37. Declarações

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~ Hey! What's up?! Vejam só, quem finalmente resolver reaparecer das cinzas. Chama os amiguinhos e avisa que Surrender ainda não está morta! 😃📣
Eu sugiro que releiam os dois últimos capítulos para não ficarem perdidos. E por favor, leiam a nota final. É isto! Ah, eu fiquei sabendo que o wattpad está bugado excluindo as fics, e deixando os textos fora de ordem. Se houver qualquer anomalia, me avisem por favor. Obrigada! Boa leitura. ~
😽📖

Por Camila

Miami, 24 de Junho de 2016

Percebi que o caminho estava diferente, ela não estava me levando para o prédio em que morávamos, o sentido era contrário, estávamos adentrando na parte nobre de Miami, na parte iluminada e badalada da sociedade, estávamos na orla. E mesmo percebendo minha expressão confusa, ela não dizia nada, agora apenas desabrochava um sorriso mais largo enquanto dividia sua atenção a mim e a rua a frente.

— Ok, Lauren. Aonde está me levando? Eu sei que você está esperando eu perguntar por isso. – A indaguei fingindo um tom de voz sério.

— Eu quero que você relaxe, nada de estresse mais por hoje. Estamos já chegando, tenha só um pouco mais de paciência. – Sua voz saiu serena e após mais alguns minutos, seu carro estacionou em frente a um enorme, iluminado e luxuoso edifício. — Vamos...

— Boa noite, Srta Jauregui. – Um rapaz bem vestido a cumprimentou e pegou a chave do veículo de suas mãos após ela abrir a porta e descer, ela o respondeu de forma simpática e deu a volta no carro para abrir a outra porta para mim.

Ele a acompanhou com o olhar sustentando uma expressão de interrogação na face, aguardou enquanto ela chegava do outro lado do veículo e cresceu levemente uma surpresa no rosto quando Lauren abriu a porta e estendeu a mão para que eu a segurasse e me ajudasse a descer de seu carro. Ela sempre fazia isso quando tinha oportunidade e sempre pedia para que eu concedesse, porque ela gostava de fazer isso. Então eu deixava, embora não achasse necessário.

O manobrista nos encarou um pouco ruborizado e logo desviou o olhar entrando no veículo para o direcionar ao estacionamento. Após Lauren me ajudar a descer, ela foi comigo até a entrada principal, cumprimentou também as pessoas da enorme e sofisticada recepção e foi me conduzindo até o elevador. Eu só sabia a olhar, eu estava muda, sem palavras ou reação para fazer qualquer coisa, na minha mente só passava o dia em que ela revelou morar no mesmo prédio que eu e a infeliz atitude que eu tive depois daquilo. Eu estava bem confusa, cansada e estressada, não gostava nem um pouco dos pensamentos que vinham até a mim naquele momento, porém, para evitar um maior transtorno novamente, eu resolvi não fazer nada até que tudo fosse explicado desta vez.

O andar da cobertura foi escolhido e ela posicionou seu dedo indicador em um pequeno leitor de digital que ficava logo ao lado do número referente ao andar, uma luz verde acendeu e as portas se fecharam. Eu me mantive a observando enquanto o elevador subia, Lauren estava com uma saia longa justa no corpo e um cropped preto acompanhando a peça em um conjunto, seus cabelos estavam soltos e lisos, e nos pés uma sandália de salto fino na mesma cor que a roupa. Ela me encarava fixamente com uma expressão neutra e ao mesmo tempo intensa, e não desviava o olhar um só momento, pela forma como estava, parecia que havia planejado algo propositalmente para me tirar o juízo, e estava quase conseguindo.

— Lauren... 

— Pronto, chegamos. Aqui é o meu "esconderijo", como você disse. Seja muito bem vinda! – O sinal sonoro do elevador soou, e as portas se abriram. 

Meus olhos quase saltaram do rosto, eu nunca tinha visto algo daquele tipo, era uma enorme sala de estar magnificamente iluminada. Havia um enorme sofá no canto da parede, duas poltronas e dois pufs na cor marfim, que pelo tamanho, com certeza eram maiores que os da minha sala juntos, havia uma grande mesa de centro na cor chumbo entre os móveis onde sustentava cristais decorativos, um lustre tão luxuoso no teto que, pela semelhança, fantasiávamos aos castelos presentes em histórias encantadas, uma  grande TV embutida no painel branco de madeira maciça em uma outra parede, outros móveis projetados em um outro canto e até um piso em porcelanato amadeirado que brilhava tanto, que mais parecia espelhos no chão. Cada coisa, cada detalhe daquela decoração estava milimetricamente organizados em uma sintonia perfeita.

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