Capítulo 12

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Na  ela decidiu mostrar a mulher atrás da planta.

- Pode parar com esse showzinho, vaca!!! Teu menino está correndo o risco de perder o emprego!
- O quê? Porquê??? - Paulina e Rubem vieram andando em minha direção com cautela achando que minha reação seria estrondosa. - Calma, gente! Logo explico quem é essa louca.
- Ela te chamou de vaca e você não esmurrou a cara dela?? - Paulina perguntou espantada e rindo virou para Analice e Michaela - Já sei, vocês bateram nela!
- Peraí, Lina! Eu explico! Elas não me bateram. Quero saber de Olaf!
- Senta aí, vaca! Parece que você saiu mais cedo que Olavo da praia e ele foi carinhoso e tal, mas logo depois estava paquerando uma piriquita e saiu da praia com ela.
- Esse é nosso garoto!!!! - Eu ri e fiz HI - 5 com Rubem
- É, gênia!!! Acontece que Joel é todo certinho, pôrra! Achou que ele está te traindo porque parece que ele mencionou ir tomar banho na sua casa e tal, e rolou um lance de hidratante também que não lembro direito.
- Nossa, ele estava muito puto! Pára logo com isso, mulher!- Michaela disse.
- Mas foi ele quem tirou as próprias conclusões!
- Dã! E você não desmentiu!
- Puta merda! Puta merrrdaa!! Ele não pode despedir o Olavo!!!
- Isso prova que ele está tãooo afimmmm - Ela gargalhava - Mas sendo quem é não vai admitir nunca!
- Nossa! Piores que a Liz, essas! - Paulina revirou os olhos. - E você acha que essa aí vai admitir?? Querida, você vai ter problemas!
- Ah! Mas não! Sou uma amante de Rei Leão! - E batendo no peito ela gritou ficando de pé na cadeira - Hakuna Matata!!!

Ficamos rindo por um bom tempo. Depois, enquanto tatuava Liz e Michaela, expliquei tudo para Paulina e Rubem e combinamos umas cervejas e muita dança no sábado com elas. Pois é...de onde menos se espera surge algo bom!
Naquela mesma noite liguei para Olavo e expliquei tudo, pedindo que ele desse um jeito de tirar aquela ideia da cabeça de seu chefe, ou lhe custaria o emprego. Não me senti à vontade para dizer a ele que estava meio que curtindo aquele deus grego, não sei se Olavo iria entender, já que Joel era filho do juiz Joaquim...e na verdade, nem eu sabia o que passava na minha cabeça! Talvez muito tempo sem sexo? E qual o problema de ficar com ele? O pai dele era uma coisa e ele era outra não é mesmo? E sem chance de me apaixonar pelo filho do homem que me deixou na merda anos atrás...É! eu não poderia estar mais enganada!
A semana passou a todo vapor e Olavo não deu sinal, bom! Parece que ele então conversou com o chefe.
Sábado era o dia que mais lotava o Maximus. Pista de dança entupida, escuro total e a batida pulsante que eu tanto gosto. Analice e Michaela chegaram antes de nós e já estavam sentadas no bar anexo.

- Vocês vão querer ficar só por aqui? - Perguntei já querendo saber se elas ficariam no bar eternamente.
- Rá! Não diga que você gosta de eletrônica?
- Adoro!!!
- Pôrra, Mica! Não falei que ela é das nossas?
- Falei para Lice que você devia ouvir só Rock.
- Rock é rock né, bebê! Mas não gosto só de rock!
- Bom, já que Liz tem companhia para aquele bate estaca horroroso, vamos ficar por aqui, né, amor? -
- Vocês caíram do céu, isso sim!!! Eu e Rubem somos total rock! Só aceitamos essa loucura por causa dessa doida aí.
- Lina...fica tranquila - Repreendi Paulina baixinho e ela fez um gesto como se passasse um zíper na boca.
- Ihhh, mistério!!! Adoro um mistério! Mas depois você me conta!

Analice me deu o braço e fomos caminhando para a entrada da boate. Olhei por cima do ombro e ainda consegui ver Paulina falando com Michaela. Não tem jeito! Vai demorar muito ainda para que eles confiem em mim.
Estávamos dançando quando vi Analice atender o celular, olhar para o segundo andar e acenar dando pulinhos chamando a pessoa com quem falava. Avisei que ia ao banheiro e quando voltava para onde as meninas estavam esbarrei com uma parede...

- Opa! Desculpa aí!
- E não é que ela sabe pedir desculpas?? - Então foi para ele que Analice acenou.
- Se tivesse me dado conta que era você, não me dava ao trabalho! Cadê Analice e Michaela?
- Foram pegar uma bebida. Então, viraram amigas, é?
- Elas são legais! Bem diferente de algumas pessoas.

E antes dele responder qualquer coisa, me vi sendo puxada para o corredor que levava para trás da cabine de som. Só dava para ouvir gente gritando, correndo e garrafas quebrando.
Estava acostumada com brigas e confusões, mas o susto de ser puxada de repente fez meu coração acelerar e senti um leve tremor nas pernas...ou era porque aquele deus grego infernal me prendia junto a parede bloqueando minha visão e meu corpo de algum dano?

- Lice e Mica... - Consegui dizer, enquanto ele já discava no celular e levava a orelha, sem largar minha cintura com a outra mão.
- Está onde? Ótimo. Não, aqui dentro. Está comigo, acalme - os.
- Onde elas estão?
- No anexo com Rubem e a esposa. Eles ficaram preocupados, já falei que você está comigo.
- Acho que eu ouvi. - De repente ele me olhou, senti sua mão apertar minha cintura e..."Deus!!! Isso é uma ereção?. Ahhh pôrra!!! Como uma mulher que está sem sexo há tempos lida com isso?? Não estou sabendo"
- Ruim assim? - Ele falou sem deixar de me olhar nos olhos, mas com um sorrisinho sarcástico, de quem já ganhou. Mas isso não vai ficar assim, não mesmo!
- Não, claro que não...mas não queira me beijar, amigo, ou não vai querer parar nunca mais!
- O quê? Você se acha tão boa assim? - Ele riu baixinho - Vai sonhando!
- Não acho, eu sei! Se fosse o contrário, porquê então seu amigo aqui...- deu um aperto de leve em seu membro sob o jeans...continua no ponto?
- Mulher infernal!

E então ele me beijou e naquele momento eu não conseguia ouvir mais nada! Não sabia se a música tinha mesmo parado por causa da briga, se a mesma continuava, se tinha acabado...só conseguia mergulhar cada vez mais naquele beijo e sentir seus dedos apertando meus mamilos por debaixo da blusa fina. Arfei em seu pescoço enquanto passeava as unhas por suas costas e escutei seu gemido baixo no mesmo momento em que ele deslizava os dedos entre minhas coxas e afastava minha calcinha para me penetrar, primeiro com um, depois com dois dedos.

- Pôrra! Molhada...
- É...
- Gostosa do caralho!
- Eu vou...
- Goza pra mim.

Não precisou de muito. Quando ele acabou a frase eu já tinha vindo em seus dedos e tremia sem conseguir firmar as pernas. Ele enlaçou minha cintura, me beijou mais uma vez e ouvimos alguns passos vindo em nossa direção. Ele retirou os dedos ajeitou minha saia rapidamente e uma sensação de vazio me envolveu. Me recostei na parede ainda trêmula, quando ouvi ele falando com um rapaz que devia ser um dos Djs.

- ... não está não! Essa merda de briga...
- Já acabou faz um tempinho, irmão! Está tudo certo lá na frente agora, mas se quiserem ficar por aí...eu não vejo nada!
- Não! - Me ouvi dizer mais alto do que pretendia - Já estamos indo!
- Tudo bem. - O cara saiu pelo corredor e fomos atrás dele.
- Vamos ver quem não vai querer parar nunca mais agora... - Joel disse no meu ouvido.
- Vai se ferrar!!!

Disparei na frente, passei pelo DJ, cruzei a pista já meio vazia e só parei quando cheguei ao lado de fora. Liguei para Paulina para avisar que estava bem e indo para casa porque não os vi no bar e concluí que eles já poderiam ter ido embora. Chamei um táxi e quando estava entrando senti um puxão no meu braço.

- Ei!!! Me solta, pôrra!!
- Calma, enfezadinha! - E virando para o motorista ele disse - Pode tocar, irmão! Eu levo a garota!
- Como é??
- Eu.te.levo
- Ah! Entendi! A história de não querer mais parar! - Soltei uma gargalhada - Não sabia que seria assim, tanto!
- Mulher... você sempre tem tudo na ponta da língua, não é?
- Nem tudo que realmente quero...
- Inferno!!!! Vamos, vou te levar! E antes que você venha com gracinha, fique sabendo que posso dar uma de Christian Grey e te jogar no ombro!
- Rá! Du... - Ele me calou antes com mais um daqueles beijos de tremer tudo por dentro.
- Nunca duvide de Joel Lopez! Me dá seu endereço ou te levo para minha casa, porque hoje eu vou te foder até você gritar meu nome e depois te retirar do meu sistema!
- Bom então! Acabamos logo com isso e pronto!

Dei meu endereço a ele e a curta viagem foi silenciosa, mas cheia de eletricidade. Doeu um pouco ouvi-lo falar que me retiraria do seu sistema, mas o que eu queria?? Sexo está de bom tamanho! Queria mesmo sentir a sensação de transar com um homem que tem um frenum. Mataria minha curiosidade e vontade e ..."Au revoir"!!

Uma cigana leu o meu destinoWhere stories live. Discover now