Cap. 6: O jantar

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Para ser sincero, grande parte da culpa de sermos expulsos da nossa dimensão foram por causa dos meus famosos tratos. Eu era conhecido como “O negociador”. Eu sou bom nisso. Por isso sou bom nos negócios.
Em tudo na vida eu uso os meus tratos. Toda vez que percebo que a pessoa não tem mais nenhuma opção ao não ser meus tratos, sempre ajo de forma correta.
Sei que é meio covarde usar um trato para consegui um jantar com Mabel. Mas nunca disse que sou alguém limpo e honesto.
Falando sobre o jantar, já estou a caminho com ela do meu lado. Ela estar calada. Para falar a verdade desde que cometi o deslize de começar assumir minha forma demoníaca na frente dela, Mabel vem estado mais calada. Logo ela, que fala pelos cotovelos.
-Tudo bem, Mabel. Estar tão calada?
-Ah, sim! Tudo ótimo! Só estou pensando.
Dito voltou aquele maldito silêncio. Eu queira ouvir a voz dela. Isso me trazia calma e loucura ao mesmos tempo.
-E o seu porquinho?
Admito que achei bem estranho uma dama querer ter um porco como bicho de estimação. Mas Mabel é o que chamamos de garota peculiar. Mas era a minha garota peculiar.
-Ele é tão fofo! Você não vai acreditar, ele é obediente e comportado. Não é um porco comum! Sem dúvida já amo ele.
Ela ama o porco que acabou de ganha, mas não ama o cara que esta há dois messes tentando conquista-la.
-Ele se chama Waddles. Dipper ainda não se acostumou ainda com ele. Mas acho que Dipper vai ser um ótimo tio para o meu bebezão.
Ela dá uma linda risada e sorrio com aquilo. Acho que não tenho sentimentos concretos por Mabel. Mas garanto que amaria ouvir essa risada todos os dias.
-Mabel?
-Sim, Bill?
-Sobre a minha proposta... Você pensa nela?
Ela rapidamente se encolhe e fica corada. Ela abre a boca, mas fecha na mesma hora. Não sabia o que falar.
-Só me responda sim ou não.
-Sim. Eu penso. Na verdade, eu penso todos os dias. Não tem como ignorar a existência disso. Ainda não consigo entender o porquê do seu pedido e também não sei as suas verdadeiras intenções, Bill. Mas você tem conquistado minha confiança aos poucos. Por mais que as vezes me assuste...
Ela simplesmente para de falar. Sei porque, por isso não vou pressiona-la por respostas. Mas estava tão ansioso para o seu “Sim”.
Ao chegarmos ao restaurante, começo a agir como uma espécie de marido( eu tenho bastante fé, hein). Mas percebo o incômodo de Mabel e paro com isso.
O jantar estava divino. Sempre vinha a esse restaurante quando participava da Feira das Maravilhas. Tinha os meus pratos prediletos, era um bom lugar e tinha uma decoração magnifica. Sabia que Mabel ia amar.
-Você gostou do restaurante?
-Sim. Eu amei. A comida é ótima e o lugar e lindo.
Continuamos em um silêncio um pouco constrangedor. Até que ela decidi quebrar com perguntas.
-Sabe, Bill. Devíamos nos conhecer melhor. Posso te fazer perguntas?
Dei um leve suspiro. Não gostava muito de perguntas sobre mim. Meu passado e origem são o meu maior segredo. Mas eu tentaria ser mais suave possível nas repostas.
-Sim, você pode.
-Tudo bem. Primeira pergunta: qual é a sua cor favorita?- começou bem, pelo menos ela não vai pergunta coisas que não se devem saber.
-Vermelho.
-Cor de sangue. Cor das rosas. Ótima escolha, Cipher. Próxima pergunta: Você já teve alguma paixão de adolescência? Se sim, foram quantas e como foram?
Ela já indo em um nível bem pessoal pro meu gosto. Mas decido responder de uma forma que a satisfaça e me deixe um completo mistério ao mesmo tempo.
-Não era esse tipo de jovem. Eu era um menino quieto e não me importava com isso.- não ia contar que nessa época eu estava cometendo crimes.
-Tudo bem. Eu nunca soube sua idade, Bill. Quando anos você tem?
Agora ela pegou pesado. Eu era milênios mais velho que ela. Não ia dizer isso, é claro. Ela iria se assustar.
-Tenho 37 anos. E você tem 24. Sua cor favorita e todas as cores. A você vivia se apaixonando na infância e adolescência, só que não se envolvia seriamente com ninguém.
Ela quase se engasga com o vinho. Seus olhos se arregalam e sua expressão de surpresa e espanto são bem visíveis. Ela devia estar se perguntando como eu sabia disso. Não ia contar que espionava a família Pines há anos.
-Como você sabe disso tudo? Nunca te contei nada em relação a isso!
-Mabel.  Gravity Falls é um cidade pequena. As pessoas se conhecem e passam informações para qualquer pessoas que pague.
-Você estava me investigando?!
-Não é bem isso. Só estava recolhendo informações sobre minha futura noiva.
Ela solta suspiro pesado. Ajeita aqueles longos cabelos castanhos. Me olha fixamente.
-Você realmente está convencido que vamos ficar juntos,  Bill. Mesmo que as vezes eu ache a ideia absurda, você ainda continua tentado. Não sei fico assustada ou admirada. Mas, Bill, não crie esperanças em relação a mim.
Eu nunca imaginei que a doce e carinhosa Mabel pudesse ser fria dessa forma. Ela quase que me rejeitou de vez agora! Mas quem pensou em desisti?
-Mas eu não desisto do que eu quero facilmente. Você e sua família podem até continuar com essa história de que não vai acontecer. Mas vai, Mabel! Marque as minhas palavras: você será minha esposa. Viveremos juntos e nos amaremos. É só uma simples questão de tempo para você ser minha, meu bem. Eu preciso de poder...
Nessa parte aí e melhor eu parar!
Os olhos dela ficam arregalados com o que digo! Em segundos, ela muda de surpresa para irritada.
-Como você ousa dizer isso?! Você realmente acha que sou como as outras mulheres? Eu nunca me submeto a um homem dessa forma. Nunca! Você é como Gideon Gleeful, pensa que vou ama-lo só porque é rico e me quer. Escute, Conde Cipher: eu não preciso de dinheiro e de amor de homem nenhum. Eu sou uma mulher livre!
Todos no salão olhavam para nós. Tanto quando ela havíamos causado um escândalo. Mas Mabel não parece se importar, pois se levanta e vai em direção a porta. Todos ficam olhando até que eu mando um olhar severo para que eles cuidem da suas míseras vidas.
Jogo dinheiro em cima da mesa e vou em direção a Mabel. Chego na recepção e pergunto se viram uma mulher brava saindo dali. Eles disseram que sim e que ela havia saído e lá fora estava chovendo.
Saio atrás dela. Vejo que lá fora caí um dilúvio, mas nem me importo saio do mesmo jeito.
Olho de um lado para o outro, nada dela. Pergunto as pessoas da rua se viram um mulher com as características da Mabel. Um senhor disse que a viu andando em direção ao parque da cidade. Essa não! A essa hora lá é cheio de malfeitores. Ela pode se machucar!
Chamo minha carruagem e mando ir em direção ao maldito parque. Ela é tão pequena! Como consegue andar tão rápido com aquelas pernas pequenas?
A chuva só piora! Fazendo com que a visão do cocheiro só dificulte mais. Achar Mabel se tornou mais difícil ainda. Mas o que deu nela para sair dessa forma? Ela estava tão irritada para desaparecer assim.
-Senhor Cipher! Achei ela!
Ótimo!
Saio de dentro da carruagem e ando em direção a ela. Ela estava caminhando sem rumo pelas calçadas do parque.
-MABEL!
Ela se virá para me olhar. Seu olhos estam vermelhos e seu cabelo grudado em seu rosto por conta da chuva. Eu pensei que ela fosse sair correndo de mim. Mas não. Ela fica parada me encarando.
Sem perca de tempo, fui até ela. Estava bem claro sua chateação e mal humor. Sem relutância, ela venho comigo a carruagem. Ela estava molhada, provavelmente pegaria um gripe forte. Mas não parecia se importar. Entramos dentro a minha carruagem e digo:
-Para o hotel que estou hospedado, Barry!
-Não!- ela diz mais alto e com mais autoridade que eu.- Me deixe no hotel que estou hospedada primeiro, Barry. Por gentileza.
Barry ficou confuso. Quem meu cocheiro iria obedecer? Eu ou a menina autoritária?
Penso bem e percebo que é melhor fazer o querer de Mabel. Digo a Barry para obedece-la e rumamos até lá.
No início ficamos naquele maldito silêncio. Mas não vou manter assim:
-Mabel. Por que fez aquilo? Me assustou.
Ela continuou calada e fazendo um biquinho, igualmente a uma criança malcriada.
-Mabel! Me responda!- grito, já estava perdendo a minha paciência de um vez por todas com essa mulher.
Ela bufa como uma adolescente rebelde, se vira para mim com um olhar bravo. Não parecia muito afim de conversar. Mas era necessário, ela sabia disso.
-Bill, você sabe muito bem. Eu não gosto de receber ordens. Eu me vi louca quando você começou a dizer que eu iria me casar e amar você. Quem é você para mandar no meu coração, Conde Cipher?
Eu fico estático com a sua ousadia.
Mesmo dizendo que essa ousadia dela me atraía, tinha vezes que ela passava dos limites. Afinal, ela era mulher! Não podia levantar a voz, desfiar ou desobedecer um homem. Logo um homem poderoso como eu.
Lanço um olhar irritado para ela. Eu podia ficar feliz a irado perto dela. Mabel Pines tinha esse poder sobre mim. Só cabia a mim não deixar que ela prevalecer.
-Mabel Pines. Você e sua família patética ainda não entenderam. Quero e vou me casar com você. Vejo nisso possibilidades nesse casamento. Primeiro: nós dois já somos adultos. Temos que nos casar um hora ou outra para o bem da nossa reputação na sociedade. Segundo: eu sou um conde, um nobre. Você só sairá ganhado com esse casamento. Por último: eu quero isso. Qual é o problema afinal?
Ela mostrou seus olhos castanhos irritados.
-Como assim “problema “? Você é como os outros homens. Pensei que fosse diferente, Cipher! Que não fosse um idiota que só pensa que uma mulher é um ser limitado. -ela respirou fundo, não acreditava que ela estava dizendo aquilo tudo. -Você me magoou e me decepcionou...
Podia não parece, mas aquilo fazia meu coração ficar apertado. Não sabia o que dizer... Havia algo a dizer no momento desse?
Olhar dela ficou triste, ela virou a cabeça e a encostou na janela da carruagem. Nunca foi meu objetivo deixa-la triste. É claro que eu não tinha interesse em proporcionar alegria e felicidades em um casamento. Mas magoa-la...
Com delicadeza coloquei minha sobre a dela. Ela virou seus olhos para mim, não mais com raiva. Mas com uma mistura de tristeza e dúvida.
-Mabel... Eu... Bem, eu... Nunca tive essa intenção. Não queria força-la a nada, mas...
Não acreditava que dizia isso. Eu queria. Melhor, precisava disso! Queria sentir sua pele em contado com a minha. Era um desejo primitivo que fazia de tudo para reprimir. Mas não estava mais me segurando.
Ela me olha nos olhos e aproveito disso para começar a minha hipnose. É exatamente isso que vou fazer. Manipula-la para ganhar o que quero.
-Bill...- ela disse antes de ficar sob meu comando.
Seus olhos agora estavam como os meus, cor de ouro. Já havia feito isso várias vezes. Mas nunca para esse fim.
Sabia que era errado, tenho plena consciência disso. Mas sei tirar proveito das coisas.
De um forma gentil, juntei nossos lábios em um beijo calmo sem muita presa. Ela provavelmente, se estivesse sã das suas ações me impediria, mas não estar.
Ela começou a se aproximar, assim intensificando o beijo. Suas delicadas mãos foram em direção a minha nunca me deixando mais próximo da mesma. Sem demora, coloquei minha mão esquerda em sua cintura e outra em sua nunca.
Ficamos meio minuto nisso, até nos falta ar. Fui em direção ao seu pescoço e dei pequenos beijos e mordidas e ela soltava um gemido fofo.
Tive que parar com aquilo imediatamente! Se prosseguisse não iria conseguir parar mais.
Notei que seus olhos já estavam voltando para o típico marrom. A hipnose havia acabado. Ela iria perceber o que aconteceu.
E assim que foi. Seus olhos se encheram de lágrimas. Droga! Ela pôs a mão na boca e ficou com os olhos arregalados e cabeça abaixada.
-Conde Cipher... Eu quero que o senhor vá embora da minha vida. Nunca mais dirija uma palavra mim. Nunca mais!
-Mabel...- minha voz estava aflita.
-Não! Eu quero distância de você! E imaginar que um dia eu gostei de você.
Ela gostava de mim?!
-Senhor Cipher! Chegamos! -Barry disse parando em frente a um hotel 3 estrelas.
-Eu tinha dúvidas. Mas agora tenho total certeza. O senhor não é humano... Vá embora da minha vida!
Dito isso, ela saí da carruagem em direção a portaria do hotel. Onde seu irmão a aguardava com um olhar ameaçador para mim.
Imediatamente fechei a porta as carruagem e disse para irmos embora e formos.

Seja uma boa menina (Mabill)Onde histórias criam vida. Descubra agora