Algo deve ter dado errado em meu cérebro, tenho todas as suas químicas em minhas veias e estou entindo toda a alegria, sentindo toda a dor...
Assim como nicotina, heroína, morfina de repente, sou uma viciada e você é tudo o que preciso. E eu sou uma...
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Você sabe que eu sou um bad boy, mas eu quero menina boa
para compartilhar o meu mundo e mostrar como eu faço isso.
Bad Boy - P.O.D
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Scarlett Stewart
September, 13 — 2017
Eu não comia a três dias quando aquela mulher apareceu no galpão onde eu estava aprisionada. Era sempre a mesma mulher, ela usava algum tipo de uniforme de empregada e era gentil com suas mãos. Ela me levava água, me vendada para então me auxiliar enquanto eu fazia minhas necessidades e depois me amarrava a cadeira outra vez. Ela vinha duas vezes por dia, não dizia nada e fingia não escutar minhas súplicas.
Mesmo assim, em dois dias foi o mais perto que cheguei de ter alguém gentil perto de mim.
Ela não me vendou outra vez, apenas me ajudou a levantar e me guiou até a porta por onde ela geralmente entrava. Meu coração começou a acelerar, eu estava meio tonta, meu corpo inteiro estava dolorido e meu estômago implorando por comida.
— Para onde você vai me levar? — perguntei alerta quando nós passamos pela porta e entramos em um extenso corredor. Ela não me respondeu, apenas continuou me guiando até que eu finalmente me vi sobre a claridade do céu outra vez.
Eu chorei sentindo toda a esperança se instalar em meu corpo, um sorriso fraco moldou meu rosto enquanto eu encarava o céu, agradecendo por poder vê-lo outra vez.
— Blagodaryu vas¹, Dema. — o homem alto de cabelos escuros disse em sua direção e a mesma assentiu antes de virar as costas e entrar outra vez. A porta do carro preto bem estacionado estava aberta quando ele olhou para mim e direcionou sua mão para o carro. Luvas lhe cobriam as mãos, mas eu podia ver tatuagens escapando da manga de seu sobretudo preto.
— Para onde vai me levar? — perguntei baixo e ele recolheu sua mão.
— Para onde meu chefe pediu. — eu dei um passo para trás e ele cruzou os braços, nem mesmo preocupado que eu fosse correr dali e fugir — Quer mesmo ir pelo caminho mais dificil?
