dele e passava horas trancada lá dentro. Ele a escutou chorando algumas vezes; também escutou estrépitos que com certeza eram de objetos sendo quebrados; se de raiva ou saudade ele não sabia dizer.

Estava quase pegando no sono de novo quando sua porta se abriu com violência batendo contra a parede, as luzes se acenderam e seu edredom desintegrou-se em seu corpo. Draco abriu os olhos devagar e os semicerrou incomodado com a claridade repentina.

- Draco, levante-se e vá se trocar. Depressa! - A voz aguda de Bellatrix encheu seus ouvidos.

Draco grunhiu, irritado. Detestava ser acordado tanto quanto detestava Bellatrix.

- Não. - Ele murmurou sonolento, a voz abafada pelo travesseiro, que em seguida explodiu em uma chuva de penas em seu rosto.

Draco sentou-se em um rompante, cuspindo um pedaço de pena e pescando outra em meio ao seu cabelo.

- Mas que droga é essa?

- Eu disse para ir se trocar. - Bellatrix pronunciou cada palavra como se fosse um "eu te avisei".

Draco olhou para o relógio na parede as costas de Bellatrix, sua visão tingiu-se de vermelho ao vir as horas. Ele voltou-se para ela com raiva.

- São três da manhã!

- Tem dez minutos para descer caso não queira acabar como o seu edredomzinho. - Bellatrix disse lhe dando as costas e saindo do quarto. - Ou pior! - acrescentou já fora do campo de visão dele.

Bufando, Draco levantou-se. Caminhou para o banheiro, parou defronte ao espelho e encarou seu reflexo de sobrancelhas unidas. Ele estava usando apenas uma cueca branca, sua ereção pós-sono ainda em evidência. Suspirou e esfregou os olhos, pensando no que estaria acontecendo de tão importante para ter de deixar o conforto de sua cama àquela hora!

. . .

Draco estava se aproximando da escada quando o ruído de conversas chegou aos seus ouvidos. Desceu a escada devagar tentando distinguir as vozes e o que elas diziam. Pelo som que ouvia haviam mais de duas pessoas conversando. Parou diante da porta dupla e pensou por alguns segundos se devia ou não bater para entrar. Antes que se decidisse a voz estridente de Bellatrix soou através da porta:

- Entre de uma vez, Draco!

Draco sorveu-se de uma respiração profunda para não perder a cabeça, abriu a porta para a sala principal, mas se deteve assim que atravessou a soleira. O ar se prendeu em sua garganta enquanto seus olhos registravam cada rosto que ali estava. Todos conhecidos. Todos Comensais da Morte. Draco de repente estava mais pálido que o normal.

- Venha até aqui querido. - A voz contida de sua mãe se fez presente. Só então Draco a viu, sozinha proxima a lareira em seu elegante vestido verde musgo. Ele engoliu o nó na garganta e ignorando cada par de olhos que o seguia caminhou até ela, as conversas foram esmorecendo conforme ele passava.

- Porque eles estão aqui? - Draco sussurrou quando parou defronte a ela.

- Draco... - Narcisa respirou fundo, abriu a boca para começar a falar quando Rabastan Lestrange surgiu ao lado de Draco colocando uma mão sob seu ombro, sobresaltando-o.

Escolhas Irreversíveis - DramioneWhere stories live. Discover now