chapter seven - será que podemos esquecer isso?

5.2K 760 1.1K
                                    

"Ache belo tudo que puder. A maioria das pessoas não acha belo o suficiente. " — Vincent Van Gogh.

Louis vai mais uma vez na terapia, e, honestamente, ele está cansado disso, mas seu médico continua insistindo, então Louis força um sorriso e concorda em ser levado ao hospital algumas vezes na semana.

Hoje teve outro encontro estilo Alcoólatras Anônimos, uma turma diferente estava lá, mas Louis decidiu que gostaria de participar novamente, porque a maioria das pessoas são idosas, o que significam que nunca ouviram falar do One Direction antes de Louis mencionar que essa é sua banda, ainda assim, eles apenas acham que uma banda de garagem ou algo do gênero, o que é bom, faz Louis se sentir menos triste a respeito de perder uma parte tão importante de sua vida.

Aríene estava lá, ela disse olá e acrescentou que tinha a impressão de conhecer Louis de algum lugar, o qual sorriu e disse:

— Eu vim ao último encontro, nos conhecemos recentemente — explicou ele e a garota sorriu.

— Bom te ver amigo — disse Aríene apertando sua mão e indo se sentar no mesmo lugar que estava da outra vez.

Isso aconteceu no começo da reunião e os dois não tiveram tempo de se despedir, Aríene foi embora mais cedo, para uma consulta ou algo assim, de qualquer maneira, Louis ficou contente em reencontra-la.

Nesse momento ele está do lado de fora do hospital, esperando Lottie ou sua mãe irem buscá-lo. As duas ainda não confiam a ele um carro, e tudo bem, Louis entendo, mas Céus, ele odeia esperar.

Ele pega seu celular e analisa as tatuagens no plano de fundo, apertando o botão de bloqueio sempre que a tela se apaga. É uma foto linda e Louis ainda não sabe o que pensar sobre tatuagens se completando.

— Não é mais fácil abrir a galeria e olhar a foto? — Pergunta um garoto chamando a atenção de Louis, o qual assusta e ergue o olhar.

Parado ao lado dele, na parte da frente do hospital, está um garoto alto e loiro, ele possui olhos castanhos e está encarando o celular nas mãos de Louis.

— Eu não tenho essa foto mais — murmura ele.

— Que merda, é uma foto boa — diz o garoto e Louis sorri ao perceber que ele possui sotaque britânico —, mas você pode fazer uma captura de tela ou algo assim, você está quase quebrando o botão — aponta ele.

Louis ri e faz o que ele sugeriu, depois de perguntar como tirar uma captura de tele.

— Quem são na foto?

— Eu e um amigo — responde Louis indo até a galeria observar a foto.

— Legal vocês terem tatuagens combinando, vocês devem ser bem próximos — comenta ele e Louis encolhe os ombros antes de explicar que ele na verdade não se lembra. — Entendo — diz o garoto —, também perdi parte da memória.

— O meu foi acidente de carro e você? — Pergunta Louis. Depois de explicar a situação para várias pessoas no hospital, ele parece estar confortável com esse fato.

— Tentaram me matar.

— Caralho, que merda, cara — comenta Louis guardando o celular no bolso.

— Eu adoraria contar essa história, mas meu irmão chegou para me buscar — diz ele apontando para um carro entrando no estacionamento do hospital —, até mais, cara.

— Até — responde Louis perguntando-se se algum dia irá ouvir aquela história.

Enquanto ele observa o carro deixar o hospital, Louis murmura uma música, ele não se recorda da letra, mas seus dedos batem em sua perna no ritmo da música, qualquer que seja essa canção, ele a conhece muito bem.

Remember MeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora