GABA

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Londres, Inglaterra. 23:00


Muitas teorias rondavam a cabeça de Kyungsoo que se encontrava em um dilema. Havia jurado no túmulo dos pais que faria vingança, mas a que preço? Não pensou que chegaria há um ponto de sua vida que iria dar para trás ou hesitar. Mas isso fora antes de se apegar a um certo inglês, antes de descobrir que para continuar com seus objetivos teria que passar por cima de qualquer coisa que estivesse sentindo pelo JongIn. Por Deus! Kyungsoo não fazia ideia do que estava sentindo. Passara tanto tempo consumido pela raiva e o desejo de vingança que nunca se permitira a gostar de alguém, a sentir algo além de sentimentos negativos, mas o que quer estivesse sentido em seu peito toda vez que seus pensamentos levavam ao Kim, não era ruim. Mas era um tanto assustador tinha que admitir.

E além de tudo isso ainda tinha a verdade sobre seus pais. No fundo sempre soubera que seus genitores não eram simples donos de um restaurante, principalmente depois de começar a investigar as mortes de ambos e encontrar o nome de uma empresa bilionária no meio e pessoas tão influentes quanto. Porém ter a certeza que o buraco era muito mais embaixo... Era inacreditável. Seu pai Do Kyungho, não era apenas um chefe de cozinha, era um laranja e tinha toda uma rede de tráfico de entorpecentes nas suas costas. Rede essa que se estendia por uma dúzia de países em um sistema muito organizado, Kyungsoo estava se metendo em um oceano para peixe grande e poderia seguir o mesmo caminho dos pais que morreram porque quiseram cair fora. A diferença era que ele não tinha medo de morrer.

Abriu a porta de seu apartamento aliviado por finalmente estar dentro de casa, mas ao cruzar o patamar se viu dentro do loft tão já conhecido seu. Do lado de fora da janela, neve cobria os telhados e ruas da cidade inglesa, poderia se concentrar o bastante e dar o fora dali, expulsar JongIn de sua mente e bloquear qualquer tentativa do mais novo de contato, mas a ideia fugiu completamente de sua cabeça quando foi envolto por braços morenos desnudos e um corpo quente se acoplando a suas costas. E Kyungsoo deixou JongIn lhe beijar, deixou o garoto distribuir beijos por toda a sua pele, ele segurou o moreno nos braços e pela primeira vez olhou para outro ser humano com admiração nos olhos e Kyungsoo se deixou amar Kim JongIn apenas por aquele instante.


....


Existe um ditado que diz que quando as coisas estão boas demais é porque tem uma tempestade à caminho. Não que a situação em si estivesse boa, já que aparentemente eles estavam sendo caçados, apesar de não ter sentido ainda o perigo atrás de si e havia chegado a conclusão que estava apaixonado por um cara que nunca havia visto pessoalmente e ao mesmo tempo que isso era terrivelmente ruim, era tão bom. JongIn nunca se apaixonou por ninguém, mas com Kyungsoo era fácil idealizar muitas coisas. Mas ele deveria saber que não seria fácil, deveria saber que se deixar encantar pelo americano lhe traria dor de cabeça. O Do era o tipo de homem que seguia um padrão, um homem regrado e de gênio forte, seu total oposto. Enquanto JongIn vivia o momento, corria livre e era indomável, Kyungsoo planejava cada passo e visionava o futuro. Mas havia justamente sido isso que o fez se apaixonar, tinha curiosidade em saber o que aqueles olhos escuros escondiam, quais mistérios guardava dentro de si e principalmente o que a vida tinha lhe feito para ser tão sozinho e fechado. JongIn queria desbravar o oceano calmo que era Kyungsoo, queria ser a tempestade que lhe causaria ondas, mas deveria saber que é justamente em águas calmas demais que o risco de afogamento é maior.

Kyungsoo deixava uma trilha de beijos leves em seu pescoço enquanto suas mãos calejadas lhe acariciavam a pele de suas coxas e assim deitados nos braços um do outro, com o mais velho entre suas pernas depois de um sexo incrível, JongIn pensava que podiam fazer isso pra sempre.

ExateWhere stories live. Discover now