Amar, é um ato de significância entre dois corações que se colidem de forma inesperada.
Amar. Não era o que Lauren pensava que iria viver, ainda mais com a líder de torcida da sua escola. Após a colisão de seus corações, suas vidas mudaram completam...
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Acordei com a cabeça doendo, por causa da noite em claro que eu passei chorando. Remoendo todas as palavras e emoções que Michael disse para mim. Não bastasse a minha vida ser completamente caótica, os conflitos dentro de casa era apenas a cereja que faltava no bolo.
Tentar não pensar nisso ou levar todo o sentimento sombrio para fora de casa, era uma missão impossível. Se eu pudesse escolher sumir com tudo, eu faria sem pestanejar.
Mas infelizmente não era assim que as coisas funcionavam no mundo real.
Encaro as persianas da janela e escuto o barulho da buzina da Ally pela quarta vez, respiro fundo e ignoro o estresse que aquilo estava me causando.
Jogo a minha mochila nas costas, puxando mais a manga do meu moletom, na intenção de cobrir os cortes. Passo pela porta dando de cara com a Clara, terminando de jogar os últimos cacos de vidro no saco preto de lixo. Ela estava com os cabelos amarrados para trás, num coque frouxo, liberando alguns fios rebeldes, usava uma calça legue preta e uma blusa branca grande de manga. Seus olhos estavam baixos e tristes, como se fosse zumbi, ela vidrada apenas no serviço de limpar aquela bagunça.
Mas não demora muito para que Clara me encare e sorri torto.
— Parece que a Ally está nervosa!
Assenti em silêncio, olhando diretamente para as marcas roxas nos seus braços.
— Você está bem, filha?
— Estou... — Disse a ela secamente, não queria ser rude com a Clara, mas queria fazê-la entender que a nossa vida depende dela e das suas decisões imposta na nossa casa. — Vou pra escola e depois direto ao trabalho. Fica bem.
Beijo sua testa, ouvindo seu longo suspiro triste.
"Me desculpa."
Após descer a escada escuto o seu sussurrar. Meu coração apertou, como se alguém estivesse fazendo isso com as próprias mãos. Fecho os olhos, segurando a vontade de chorar e sigo para fora de casa.
Do outro lado, estava a minha melhor amiga ranzinza e seu olhar apenas me fez ficar entediada quando entrei dentro do seu carro.
— Vamos nos atrasar! Sabia disso? — Ally indagou engatando a ré e dando partida.
—Desculpa. Eu acordei tarde! — Exclamei, colocando o cinto.
— Motivado por? — Ally passa macha e vira o volante.
Mordo os lábios, incerta se falava sobre a Camila e eu, afinal não sabia se era compartilhar sobre nosso relacionamento ou sobre as merdas que eu estava sentindo por causa da briga de ontem. Nunca conversei sobre meus problemas com as minhas amigas, talvez isso ainda persista por precaução.
