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— Quem é você? — um garoto de olhos intensos e voz rouca indagou para Maya, assim que guardou alguns dos livros no armário, fechando-o logo depois

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— Quem é você? — um garoto de olhos intensos e voz rouca indagou para Maya, assim que guardou alguns dos livros no armário, fechando-o logo depois.

Um ato tão inesperado, que ela se assustou com a aproximação dele, e deu um passo para trás, pondo a mão no coração e fechando os olhos por alguns segundos, apenas para processar aquele acontecimento.

— Merda. Pelo amor de Deus, não dava pra ter dito que estava aqui antes de eu fechar meu armário e ver alguém do meu lado, literalmente, do nada? Você pode matar alguém do coração assim — reclamou, num suspiro.

Estava tão perdida em seus próprios pensamentos, tentando ser responsável, não se atrasar para o primeiro dia de aula, que sequer notou ele se aproximar. Muito menos parar bem ao seu lado. Não com tantos alunos indo e vindo, e todo o barulho das conversas pelos corredores.

— Não respondeu a minha pergunta, desconhecida — ele falou, ainda a observando de maneira um tanto séria demais. — Quem é você?

Maya ficou de costas para o armário, encarando-o sem saber exatamente o que falar, apesar da resposta ser bem fácil, na verdade. Até que ela se lembrou do rosto dele.

Era o garoto de ontem. Aquele conversando com Jaebeom.

— Maya Mabel, prazer.

— Prazer, Maya.

— E quem é você?

— Pode me chamar de Jackson.

— Certo, Jackson.

— Não acha que nós já não nos vimos antes, Maya? — ele perguntou, desconfiado, apoiado no armário de maneira desleixada.

— Acho que não.

— Tem certeza?

— Sim, acabei de chegar na universidade.

— Oh — ele sorriu, analisando-a. — Uma novata.

— Não vou ganhar boas vindas? — Maya tentou desconversar.

— Bem vinda, Maya.

— Muito obrigada.

Cruzando os braços, Jackson ergueu uma sobrancelha, desconfiado, e aquilo de alguma forma intimidou Maya. Por acaso, ele tinha lhe visto ontem? Não tinha como.

Prestes a sair dali, sem dizer mais nada e acompanhando os alunos, entretanto, Jackson segurou com braço com um pouco de firmeza, antes de dizer:

— Era você, não era? Ontem à noite. Escondida atrás das árvores.

O garoto poderia ter vários defeitos, mas conseguia reconhecer um rosto familiar quando via um. Tinha quase certeza que era ela. As madeixas castanhas, aqueles olhos...

— Não faço a menor ideia do que você está falando — Maya mentiu, encarando a mão dele em seu braço fino. — E, se puder me soltar, eu agradeço. Chegar atrasada definitivamente não está nos meus olhos hoje.

Enemies ❄ GOT7Where stories live. Discover now