CAPÍTULO 18

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Mais um capítulo, pra vocês
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Sem condição de dirigir pedi para a Lauren ficar o volante

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Sem condição de dirigir pedi para a Lauren ficar o volante. Antes de engatar a ré, com a cabeça tombada no vidro do carro escuto quando ela para no sinal e avisa seu chefe que não poderá comparecer no trabalho, viro para o lado na tentativa que repreendê-la, mas Lauren se recusa a me deixar só. Nunca a vi tão brava como estava agora, por isso não insisti mais. Meu braço ainda doía e eu tentava amenizar a dor quando massageava de segundos em segundos.

As cenas do Shawn e a Haile trepando retornam na minha memória e me deixam ainda mais sensível. Não imaginava que iria mexer tanto comigo vê-los me traindo, mas acho que meu erro foi subestimar esse sentimento. Eu não sei se o que mais dói, se é saber que eram as duas pessoas que mais tinha confiança ou se a certeza de que eu não tive valor algum para os dois.

Por que temos que sofrer por pessoas insignificantes? Por que choramos por aqueles que não se importam?

Perguntas e mais perguntas. Eram as únicas coisas que eu tinha, desde pequena, esperava por respostas, mas nunca vieram. Discretamente, começo a chorar no meu canto, me sentindo idiota por estar tão triste por isso.

— Camz...quer ir para casa? — Lauren quebrou o silêncio.

— Não. Tem muitas pessoas por lá, não quero que me vejam nesse estado. — Esfrego os dedos abaixo do nariz. — Me leve para qualquer lugar, é só o que peço. — Amorteço meu corpo ao tombar na porta do carro.

Lauren não diz nada, apenas retorna à concentração na estrada.

"Eu não vou perder você, ouviu bem? Eu não posso."

Mexo o corpo virando para o lado, depois sinto algo macio e quente me cobrindo, não sei por que aquela sensação boa me fez abrir os olhos, logo me deparo com um quarto azul. Ele tinha uma parede coberta por posters, fazia parte dele uma estante de madeira, uma poltrona bege, uma cômoda de madeira rústica e luzes de led sobre o teto.

Devagar, me levanto e caminho pelo cômodo, encaro o porta-retrato no criado mudo, deduzindo que estava no quarto da Lauren. O mais estranho era que não lembrava de como vim parar aqui ou como chegamos tão depressa. Fico de pé e ando pelo seu refúgio na intenção de me distrair. Vou até sua estante, vendo a coleção de livros que ela tinha, encontrando no meio deles uma foto sua quando criança, a seguro e sorrio ao ver o quanto ela era linda.

— Que bom que acordou. — Ouço sua voz logo atrás de mim, dou um pulo assustada deixando cair sua foto no chão.

— Meu que merda, Lauren! — Levo a mão ao peito, em seguida pego a sua foto. — Que susto!

— Não era a minha intenção, juro. — Ela ergue as mãos para cima e fecha a porta.

— Imagina se fosse.

Caminho até sua cama, me sento desajeitada, colocando o cabelo atrás da orelha. A vejo fazer o mesmo e batendo com a mão sobre o lugar vazio na sua frente.

Confidente (Em Revisão)Where stories live. Discover now