•19• Alaska

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Já estava voando em direção à Los Angeles. Se despedir de Nina e minha mãe não foi nada fácil. Eu amo as duas. Elas são minha família. E Nina é muito mais que só uma amiga, nesses anos que estivemos lado a lado ela se tornou minha irmã. É... Com certeza tanto ela como minha mãe vão fazer muita falta.

Até porque, eu estou indo morar em uma casa cheia de meninos. Não vai ser nada fácil.

Respiro fundo e pego meu celular para checar as horas. Vai demorar bastante até eu chegar à LA. Decido dormir um pouco, não havia dormido nada na noite passada, com medo de esquecer alguma coisa.

Julgo que eu devo ter dormido mais do que deveria, pois, acordo com a aeromoça me cutucando.

- Querida, já chegamos. - Ela diz com um sorriso.

- Mas já? - Pergunto confusa olhando em volta, onde haviam poucas pessoas. - Já estamos em Los Angeles?

- Já sim. - Ela solta uma risada. - Você está bem? Quer alguma coisa?

- Estou bem, obrigada. - Sorrio e me levanto, pegando minha mochila.

- Você vem dormindo desde o Brasil, já estava preocupada contigo.

- Não dormi nada a noite passada. - Dou um sorriso e ela retribui. - Estava com medo de esquecer alguma coisa.

- Veio passar umas férias aqui? - Ela começa a me acompanhar para fora do avião.

- Na verdade, estou me mudando para cá. - Ela me olha surpresa.

- Sozinha? - Assinto. - Desculpe falar, mas você parece tão nova. - Sorri.

- Meu irmão mora aqui. - Sorrio também.

- Ah sim. - Saímos do avião e adentramos o aeroporto. - Ele vem te buscar?

- Não. Vou pegar um táxi até a casa dele. - Respiro fundo e olho em volta.

- Bom, tudo bem. - Ela sorri. - Eu preciso ir, mas espero que você se acostume logo. Los Angeles é uma cidade maravilhosa.

- Obrigada... - Olho em seu crachá. - Julia. - Sorrio e ela retribui, saindo logo em seguida.

Vou em direção aonde as malas estariam e espero por elas. Ter 6 malas para se pegar não é nada fácil.

Depois de 2 horas e meia finalmente consegui pegar todas as minhas malas.

- Como eu vou levar tudo isso lá pra fora? - Pergunto a mim mesma e olho em volta.

Vejo Julia se aproximar.

- Precisa de ajuda? - Pergunta sorrindo.

- Sim. Preciso de um carrinho para levar as malas lá para fora, pode pegar um pra mim? - Dou um sorriso.

- Claro. Já volto. - Assinto e ela se retira.

Continuo olhando em volta.

Não havia avisado o Taylor que já havia chegado, já que o mesmo me dissera que ficaria o dia inteiro em casa, e caso não estivesse, alguém estaria.

Vejo Julia se aproximar com um sorriso.

- Aqui está. - Para o carrinho em minha frente.

- Obrigada, Julia. - Dou um sorriso.

- Aqui, eu te ajudo. - Ela pega uma das malas e a coloca no carrinho.

Colocamos as 6 malas sobre o carrinho e eu o guiei para fora do aeroporto, na companhia de Julia.

- Bom, obrigada mais uma vez, Julia. - Dou um sorriso para a mesma que retribui.

- Por nada, meu bem. Boa sorte. - Sorri e volta para o aeroporto.

Vejo que havia um taxi parado poucos metros de onde eu estava, então pego o carrinho e vou até o mesmo.

- Oi. - Me aproximo do taxista que estava encostado no carro.

- Olá. - Ele sorri.

- Poderia me levar até esse endereço? - O entrego um papel com o endereço se Taylor.

- Claro. - Olha para o carrinho com minhas malas. - São suas?

- Sim. - Vejo uma expressão de surpresa em seu rosto. - Estou me mudando pra cá, então... - Dou risada e ele também.

- Tudo bem. Vamos colocar as malas aqui. - Diz abrindo a porta malas. - Sou o Bobby, à propósito. - Pega uma das malas e a coloca no carro.

- Alaska. - Digo e sorrio.

Pego uma das malas do carrinho e a levo para o carro.

- Pode deixar, Alaska. - Ele diz pegando a mala de minha mão.

- Não se preocupa, Bobby. Não me importo em ajudar. - Sorrio e continuamos a pegar as malas e coloca-las no carro.

- Pronto. - Ele fecha a porta malas. - Agora vamos lá. Vejo que você está cansada da viajem. - Sorri e entra em seu carro.

- Um pouco. - Sorrio e entro no mesmo.

- De onde você é? - Pergunta já dirigindo em direção à minha nova casa.

- Brasil.

- Sério? - Me olha e eu assinto. - E vai morar sozinha aqui?

- Eu tenho um irmão. Vou morar com ele. - Pego meu celular e troco o chip do mesmo.

Havia comprado um chip daqui em uma loja no Brasil, pra não precisar comprar um aqui.

Bobby e eu fomos conversando até a casa de Taylor. Ele me dava conselhos sobre bons restaurantes, e baratos também. Me falou sobre alguns lugares, que segundo ele, eu deveria visitar, pois valeriam muito a pena.

Depois de um tempo chegamos na frente de casa e ele me ajudou a levar as malas até a porta da frente.

- Muito obrigada, Bobby. - Disse assim que paguei a corrida.

- Sempre que precisar, Alaska. - Sorriu e me entregou um cartão com seu número. - Se algum dia precisar de ajuda pra sair de alguma encrenca. Pelo que você me contou, prevejo que, infelizmente, você terá várias. - Dou risada e ele também. - Até qualquer dia. - Diz e sai em direção a seu carro.

- Até Bobby. - Sorrio.

Logo me viro para a porta e respiro fundo. Ouço algumas vozes vindas de dentro e toco a campainha.

Brazilian |•| S.W and N.M [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora