Cap. 15: Bem vinda ao inferno

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A manhã desse dia estava nublado, mas não era um perigo de tempestades. Ótimo, teria um bom dia, um bom "casamento" (contrato, não há diferença). Tudo ocorrendo nos meus planos.

Retiro-me da cama sem muita pressa, acordei espantosamente calmo. Conduzi minha manhã com higienes pessoas e um café da manhã com Kill e Will, pareciam até civilizados. Ao falta duas horas antes da cerimônia começo a miúda preparação como noivo, não era algo muito espalhafatoso, não havia motivos para isso.

Para ser sincero, eu não queria cerimônia. Queria apenas casar no papel, mas podia não agradar a família de minha chatíssima noiva. Prefiro exagerar no papel de marido amoroso do que levantar de suspeitas de psicopatia.

Durante o percurso para o local da festividade, fiquei reflexivo, mas não era sobre a festa ou sobre a Mabel. Era sobre minha casa, minha verdadeira casa.

Fui expulso de lá! E, infelizmente, acabei levando meus irmãos. Não foi justo com eles, mas foi meu castigo ideal. Meu maior desejo é voltar para lá, porém para isso é necessário o sacrifício. Quantas e mais quantas foram sacrificadas, tantos fracassos, eu estava desistindo de voltar e aceitando viver nesse mundo. Até que! Até que encontrei uma mocinha, Mabel Pines.

Agradeci a todas divindades que sabia o nome. Eu tive certeza que agora era a pessoa certa. Céus, que realmente seja, eu não aguento mais tentar.

Já eram 3:50, e a senhorita Pines ainda não havia dado o ar de sua graça. Falta de compromissos e atrasos faziam-me chegar em níveis de ira bem elevados. Agora tenho mais uma coisa para corrigir nessa pestinha.

-Dipper. - chamo o pateta do meu cunhado. -Onde está sua irmã? Ela já devia está aqui.

-Calma. O casamento é às 4 horas e noivas costumam demorar. Nunca foi à um casamento? - responde ele, com um tom de deboche.

Eu mataria ele facilmente agora.

-Ou está com pressa por outro motivo? - ele pergunta.

Outro motivo?

-Sabe, a consumação do casamento.. - ele fala com uma voz baixa e com um tom de perversão deplorável.

Meus pensamentos refletem em minha face, que demonstra bem minha sensação de nojo por ele.

Dipper Pines ia morrer a Mabel sendo desobediente ou não. Rapaz insolente!

Escuto um som de cavalos e sei que a carruagem de Mabel chegou, vejo Dipper indo em direção à entrada para de lá conduzir sua irmã. Em poucos minutos, todos se levantam como ritual para chegada da noiva, a marcha nupcial se iniciar e o ar foge dos meus pulmões.

De onde eu vim havia anjos, seres que exalavam beleza e pureza. Eu admirava quando era mais novo, completamente entretido como podiam ter tanta beleza e luz em um ser. Algo que eu nunca tive nem terei.

A mesma sensação de admiração, que tinha ao ver anjos da minha terra natal, tive ao ver Mabel entrar e dá dez exatos passos até mim.

Um anjo veio até mim, geralmente eles faziam o percurso oposto.

Desligando-me de meus devaneios, vou até Dipper e Mabel e pego a mão da mesma com gentileza.

-Cuide bem dela, Cipher..- Dipper sussurra para mim.

-Eu irei- digo, olhando para ela e pegando sua mão.

Ao findar da cerimônia, Mabel era a segunda Senhora Cipher. Só espero que essa não morra também.

No salão de festas, todos pareciam tão entretidos e cheio de bebidas alcoólicas que não se importavam se Mabel estava ao meu lado ou não. Mesmo que ele tenha sido muito levada na cerimônia, fui complacente e deixei que ela lavasse aquele sangue de sua boca. Seu sangue ia ter outra utilidades em outro momento.

Seja uma boa menina (Mabill)Onde histórias criam vida. Descubra agora