"Em uma universidade onde a rivalidade é notável, Maya, uma caloura um tanto excêntrica e com ideais diferentes, tenta se acostumar lentamente com o caos do lugar cujo passará seus próximos quatro anos."
CAPA FEITA POR: @yugyewom
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— Está gostoso? — Kim Yugyeom perguntou, encarando as fritas que Maya comia lentamente, enquanto mordiscava o lábio inferior, se contendo.
Para o garoto do dormitório três, frituras sempre foram sua maior fraqueza quando passava pelo campus da universidade, em busca de qualquer comida saudável, e se deparava apenas com os incontáveis fast-foods, espalhados estrategicamente nos locais melhores locais, até mesmo os mais improváveis, para que fossem consumidos.
E ele era um atleta. Ter disciplina e foco para manter o seu corpo impecável era essencial se quisesse se dedicar inteiramente a essa vida.
— Uhum, está assim — murmurou ela, dando alguns goles no suco de laranja. Maya não gostava muito de refrigerante e aquela era sua forma de equilibrar a refeição.
Além disso, ter pedido apenas fritas, o lanche mais barato dali, era sua maneira de se sentir menos culpada por não estar pagando a própria refeição, embora tenha dito que faria exatamente o contrário.
— Você quer um pouco? — Maya o ofereceu. Ele encarou as batatas por alguns segundos, sem dizer absolutamente uma palavra.
Então suspirou, levando uma das mãos até a bandeja para pegar somente cinco palitinhos, jogando-as na boca.
— Valeu, Maya — agradeceu após mastigar.
Ela deu de ombros, analisando-o.
— Sem problemas. Foi você quem pagou mesmo.
O veterano então pareceu entender o porquê dela estar sendo tão simpática com ele.
— É, eu paguei. Para você.
— É muita batata, sabia? Não vou conseguir comer tudo.
— Você falou que queria só fritas e um copo de suco.
— E então você me traz um balde enorme? Poderia ter pedido um tamanho duas vezes menor que esse.
— Se você não sabe, esse é o "tamanho menor".
— Fala sério, sem chances.
— Bem vinda aos Estados Unidos, caloura — ele provocou.
Ela ficou chocada por alguns breves segundos. Se aquele tamanho era o pequeno, imagine só o grande?
— Tem certeza que não quer mais?
— Não, valeu.
— Pode pegar o quanto quiser, de verdade.
— Maya, relaxa, não precisa comer tudo se não estiver afim.
— Eu sei, eu só...
— Está tentando me fazer comer, na tentativa de conseguir se sentir menos culpada, por eu ter pago um balde enorme de batata pra você, que na verdade, é tamanho P? — ele indagou de supetão. — Não precisa achar que fui obrigado a comprar comida pra você, tá bom? Eu não fui.
