A Batalha - Parte 3

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**Pensamentos da Mal**

Sempre que uso a minha magia é como se eu tivesse tomado um energético super potente, porque eu sinto todo o meu corpo se agitar, é uma das sensações mais maravilhosas que existem. Quando eu morava na ilha, não conseguia fazer praticamente nenhum feitiço por conta da barreira e, quando tentava, me sentia extremamente fraca, como se tivesse feito um grande esforço.

Então, a medida que fui crescendo, eu deixei de praticar, porque a frustração é a maior inimiga de quem está tentando aprender alguma coisa. Minha mãe me disse que eu já nasci com a magia, que não foi algo que veio pra mim com o tempo, já nasceu comigo, e a barreira começou a me machucar a partir do momento que eu dei o primeiro choro, me deixando mais e mais fraca a cada dia. Foi quando ela resolveu fazer um acordo com Rumplestiltskin e trocar a chance de viver com Diaval para que eu não morresse, uma das provas de amor mais lindas que já vi e que espero poder fazer o mesmo por meu filho um dia.

Não fazia muito tempo que eu havia sido tirada contra a minha vontade da batalha, mas foi o suficiente para que muitas pessoas morressem, de ambos os lados, e a culpada de tudo aquilo estava bem na minha frente. Naquele momento, eu não me importava se iria sobreviver ou não, se iria voltar para me casar com Benjamin ou não, a única coisa da qual tinha certeza é que ela iria pagar por tudo o que estava fazendo.

Quando o raio de magia que saiu do meu peito atingiu o céu, pintou todas as nuvens de verde, o que iluminou a escuridão que a madrugada estava. Olhei para Uma e ela estava em sua forma de polvo, exatamente como a mãe, com uns sete metros de altura.

- Você pode ter vencido essa luta ridícula, mas você nunca vai me vencer! - ela gritou - Nunca!

- E como tem tanta certeza disso?! - retruquei

- É só olhar pra você! Veja no que Auradon te tornou! Não passa de uma princesinha assustada! - Uma respondeu - E agora está sozinha!

- Não, ela não está! - outra pessoa a interrompeu, quando olhei para o lado, vi que se tratava de Bernice - A Mal nunca esteve sozinha - ela disse me olhando também

- Nós vamos lutar! - Steven gritou logo atrás de mim

Nina também se aproximou, meus amigos estavam dispostos a dar a vida para me ajudar e eu não conseguia acreditar no quão sortuda era por ter pessoas tão maravilhosas em minha vida. De fato, eu não estava sozinha, meus amigos estavam comigo.

- Como é que é Mal?! Você vai acabar logo com ela ou não?! - uma voz diferente protestou logo atrás de mim

Eu conhecia o dono daquela voz e meu coração começou a bater mais rápido no momento que a escutei, olhei para trás e Carlos estava me observando com um sorriso nos lábios. Era ele, ele havia finalmente havia voltado, depois de tanto tempo. Jay e Evie estavam logo atrás dele, me transmitindo confiança.

Estava tão feliz de estar rodeada pelos meus amigos, os novos e os antigos, que - por um momento - esqueci que estávamos no meio de uma guerra. Mas Uma não deixou que aquilo se perdurasse por muito tempo, ela logo esticou um de seus tentáculos nojentos e o bateu com tudo na água, levantando uma onda enorme que se dirigia em alta velocidade para a costa.

Nina direcionou as mãos para o mar e fez força, franzindo a testa e fazendo com que a onda diminuísse gradativamente, antes que chegasse até onde estávamos. Em seguida foi a vez de Steven, que fez surgir uma enorme bola de fogo e a direcionou para Uma, que encolheu seus tentáculos, se protegendo. Ela olhou para a costa com uma raiva descomunal no olhar, estava prestes a aniquilar todos nós e, levando em conta a drástica diferença de tamanho, era bem provável que isso acontecesse.

Two Worlds - Dois MundosWhere stories live. Discover now