Capítulo 24

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Depois de colocar a roupa de nado, Nelson fechou os olhos. Respirou fundo, abriu-os e encarou seu reflexo.

Sim, é uma boa sensação... Fico bem melhor nesse tipo de roupa, pensou, tentando conter seu sorriso. Mas era difícil demais. Não importa o quanto pressionasse os lábios, o sorriso continuava voltando. Quanto tempo faz desde que vesti isso?

— Ei, Nelson, acabou? Ou ainda precisa de tempo admirando seu corpo semi nu? — Cris gritou do outro lado do vestiário. — Sei muito bem como é. Eu ficaria me admirando se tivesse um corpo gostoso como o seu também. Na real, eu me viro muito bem do jeito que sou, mas se tivesse um corpão como o seu, usaria pra chegar em outros gostosos.

Nelson nem tentou controlar sua vontade de rir.

— Por que você está mais tagarela que o normal hoje?

— Porque faz um tempão que você está aí. Qual é, quer dar uma conferida, digo, não temos o dia todo. Sai daí logo.

Olhando mais uma vez para seu reflexo, o nadador saiu do vestiário, pronto para seu primeiro treino em meses.

O assistente esperava do outro lado da porta. Ele usava a jaqueta que era grande demais e impedia de ver se usava algo por baixo ou não.

— Finalmente. Tava começando a pensar que você ficou com vergonha ou algo do tipo — disse Cris no momento em que Nelson apareceu. Ele deu uma volta no nadador, assentindo em aprovação. — Belo corpo. É assim que você me recompensa por sugerir o método scrum?

Nelson riu.

— Quem sabe. Mas eu lembro que você não fica satisfeito só com um cara gostoso sem camisa.

Cris sorriu e ficou vermelho.

— Tem razão quanto a isso. Não é só o bastante ficar te secando com os olhos. — Ele murmurou a última parte. Os dois ficaram em silêncio por um instante e o assistente notou que o nadador olhava para a jaqueta dele. A expressão envergonhada mudou para um sorriso malicioso na hora. — Interessado no que tem por baixo da jaqueta?

Nelson arregalou os olhos e desviou o olhar, o rosto vermelho.

— Não vou cair nessa... de novo — murmurou. — Aposto que está usando o mesmo uniforme de natação japonês, né?

Aquelas palavras só fizeram o sorriso de Cris crescer.

— Você diz que não vai cair no mesmo truque duas vezes, mas tudo que escuto é alguém interessado no que tem aqui embaixo. Eu aprovo. Pode acabar com você interessado em tirar minhas roupas.

— Sem comentários — respondeu Nelson, ainda sem olhar diretamente para o assistente. Suas maçãs do rosto estavam ainda mais vermelhas.

Cris riu e caminhou até ficar de frente para o nadador.

— Uma pena que você não tem interesse — disse, abaixando o zíper e abrindo a jaqueta.

Por baixo dela, Cris usava um biquíni de bolinhas verdes cheio de babados. Na parte debaixo, havia uma pequena saía que escondia seu membro. Porém, era curta demais na parte de trás e não escondia nem um pouco a bunda firme e bem modelada de Cris.

O nadador reagiu de imediato. Seu rosto ficou com uma tonalidade alarmante de vermelho e ele olhou para qualquer outra direção que não fosse a do seu assistente.

— Você vai machucar o pescoço se continuar se movendo assim — disse Cris, sem se incomodar em esconder o quanto se divertia com aquilo.

— Você não vai usar aquele uniforme japonês? — disse Nelson em voz rápida e aguda, olhando para o assistente pelo canto do olho.

O nadador e o assistenteWhere stories live. Discover now