06 - TROCA

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- Lucca, vai ficar tudo bem. - Fala Viollet, ainda chorando. - Eu não vou deixar ele te machucar. Prometo. Porque eu te amo! Eu te amo, Lucca!

- Eu também te amo Viollet! E eu confio em você, acredito que vai ficar tudo bem! - Digo também começando a chorar. A essa altura os garotos já tinham saído da sala a algum tempo.

          Viollet me da um abraço apertado e demorado e um pequeno beijo em minha bochecha. Como se fosse um adeus. - Penso - Mas não será um adeus. Certo?  Ela para o abraço e me guia para fora da casa - temos que procurar Dante para convencê-lo, mesmo que eu não saiba o que Viollet tenha em mente para fazer isso. 

          Começamos a correr no meio da floresta olhando para todos os lado, procurando por Dante. Ficamos durante quase duas horas assim, até resolvermos parar para descansar. O tempo que ele dera à Viollet estava acabando - e o meu também. - Já era quase de noite e não o encontrávamos por nada no mundo, e Viollet já estava começando a ficar desesperada novamente. 

- Viollet, está tudo bem. - Tentei acalmá-la - Eu não ligo se tiver que morrer por você! - Digo e ela começou a chorar novamente.

- Não, Lucca. Eu não vou deix... - Ela interrompe o que estava falando, pois um vento forte começa a soprar e Dante aparece de pé, diante de nós.

- Dante! - Grita Viollet, chorando. - Dante, por favor! Estou te pedindo! Reveja suas decisões, por favor Dante! Não destrua minha vida novamente!

- Eu destruir a sua vida? Você quebrou as regras. Você destruiu sua própria vida! Eu apenas fiz aquilo que deveria fazer. - Respondeu ele com um sorriso no rosto. 

- Por favor, Dante! Deve haver outro jeito! - Implorava Viollet.

- Na verdade, sim, existe outro jeito. - Disse sem tirar o sorriso do rosto. - Mas acho que o pirralho não vai gostar muito. Você terá de dar a sua vida em troca da do garoto, Viollet. 

- Não! - Grito, mas sou praticamente ignorado pelos dois. - Viollet, não! Você não pode! 

- Bom, vocês tem até amanhã cedo para se decidirem. Chegarei ao meio dia para buscar aquele que morrerá. Ah, eu já ia me esquecendo, aquele que me entregar a vida terá uma nova chance, deixarei que após o período de alguns anos possa reencarnar, seja como uma criança, animal ou planta. Darei a oportunidade de escolher o que será na nova vida. - Assim que terminou de falar foi embora, junto do vento. 

- Viollet, não! - Falei calmo e ela finalmente se virou em minha direção, chorando. 

- Lucca, isso está acontecendo por minha causa. É justo que seja eu aquela a entregar a vida.

- Viollet, não vou deixar! Eu não vou... - Por mais que segurasse, acabei cedendo às lagrimas.

- Lucca, vamos embora. Vou pra sua casa hoje para esperar que o amanhã chegue, está bem? - Falou um pouco mais calma e eu sou capaz apenas de balançar minha cabeça positivamente.

          Assim voltamos para a cabana, passamos o caminho inteiro de mãos dadas, sem dizer uma única palavra, apenas aproveitando a presença um do outro, não querendo que aquele momento acabe. Chegando em casa, os garotos decidiram não perguntar nada sobre o acorrido - o que foi algo bom - , então acabei indo direto para o quarto junto de Viollet e lá passamos a noite, juntos.

◇◆◇CONTINUA◇◆◇  







Doce Primaveraحيث تعيش القصص. اكتشف الآن