• Capitulo 36 •

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• domingo, 19:20 da noite •

Domingo fiquei andando pelo centro vendo roupinhas de bebê, quando deu uma certa hora fui pra casa de Teresa... E como sempre ela me recebeu bem. Me deu apoio e todo carinho do mundo. Contei pra ela sobre Bruno e todas as coisas que eu não aguentava mais, as coisas que eu tentei aguentar sendo que sabia que uma hora ia acabar dando errado. E Teresa com aquela mesma paciência de sempre me aconselhando e me ouvindo como sempre. Disse também que se eu quissese eu poderia ficar na casa dela pois lá era como se fosse o meu lar, pois eu já era da casa. Agradeci ela, mas eu não estava afim.

Resolvi ir embora, mas ela disse que me levaria de carro, depois de muita discussão eu disse que eu iria de apé e pronto. Sai da casa de Teresa e olhei meu celular, havia várias mensagens e várias ligações perdidas, nem fiz questão de ver de quem era. Eu apenas fiquei pensando em Raissa...

Fui andando e acabei parando em uma praça, fiquei olhando pras estrelas até que meu celular começa a vibrar.

• Telefone On •

Mãe de Maria Victoria: Oi filha, eu sei que agora não é hora de ligar, mas eu só queria te perguntar se você está bem e que precisamos nos ver mais...

Maria: É... To bem. Precisamos sim!

Mãe de Maria: Tá tudo bem mesmo filha? Não parece tão bem...

Maria: Ai mãe eu aguentei firme até agora mas agora eu não aguento mais... - Eu disse chorando no telefone.

MÃE DE MARIA: aonde você tá Maria?

Maria: Na praça do centro...

Mãe de Maria; OK, eu estou indo pra ai. Me espera. Tchau...

• Telefone Off •

Fiquei ali segurando o celular e chorando pra ver se amenizava toda essa dor...
O arzinho gelado da noite já estava chegando, as pessoas não estavam mas lá, e eu fiquei ali só, esperando minha mãe.

— Filha... Vamos pra dentro do carro. - minha mãe disse me pegando e indo até um simples carro.

Entramos no carro e as lágrimas veio a tona.

— Eu sei, eu sei. Eu me envolvi com o dono do morro, e que eu engravidei... Foi errado eu ter me envolvido, mas eu não quero mais ficar com ele! - Eu disse ao meio das lágrimas.

Eu gostava muito de Bruno, mas eu não teria oque fazer, ficar igual boba atrás de um cara que me trai e que ainda tinha a cara de pau de fingir que estava tudo bem?! Não mesmo que eu fico com ele.

Minha mãe ficou me olhando, não fez nenhuma expressão. Quando terminei de falar ela me abraçou forte.

— Maria, as vezes erramos na vida e errando que aprendemos a nunca mais a cometer o mesmo erro. Minha querida, eu faço questão de você ir morar lá em casa... - mamãe disse me olhando e enxugando minhas lágrimas.

— Não mãe tudo bem, eu tento achar algum lugarzinho... - eu disse suspirando.

— Não Maria! Vamos ir pra casa, eu errei com você de ter te mandado embora eu quero que vá sim morar comigo. Eu ando sozinha, o Josué foi em Minas para casa da mãe dele que está doente. - Ela disse se referindo ao pai de Teresa.

Fiquei muito sem graça e fiquei calada.

— Ok, vamos! - eu disse abaixando a cabeça e deixando as lágrimas cair.

Não demorou muito e logo chegamos. Desci do carro e era uma casa boa. Em um bairro bom, até porque Seu Josué pai de Teresa ainda era dono de uma empresa.

— Certeza que não vou encomodar? - Eu perguntei e ela me olhou com um olhar doce.

— Claro que não minha filha, você vai ficar aqui! - Ela disse sorrindo e me chamando para entrar.

Entramos na casa, e logo minha mãe foi para a cozinha.

— Maria vai lá tomar um banho quentinho, te dou uma roupa minha enquanto isso faço uma janta para nós. - Ela disse e eu entrei ao banheiro.

Era um banheiro limpinho. Tirei minha roupa e fui me banhar, estava um friozinho e começava a chuviscar, entrei naquela agua quentinha e fiquei debaixo dela apenas com os olhos fechados e deixando a água cair em meu corpo.

Ouvi batidas na porta e era minha mãe.

— Maria a roupa e a toalha está aqui na porta. - Ela disse e logo sua voz sumiu.

Me ensaboei toda e lavei meu cabelo. Sai do banho e abri a porta para pega a roupa e a toalha. Me vesti e penteei meu cabelo. Fui saindo do banheiro e fui aonde mamãe estava. Ela estava fazendo comida, fiquei ali observando aquela cena que eu quase nunca havia visto, quando moravamos juntas ainda ela não cozinha.

Ficamos ali em silêncio e logo ela terminou de fazer a janta, havia feito um purê, arroz, e carne. Ela nos serviu e quis saber de tudo, desde quando ela havia me mandado embora... Contei a ela cada detalhe, e ela me ouvia sem me olhar. Ela me aconselhou com toda calma, terminamos de comer e fomos dormir. Fiquei ali deitada naquela cama pensando em Bruno, mesmo sabendo que eu não deveria nem pensar nele eu fiquei ali pensando em cada momento em que eu havia passado ao lado dele...

O dono do morro e a patricinha ( REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora