QUATRO

1.6K 361 38
                                    

Seguimos em carros separados, eu na frente para indicar o caminho até o apartamento. Eu morava em um prédio simples, no bairro . Como a Lorena não estava, ao passar pela portaria pedi para liberarem a entrada do carro dele que ficaria na vaga disponível. O prédio tinha elevador, mas morávamos no primeiro andar, então eu geralmente subo de escadas. E foi o que fiz, demoraria esperar o elevador chegar e de certa maneira, eu estava ansiosa. Degrau por degrau eu podia sentir a presença dele por perto, mesmo que ele fosse silencioso em cada passada.

Ao girar a chave na porta, respiro fundo e dou passagem ao não tão desconhecido homem. O Maurício entra e preenche o ambiente com sua presença. É estranho ter um homem daquele no meio da nossa sala, mas eu podia me acostumar a sensação. Entro em seguida, trancando a porta, poucos segundos antes de tê-lo em meus braços.

Nos encontramos no meio do caminho, nos chocando de frente. Minhas mãos vão imediatamente para seu peito e as dele seguram a minha cabeça. Não dá para pensar quando o beijo começou, é abrasador. Sugamos os lábios um do outro em frisson, contorcendo línguas e cabeças tentando descobrir como poderia ficar ainda melhor.

Sinto uma de suas mãos escorregar até a minha bunda, apertando sobre a calça jeans e reajo colando meu corpo ao dele. Minhas mãos perseguem a camisa até encontrar a barra e se enfiam por ali, em busca do corpo quente. Ele se afasta, retirando a camisa e eu aproveito o momento para jogar longe a sapatilha e abrir o botão e o zíper da minha calça jeans. Ele volta a mim, fazendo com que minha blusa se vá e eu finalmente me livro da calça. Pouco me importa se a lingerie que eu estou usando não é tão sexy quanto eu gostaria, se eu não o conhecia bem ou se eu preferia tomar um banho antes de continuar. Naquele segundo a única coisa que passava pela minha mente, eu expressei:

— Me fode!

Não preciso dizer mais nada, tampouco que ele diga alguma coisa. Nos beijamos enquanto andamos emaranhados em mãos e braços até chegar ao sofá. Ele abre a calça e baixa junto com a cueca até os joelhos antes de se sentar, e eu me livro do sutiã e da calcinha nesse meio tempo. Corro até a minha bolsa e pego um preservativo, rasgando o invólucro rapidamente e revestindo o seu pau, mais tarde eu me atentaria a cada detalhe daquele membro, nesse instante o que eu mais quero é senti-lo em mim. Por isso, quando eu deslizo sobre ele, sentada de frente, gemo alto. Vou até o meu limite e volto a subir, repetindo o movimento. Acelero, montando-o cada vez mais rápido e me perdendo no calor que aquele contado provoca em todo o meu corpo.

Sinto como se o meu próprio corpo estivesse sendo flambado, riscaram um fosforo sobre mim e agora é o meu sangue que inflama e faz ferver cada um dos meus sentidos. O Maurício aperta firme os meus seios, uma mão em cada, fazendo uma pressão quase insuportável e isso me instiga a cavalgar ainda mais rápido. Somos gemidos e chiado, movimento e sucção.

Ele pega firme nos meus fios curtos, puxando-os até o limite, enquanto sua boca devora o meu peito esquerdo. Eu não consigo parar, por mais que as minhas pernas já sintam o peso do esforço de subir e descer repetidas vezes, cavalgo em busca da sensação que promete me arrebatar completamente.

— Fica de quatro — o som da sua voz quebra a sinfonia de desejo, mas ascende ainda mais a minha luxúria.

Eu obedeço, rolando para o sofá enquanto ele se levanta, e me posicionando em seguida: mãos no encosto, joelhos no assento e bunda para o alto. Ele não hesita, crava seus dedos nos meus quadris e entra forte, batendo lá no fundo, me fazendo gritar. Ele gosta e repete, eu não reclamo e me empino. Ele segura em meus ombros para conseguir ir ainda mais forte. Mais fundo. Eu sinto cada centímetro me preencher para em seguida se retirar. É rápido, quente e avassalador.

Belo Mentiroso - DEGUSTAÇÃOWhere stories live. Discover now