Capítulo 3: As respostas vêm voando

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O piloto me tranquilizou quanto a conveniência da mudança de itinerário. Após cerca de 20 minutos entre definição de novo plano de vôo e autorizações formais, estávamos no ar.

Chamar o Boeing 787 VIP de jatinho era, provavelmente, uma forma carinhosa do príncipe se referir aquele avião. A aeronave possuía uma suíte arrebatadora, a banheira com uma vista alucinante das nuvens lá fora, sala de jantar, de estar e de reuniões, cozinha, além de uma pequena academia. Os lustres eram um deslumbre de cristal e ouro. Não consegui contar todos dos membros da tripulação, mas não eram poucos.

Como se soubessem da minha saída tempestuosa do hotel, fui recebida com um espetacular café da manhã. Entre as opções, ovos com diferentes preparos, mas optei por eles cozidos com caviar Sologne e com trufas negras, waffles, frutas, creme fraiche e folha de ouro comestível, a última, provei por pura curiosidade. Os pratos foram servidos em porcelanas de Limoges pintadas à mão, belíssimas. Apesar do delicioso café colombiano, logo depois da primeira xícara, troquei por algumas Mimosas feitas com um excelente espumante que não consegui identificar. Um pouco de álcool me ajudaria na minha missão londrina.

Sabe-se lá por quais artifícios de convencimento, não precisei passar diretamente pela alfândega e 1:30h depois da decolagem estava numa limusine a caminho do hotel onde Sam estava hospedado.

Com o coração na boca, me identifiquei no hotel e fui encaminhada ao lobby enquanto o concierge buscava localiza-lo na academia disponível.

Depois dos 15 minutos mais longos da minha vida, um suado e surpreso Sam Heughan abriu os braços e o sorriso para me receber.

_Que diabos você está fazendo em Londres, Balfe? Aconteceu alguma coisa? Você desligou tão bruscamente ontem que eu achei...

_Podemos conversar no seu quarto? Prometo que não vou tomar mais que uma hora do seu tempo.

_Claro, Cait, vamos subir. Estou com o dia praticamente livre, além de algumas provas de roupa.

Enquanto nos dirigíamos ao elevador, eu sentia minhas pernas completamente bambas e precisava respirar entre arfadas barulhentas. O que você está prestes a fazer, mulher? Enlouqueceu?

_ Cait, você está me assustando. Você está tremendo! Tão pálida, você comeu? Vou pedir o café da manhã no quarto.

Ele deu um passo e tocou delicadamente meu rosto, afastando uma mecha do meu cabelo. Instintivamente dei um passo para trás, torcendo as mãos.

_Eu já comi, obrigada. Se você não estiver com muita fome, prefiro que avise a recepção para que ninguém nos interrompa na próxima hora. Se puder colocar o celular no silencioso também...

A porta do elevador abriu antes que ele me respondesse. Ele arqueou as sobrancelhas de forma interrogativa, mas não me questionou. Abriu a porta, me indicou o sofá com um aceno da cabeça, serviu uma dose de whisky para mim e foi para o banheiro tomar uma ducha rápida.

Golden carpetWhere stories live. Discover now