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— Eu sinto muito, Mer!– Izzie murmura, enquanto acaricia meus cabelos.

— Eu estou bem!– sorrio.— Só preciso de um emprego urgente!– digo pegando novamente o jornal deixado sobre a mesa de centro.

— Bom, minha mãe tem uma amiga que está precisando de uma babá.

— Nem pensar! Adoro crianças, mas não sei lidar com elas.– nego com a cabeça.

Ela dá de ombros.

Eu estava tão preocupada. Precisava urgentemente de um emprego. Já havia conversado com minha mãe sobre o ocorrido e ela apenas me pediu para que eu não preocupasse com isso. Mas claro que era meu dever me preocupar a visto que minha mãe ganhava muito pouco e apenas juntas mantínhamos nossa situação estável.

Respiro fundo e dou mais uma lida no jornal. Não havia nada de diferente, apenas algumas vagas de emprego as quais eu não tinha nenhum tipo de qualificação.

Suspiro e arqueio a sobrancelha quando uma delas me chama a atenção.

Era uma vaga de empregada em uma casa, a qual se eu não me engano, ficava num bairro nobre. Não havia nome algum do proprietário, apenas o número de contato.

— Olha!– mostro a Izzie.— Parece uma boa!

— Não sei não..

— Eu sei que não é um ótimo emprego, Izzie, mas pelo menos já é alguma coisa. Eu não tenho tantas escolhas.– ela suspira.

— Tudo bem! Vai ligar agora?

— Uhum!– pego o telefone e disco o número disponível no jornal.

Espero alguns minutos e no terceiro toque o telefone é atendido.

— Alô?– uma voz feminina soa do outro lado.

— Ah,olá! Eu estou ligando por causa da vaga de emprego.

— Ah,claro! Está interessada?– a mulher pergunta.

— Sim! Será que podemos conversar?

— Claro, querida! Qual é o seu nome?

— Meredith, Meredith Grey!

— Tudo bem! No jornal está o endereço da casa. Pode vir aqui às 11 da manhã?

— Claro, claro!

— Tudo bem! Os seguranças vão estar cientes da sua chegada. Até mais!– ela encerra a chamada.

— Acho que consegui!– digo sorridente.

— Isso!– Izzie comemora.— Onde é?

— Eu não sei bem, mas provavelmente é em uma dessas casas chiques de morrer.– ela ri.

— Será que o proprietário é gostoso?– reviro os olhos.

— Eu estava falando com uma mulher, Izzie!– ela bufa.— Provavelmente deve ser esposa, sei lá!

Ela resmunga desanimada. Rio.

(...)

Olho o papel onde estava o endereço mais uma vez e mordo o lábio inferior.

Estava tão ansiosa, que mal conseguia ler.

E se eles não gostassem de mim?

Balanço a cabeça negativamente afastando os pensamentos pessimistas. Respiro fundo e ando pelo bairro, até encontrar o endereço certo.

Era uma casa grande. Grande não. Enorme!

Era de dois andares e suas paredes eram na cor branca. A porta era grande de madeira com detalhes de metal e algumas janelas vinham do teto até o chão. Árvores recém podadas enfeitavam ainda mais o lugar e um caminho de pedras ia do portão até a casa.

My dear delegateWhere stories live. Discover now