Capítulo 8: Enfim em casa

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Antes de mais nada, gostaria de me desculpar pela demora. O final é sempre mais difícil, principalmente quando a escrita não é um ofício. Chegamos enfim aos últimos capítulos, confio que tenham se divertido a longo dessa jornada. Este está particularmente mais longo que o habitual, mas tive que permitir que os personagens desfrutassem tranquilamente seu primeiro momento juntos, espero que possam dar um desconto. Enjoy!

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Senti um choque me percorrendo dos pés à cabeça ao vê-lo parado ali, me olhando intensamente, corado e ofegante com uma emoção que não podia ser contida.

Senti minhas pernas fraquejarem sob a força daquele olhar e soube que nenhuma defesa serviria naquele momento. Ele me subjugara antes mesmo de me tocar.

Com passos decididos ele chegou até mim, sem desviar seus olhos por nenhum instante. Seu olhar era um desafio e uma provocação. Sou seu, dizia. E se você me quiser... Ah, Deus, eu queria. Gemi de ansiedade e ele sorriu, enquanto tomava meus lábios, minha boca abrindo-se sob a dele, aceitando calorosamente, enquanto ele me envolvia no seu abraço firme. Ele me beijou, longa e profundamente, a língua doce e irrequieta em minha boca, com gosto de whisky e chocolate.

Cambaleamos entre beijos até o meio da sala, enquanto ele tentava se desfazer das suas roupas desesperadamente, me ajudando com as minhas. Ele se livrou do paletó e da camisa, lutando com as peças na tentativa de me ajudar com vestido. Senti quando o zíper se rompeu e ouvi o barulho de tecido rasgado, enquanto via os pequenos cristais e diamantes caindo no chão coberto de pétalas vermelhas. Ao me ver de espartilho e salto, resplandecente com o fulgor dos diamantes, toda a pressa pareceu deixá-lo. Eu respirava entre arfadas enquanto ele me olhava como se nunca tivesse me visto.

Seus olhos estavam nublados pelas lágrimas, enquanto ele desfazia meu coque para que meus cabelos caíssem livres pelas minhas costas. Beijei seu rosto, úmido e salgado. Podia sentir seu coração batendo forte e não desejei mais nada além de ficar ali para sempre.

Ele ajoelhou-se, retirando um salto após o outro, beijando cada um dos meus pés. Deslizou as mãos por minhas pernas, soltando as ligas e tirando as meias de seda delicadamente. Se levantou para soltar os laços do meu espartilho e puxou-me para junto dele, até que as pontas sensíveis dos meus seios tocassem seu peito, se afastando o suficiente para segurá-los com as duas mãos, delineando meus mamilos sem parar, para cima, para baixo e ao redor, até eu gemer e curvar-me para ele. Mergulhou os lábios nos meus e apertou-me contra seu corpo, até nossos quadris encaixarem-se perfeitamente. Inclinou a cabeça para mim, mordendo de leve o lóbulo da minha orelha. A mão que acariciava minhas costas desceu cada vez mais para baixo, enquanto despia as últimas peças sobre nossos corpos.

Num movimento rápido, puxou-me contra si e seu peso prendeu-me no tapete. Segurou-me com os braços estendidos, os pulsos presos. Minha mão roçou no chão e senti o leve ruído do diamante da aliança de noivado repicando contra o mármore. Nada mais importava naquele instante. Abriu minhas pernas com o joelho e penetrou-me com uma única estocada que me fez arquejar. Ele emitiu um som que era quase um gemido e agarrou-me com mais força ainda.

Ele fez um ligeiro movimento com os quadris e eu prendi a respiração, ofegando.

- Assim... - ele disse num sussurro. - Ou... assim?

Eu tremia e gemia, minha carne contraindo-se em espasmos, mas seus movimentos continuaram, repetidamente. Senti-me dissolver, não havia começo nem fim em minha reação, apenas um tremor convulsivo e contínuo que se elevava ao auge a cada movimento, levando-me para a sensação pura, além dos limites da entrega completa.

Golden carpetWhere stories live. Discover now