Extra - Descobertas (parte I): surpresa!

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Apressamos os passos seguindo pela escada, mas estava eufórico demais para apenas ir para o carro. Precisava sentir o gosto daqueles lábios novamente, até porque ainda não acreditava que eram reais. Abruptamente, parei e virei, tomando Hinata em meus braços, girando-a no ar e encostando-a na pilastra da enorme escadaria do sobrado.

— Naruto-kun, o que foi?

Olhei-a intensamente. Até mesmo eu podia sentir que meus olhos brilhavam.

— Ainda tenho dúvidas de que você é real!

Ela soltou uma gargalhada, enrugando o nariz, o que a fazia ainda mais linda aos meus olhos. Amava aquele dom. Talvez por isso uma das coisas que mais gostava de fazer desde criança era o ataque de cócegas à Hinata.

— Bobo!

— Sou "seu" bobo! – dei-lhe um beijo amoroso que se tornou voraz ... até que o ar nos faltou - Tem certeza que quer fugir daqui?

— Claro!

— E para onde quer ir?

— Sasuke-kun te deu umas chaves, não foi? ... acho que é um bom lugar para se ir... – falou sugestiva, com um sorriso desconhecido para mim.

— Absoluta certeza de que é isso que quer?

— Não há absolutamente nada do que eu poderia me arrepender ao fazer isso, Naruto-kun!

Acho que era essa a resposta que eu esperava há seis meses. O que estava para acontecer era algo que eu ansiava desde a nossa formatura. A diferença é que fui para aquela festa meio sem rumo e agora eu tinha total certeza com quem deveria ser. Provavelmente abri o maior sorriso que caberia em meu rosto, porque senti as bochechas doerem. Em um súbito, peguei-a no colo para que descêssemos ainda mais rápido aqueles degraus. Minha ação inesperada deixou para trás apenas um gritinho surpreso que ela deu.

— Segure-se, Hinata, para não cair.

— Eu nunca mais vou te soltar, Naruto-kun!

Quando chegamos ao carro, claro que rezei a cartilha do bom cavalheiro e abri a porta para que entrasse. Eu já estava com 19 anos e havia beijado algumas garotas, mas estava tão nervoso e ansioso, naquele momento, que parecia ter 14 anos, quando todo menino descobre os hormônios e se tranca por algumas horas no banheiro.

Nunca dirigi tão rápido em minha vida também, agradeci a todos os santos o fato do apartamento não ser tão distante dali. Em 20 minutos chegamos. Se querem saber o que aconteceu no caminho, bom carícias e carinho, também contei sobre coisas que o Toneri e a Shion confessaram. Ela ficou passada com o que contei, mas seu humor mudou quando começou a falar o quanto estava feliz pelo desfecho da noite, o que me deixou ainda mais bobo.

— Bom, chegamos! – abri a porta dando passagem.

Quando entramos no elevador, o silêncio foi sepulcral. E eu tive certeza que pensávamos a mesma coisa, quando nos atracamos em um beijo cheio de necessidade. Tive que imitar a cena de um filme que vi: ergui os braços da Hinata, prendendo-os acima de sua cabeça e caprichei no beijo e fui descendo lentamente para o pescoço e o colo. A respiração ofegante dela me fez esquecer do mundo por alguns instantes e, bem, se entrasse alguém ali eu sequer iria notar.

No momento em que abri a porta do apartamento, ainda nos beijávamos. Saímos do elevador nessa condição e eu dei graças a Deus por só ter a porta do nosso apartamento naquele andar, se não teria errado com certeza. Foi quando paramos para tomar ar e eu vi a cara dela se iluminar e a boca formar um O perfeito.

— Nossa! É a cobertura.... nunca imaginei que o Sasuke-kun tivesse tão bom gosto. O apartamento é enorme e lindo!

— Bom, obrigado por ter gostado.

Senhor OtimismoOnde histórias criam vida. Descubra agora